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Them | Crítica

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“Them” é a nova antologia da Amazon em 2021. Veio como um terror bem forte como há muito tempo não se tem notícia. Com uma pegada de “US” (nós) de Jordan Peele, “Them” diz ser baseado em uma história real e é ambientada nos EUA da década de 50. Uma família negra sai da Carolina do Norte e se muda para um bairro branco em los Angeles. Em seguida, isso se torna uma ameaça bem grande onde mistura o real e o sobrenatural.

Vemos o preconceito estampado que naquela época era descarado (não que infelizmente hoje não seja, eu sei) mas aqui o incômodo das cenas de preconceito latente vem junto com a trilha sonora que deixa o clima de terror de forma brilhante.

Precisamos enaltecer Lívia Emory (Deborah Ayorinde), como uma personagem feminina forte e muito corajosa e que protege sua família como pode.

Desde o primeiro dia o clima pesa e as pessoas do bairro não dão um minuto de paz para a família, seja como “brincadeiras”, até intimidação pesada. Afinal, imagina olhar da sua janela e ver um monte de gente racista te olhando fixamente na frente da sua casa.

Então se você gostou da vibe de “US” (se não viu ainda, faça esse favor e veja), gosta de uma série com muita tensão e terror intenso, com certeza essa é pra você e irá te prender no primeiro episódio. Já se não gosta de sentir medo ou de se sentir incomodado com uma obra passe longe, pois essa com certeza é a ideia da série.

Enfim, veja o trailer:

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Coreógrafo de Danças Urbanas e produtor cultural. Amante de K-pop e viciado em séries. Eterno estudante de marketing, linguagem corporal e inteligência social.

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Nenhum saber para trás: os perigos das epistemologias únicas, com Cida Bento e Daniel Munduruku | Assista aqui

Veja o filme que aborda ações afirmativas e o racismo na ciência num diálogo contundente

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Nenhum saber para trás: os perigos das epistemologias únicas | com Cida Bento e Daniel Munduruku

Na última quinta-feira (23), fomos convidados para o evento de lançamento do curta-metragem Nenhum saber para trás: os perigos das epistemologias únicas | com Cida Bento e Daniel Munduruku. Aconteceu no Museu da República, no Rio de Janeiro.

Após a exibição um relevante debate ocorreu. Com mediação de Thales Vieira, estiveram presentes Raika Moisés, gestora de divulgação científica do Instituto Serrapilheira; Luiz Augusto Campos, professor de Sociologia da UERJ e Carol Canegal, coordenadora de pesquisas no Observatório da Branquitude. Ynaê Lopes dos Santos e outros que estavam na plateia também acrescentaram reflexões sobre epistemicídio.

Futura série?

O filme é belo e necessário e mereceria virar uma série. A direção de Fábio Gregório é sensível, cria uma aura de terror, utilizando o cenário, e ao mesmo tempo de força, pelos personagens que se encontram e são iluminados como verdadeiros baluartes de um saber ancestral. Além disso, a direção de fotografia de Yago Nauan favorece a imponência daqueles sábios.

O roteiro de Aline Vieira, com argumento de Thales Vieira, é o fio condutor para os protagonistas brilharem. Cida Bento e Daniel Munduruku, uma mulher negra e um homem indígena, dialogam sobre o não-pertencimento naquele lugar, o prédio da São Francisco, Faculdade de Direito da USP. Um lugar opressor para negros, pobres e indígenas.

Jacinta

As falas de ambos são cheias de sabedoria e realidade, e é tudo verdade. Jacinta Maria de Santana, mulher negra que teve seu corpo embalsamado, exposto como curiosidade científica e usado em trotes estudantis no Largo São Francisco, é um dos exemplos citados. Obra de Amâncio de Carvalho, responsável por colocar o corpo ali e que é nome de rua e de uma sala na USP.

Aliás, esse filme vem de uma nova geração de conteúdo audiovisual voltado para um combate antirracista. É o tipo de trabalho para ser mostrado em escolas, como, por exemplo, o filme Rio, Negro.

Por fim, a parceria entre Alma Preta e o Observatório da Branquitude resultaram em uma obra pontual para o entendimento e a mudança da cultura brasileira.

Em seguida, assista Nenhum saber para trás:

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