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Festival Digital Curta Campos do Jordão oferece oficinas gratuitas

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Festival Digital Curta Campos do Jordão oferece oficinas gratuitas

O Festival Digital Curta Campos do Jordão (FDCCJ) realizará quatro oficinas de cinema ministradas pelo cineasta e fotógrafo, Ralph Friedericks, gratuitamente no formato online. Os temas a serem trabalhados a partir do dia 24 de março, às 19 horas, são: Efeitos Especiais – De Méliès ao Chroma Key, Refilmando a Cena Famosa, Criação de Personagem e Foley – Fabricando os Sons dos Filmes. Entre os dias 26 de março e 26 de abril, também às 19 horas, acontecerão as lives abertas aos participantes e interessados em discutir os temas comentados. Esse é um espaço reservado para dúvidas e troca de experiências entre alunos e curiosos no assunto.

As oficinas fazem parte da programação do Festival Digital Curta Campos do Jordão que acontecerá entre os dias 21 e 26 de abril. No próximo domingo (21), os responsáveis pela curadoria do evento divulgarão os selecionados entre os mais de 500 curta-metragens inscritos. Os vencedores em cada categoria receberão troféu (Prêmio Araucária de Cinema) e prêmio em dinheiro da ordem de R$ 3.000,00. Um dos destaques do festival é o Prêmio Regional para o Melhor Curta produzido na Mantiqueira, Vale do Paraíba e Litoral Norte de São Paulo, tanto para os eleitos pelo Júri Oficial quanto pelo Júri Popular.

O Júri Popular escolherá o melhor curta nacional, melhor curta regional e será responsável por premiar as categorias de Ficção, Documentário, Animação, Experimental, Infantil, além da Melhor Direção e Melhor Roteiro Original. O FDCCJ também oferecerá Oficinas de Formação em Audiovisual, ministradas pelo cineasta Jeferson De e pela roteirista e produtora, Cristiane Arenas.

Sobre as oficinas:

>> Em Efeitos Especiais – De Méliès ao Chroma Key, o diretor apresenta a história dos efeitos especiais, desde os primórdios do cinema com o francês Georges Méliès (1861-1938) até a computação gráfica em que o chroma key é ferramenta essencial às cenas de efeito. Ralph também apresenta algumas técnicas de maquiagem e de filmagem para as experiências dos alunos, bastante simples de elaborar e executar.

>> Muitas cenas ficaram para a história do cinema, presentes no imaginário de todos, como a de Os Intocáveis (1987, Brian De Palma), quando um carrinho de bebê desliza pela escada enquanto acontece um tiroteio, ou de Psicose (1960, Alfred Hitchcock), a cena do assassinato no chuveiro. A oficina Refilmando a Cena Famosa aborda as releituras que muitos diretores fazem dessas imagens clássicas da sétima arte, seja como artifício ou homenagem. Ralph também propõe aos alunos o exercício de estudar os detalhes de uma cena inesquecível, observando posições de câmeras, iluminação, planos, trilha, sons e figurino, para recriá-la em outro contexto.

>> Criação de Personagem apresenta uma exposição sobre esta etapa do cinema, fundamental a qualquer boa produção. Ralph Friedericks propõe exercícios com personagens clássicos do cinema nacional e internacional, no qual o aluno deve identificar características que as situem no contexto da história a ser contada: quem é ela, como vive, qual a personalidade, o que busca, qual sua classe social, do que gosta e outros.

>> A oficina Foley – Fabricando os Sons dos Filmes se refere ao estudo da criação de sons em estúdio – sons ambientes (externos, urbanos, floresta etc.), de objetos, de ações, do cotidiano e outros –, apresentado a diferença entre uma cena com e sem sonorização. O professor propõe aos alunos a recriação dos sons para uma determinada cena e também a gravação de outra para exercitar a criação de sons em contextos e significados diferentes, além de dar dicas de aplicativos com sons para audiovisual.

Breve currículo de Ralph Friendericks:

Estudou fotografia e roteiro em Paris (FR) e Propaganda & Criação no Mackenzie. Alguns de seus curtas-metragens participaram de festivais e foram exibidos na televisão. Foi ganhador do Festival do Minuto com Pontos de Vista e do Concurso de Roteiro da Escola de Escrita Audiovisual de Paris com Cidade Branca. E sócio-diretor audiovisual da Produtora Matiz Filmes e Produções e, há 19 anos, coordena oficinas e workshops de cinema / vídeo e fotografia.

Realizou mais de 200 oficinas em locais como Casa de Cultura de Paraty, Sesc, Oficinas Culturais do Estado, MIS – Museu da Imagem e do Som de SP e outros. Há 15 anos, coordena o Cineclube Os Fellinis com encontros mensais para assistir e analisar filmes da cinematografia brasileira e internacional. Frequenta, desde 2013, os encontros da ABC (Associação Brasileira de Cinematógrafos – Diretores de Fotografia) na Cinemateca Brasileira em São Paulo, onde são exibidos longas-metragens brasileiros e comentados pelos profissionais que os realizaram. Estudou a Linguagem da Fotografia na Pós-Graduação da ECA – USP; colabora para a revista francesa Street Art com reportagens fotográficas. Realizou as exposições fotográficas: Regards Sur Venise, no CLE de Paris, e Paris Eu Te Amo em Branco & Preto, na Embaixada da França em Brasília.

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Crítica: Transo

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capa de Transo, silhueta de uma pessoa com prótese

Ao assistir ao documentário “TRANSO”, refleti sobre a peça de teatro “Meu Corpo Está Aqui“, Fica evidente a poderosa narrativa que ambos compartilham sobre a invisibilidade das pessoas com deficiência na sociedade. A forma como essas obras abordam as experiências íntimas e pessoais desses indivíduos é impactante e provocativa.

O documentário mergulha calorosamente na vida sexual dos atores. Dessa forma, quebra tabus e preconceitos ao mostrar que a deficiência não é um obstáculo para a vivência plena da sexualidade.

O documentário, assim como a peça de teatro, é um veículo para desafiar percepções e estimular conversas importantes sobre inclusão.

Impacto Social

Em um mundo que frequentemente marginaliza e exclui as pessoas com deficiência, é importante dar voz a esses indivíduos e celebrar sua capacidade de amar, se relacionar e sentir prazer.

Além de abordar as experiências individuais, o documentário também nos traz reflexões sobre a construção social da sexualidade e como as pessoas com deficiência são constantemente erotizadas ou dessexualizadas pelo olhar alheio.

Nas histórias compartilhadas fica evidente que existem diferentes formas de vivenciar o sexo e os relacionamentos, e que cada pessoa tem suas próprias necessidades, desejos e limitações. É importante lembrar que a diversidade também se faz presente nesse aspecto fundamental da humanidade.

Afeto

Ao enfatizar o afeto e o auto prazer, “Transo” nos leva a repensar conceitos tradicionais de sexualidade e a entender que o prazer não é exclusivo do sexo genital, mas sim uma vasta gama de sensações e experiências. Essa ampliação de perspectiva nos ajuda a enxergar além dos estereótipos estabelecidos e a celebrar a pluralidade da sexualidade humana.

O longa conta com a participação de Ana Maria Noberto, Adrieli de Alcântara, Daniel Massafera, Edvaldo Carmo de Santos, Fernando Campos, Jonas Lucena da Silva, Kollinn Benvenutti, Marcelo Vindicatto, Mona Rikumbi, Nayara Rodrigues da Silva, Nilda Martins, Siana Leão Guajajara.

Cineasta e pesquisador

Como uma pessoa sem deficiência, Messer conta que sua abordagem em relação ao tema é completamente observacional:

“O primeiro passo foi estudar o assunto e escutar os participantes antes mesmo de iniciar a gravação. No geral, percebi que muitas pessoas com as quais conversei estavam ansiosas para debater o tema”

A saber, o projeto de “Transo” começou quando o diretor produziu, em 2018, um curta sobre Mona Rikumbi, a primeira mulher negra a atuar no Theatro Municipal de São Paulo. Durante o processo deste filme, eles se tornaram amigos, e Mona, um dia, relatou da dificuldade de se encontrar motéis acessíveis na cidade.

Por fim, o o documentário está no Canal Futura e Globoplay.

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