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Literatura

Santa Catarina recebe Festival Literário Internacional em agosto: Flipomerode

Evento com programação gratuita já conta com grandes nomes da literatura

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FliPomerode 2023 Ana Maria Machado Foto inventivo coletivo

Em agosto, Santa Catarina sediará o Festival Literário Internacional de Pomerode, Flipomerode, um evento que contará com a presença de grandes escritores. Com uma programação gratuita, o festival tem como objetivo unir a literatura brasileira e alemã, além de proporcionar um encontro enriquecedor para leitores de todas as idades.

A cidade de Pomerode, que recebe o evento, é considerada “a mais alemã do Brasil”. A primeira edição do festival ocorrerá de 9 a 13 de agosto. A princípio, a abertura contará com apresentação da Orquestra Filarmônica de Jaraguá do Sul.

Flipomerode: uma celebração

O Flipomerode pretende não ser apenas uma feira de livros, mas uma celebração da literatura, aproximando os leitores dos livros e dos grandes autores. O festival terá diversas atividades, como contação de histórias, mediação de leituras, debates, shows e espetáculos teatrais. Além das atrações principais, o evento tem como objetivo contribuir para a formação de novos escritores e leitores por meio de oficinas para professores e alunos de Pomerode.

A curadoria do festival está a cargo do renomado escritor catarinense Carlos Henrique Schroeder. Todas as atrações serão gratuitas, mas os ingressos devem ser adquiridos online, estando disponíveis a partir do final de junho.

Por fim, duas grandes autoras brasileiras já confirmaram presença: Ana Maria Machado e Ana Maria Gonçalves, que terão mesas especiais dedicadas a elas. Outros escritores brasileiros e alemães de destaque também estarão presentes, com divulgação em breve.

Em seguida, confira a agenda das duas primeiras autoras anunciadas:

19h30min – A voz de Kehinde: mesa especial com Ana Maria Gonçalves

Mediação de Clarice Fortunato

Uma conversa em torno de “Um defeito de cor”, o livro de Ana Maria Gonçalves que venceu o Prêmio Casa de las Américas e está na lista da Folha de S.Paulo como o sétimo entre os 200 livros mais importantes para entender o Brasil. Este clássico contemporâneo conta a saga de Kehinde, uma mulher negra que, aos oito anos, é sequestrada no Reino do Daomé, atual Benin, e vira escrava na Ilha de Itaparica, na Bahia. A saber, o livro inspirou, em 2022, uma exposição homônima no Museu de Arte do Rio (MAR), com curadoria de Amanda Bonan, Marcelo Campos e da própria Ana Maria Gonçalves. Em 2024 a obra será o tema do desfile da Portela no grupo especial do Carnaval do Rio de Janeiro.

Sexta-feira, (11/8)

19h30min – Um mapa todo seu: uma mesa em homenagem a Ana Maria Machado

Mediação de Vanessa Gonçalves

Um percurso sobre a vida e a obra de uma das mais versáteis e consagradas escritoras brasileiras. Ana Maria Machado já lançou mais de cem livros, entre infantis, juvenis, romances e ensaios, publicados em vinte idiomas e vinte seis países. São mais de vinte milhões de exemplares vendidos e prêmios como o Hans Christian Andersen (o Nobel da literatura para crianças), o Jabuti, o Príncipe Claus (Holanda) e o Iberoamericano SM. 

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Literatura

Confira a resenha do livro ‘Eu Protesto’, por Paty Lopes

Obra traz olhares significativos

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E sempre vamos protestar!

Eu protesto! E sempre vamos protestar!

“Mas Paty, já incluímos política na leitura infantil?” Sim! Seus filhos já protestam ao nascer, ao sair do útero quentinho e confortável por onde esteve 9 meses. Depois protesta pelo peito, pela fralda que deve ser trocada e consequentemente com o passar do tempo para não usar fralda. Logo, escolhem as roupas e protestam quando querem usar uma roupa que não interessa!

Protestam por espaços e devem entender que a escola, por exemplo, é um direito adquirido e deve-se ocupar e protestar o quanto for necessário por ela.

A democracia, o que deve ser ensinada desde sempre, é pertinente no livro, imprimir opiniões é um direito de TODOS, seja na rua ou em casa, principalmente em casa onde tudo começa. Onde as escutas são sagradas para os pais notarem comportamentos a serem corrigidos ou incentivados.

E protestamos para salvar florestas, espaços públicos, os teatros, museus, tudo que constrói uma sociedade mais sã, para isso que existe o protesto.

O livro amplia a ideia de vivermos com objetivos em comum, isso também é importante, não vivemos sozinhos, aprender a viver em sociedade tem grande importância.

Não vejo o livro “Eu Protesto” como uma leitura com vertente para direita ou para esquerda, aliás isso não chega a narrativa, mas as cores são voltadas para o vermelho, que nos levando ao partido dos trabalhadores, não serei leviana com os meus leitores.

A ilustração é mais madura, não vejo como um livro para crianças em aprendizado, elas não irão se conectar com facilidade, são ilustrações menos coloridas. Geralmente as cores chamam mais atenção do pequeno.

O livro tem um propósito que é politizar os pequenos, então o conteúdo dele aposta nas narrativas, desde a menor idade, ao começar com a figura de um carrinho de bebê.

Acho pertinente o livro, desde que saibamos se é indicado a idade e aceitação da criança. Penso que não temos como limitar cada pequeno. Um dia vi uma criança autista desenhando com as duas mãos, logo entendo que a capacidade intelectual e seja qualquer outra, independe.

O que acho bem interessante é o encontro de dois professores de estados diferentes e gêneros diferentes, escreverem um livro, isso contribui com olhares significativos, mais um motivo para inserirmos a leitura nas escolas também!

A história

Este livro nasceu do encontro da escritora Laura Erber com as ilustrações dos cartazes da Greve dos Professores de 2017, realizados pelo artista Frederico Ravioli. Naquele momento, Ravioli, envolvido com a luta dos professores em defesa da convenção coletiva das escolas particulares e contra a reforma trabalhista, que o então recém-empossado presidente Michel Temer havia proposto, produzia as imagens de divulgação dos protestos com desenhos feitos a mão, de maneira simples, direta e abrangente, para que todas as pessoas, de diferentes idades e contextos sociais, compreendessem rapidamente as mensagens deles. Assim, Laura entrou em contato com Frederico e propôs a realização de um livro para crianças e adolescentes que teria a característica de pensar imagens e textos relativos às diferentes formas de protesto que exercemos ao longo da vida e enquanto sociedade.

Nasceu, então, “Eu Protesto!”, apresentado pela primeira vez para a GLAC em julho de 2020.

Autores

Laura Erber é escritora, artista visual e professora. Sua prática artística se caracteriza pelo constante trânsito entre linguagens. Recebeu bolsas do Le Fresnoy (França) e Akademie Schloss Solitude (Alemanha). Em 2015, com o crítico Karl Erik Schøllhammer fundou a editora digital Zazie Edições, voltada para ensaios sobre arte, teoria e crítica. Vem publicando livros infantis e de crítica de arte e atualmente é Professora Visitante de Estudos Brasileiros da Kbenhavns Universitet – Institut for Engelsk, Germansk og Romansk.


Frederico Ravioli é artista visual e professor. Formado em bacharelado e licenciatura em Artes Visuais pela UNESP, trabalha com infláveis de lona plástica, pintura, escultura e performance, muitas vezes levando suas produções para o interior de manifestações e protestos. É cooperado da Arco Escola Cooperativa, onde leciona desde 2019.

Editora

​GLAC é uma palavra aglutinante, uma palavra que entala na boca do estômago. É uma onomatopeia, é o som de uma gosma, de uma meleca em colisão com uma superfície lisa. Por isso suas letras se apresentam assim grudadas, inseparáveis. É uma palavra-tiro que emperra, que explode em si mesma. E é essa a radicalidade que queremos incrustar em quem nos lê.

​A GLAC edições surgiu de modo experimental, em 2016, por meio da publicação “Em vista de uma prática ready-made”, uma coletânea de textos da coletiva de arte francesa Claire Fontaine; e pela organização do primeiro seminário do programa de debates “Cidadãos, Voltem pra Casa!”, que teve lugar na Oficina Cultural Oswald Andrade.

Este é o primeiro livro infantil da editora, que inicia o esforço de apontar o horizonte da autodeterminação às crianças, para que elas possam se realizar como sujeitos ativos criticamente na sociedade.

FICHA TÉCNICA

Título: Eu protesto!
Autorias: Laura Erber & Frederico Ravioli
Ilustrações: Frederico Ravioli
Edição: Leonardo Araujo Beserra
Projeto gráfico: Laura Erber
Diagramação: Leonardo Araujo Beserra
Revisão: Paloma Durante
Série: Criança Autônoma

Ano: junho de 2023
Páginas: 24
Tipo: canoa/grampo
Formato: 19 X 22 cm
Peso: 200g

ISBN: 978-65-86598-21-6
SKU: 9786586598216

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