O universo de O Senhor dos Anéis está se expandindo mais uma vez, com o anúncio de “A Caçada por Gollum”, próximo filme da franquia que pretende retornar ao live-action após mais de uma década. Com estreia prevista para 2026, a produção promete mergulhar novamente no universo criado por J.R.R. Tolkien, mas com um diferencial: sua estratégia central parece ser apostar na nostalgia pelos filmes de Peter Jackson. Essa abordagem, embora polêmica, pode ser uma necessidade após a recepção morna de “A Guerra dos Rohirrim”, lançado em 2024.
Enquanto “A Guerra dos Rohirrim” apresentou uma história ambientada na Terra-média, seu formato animado e abordagem mais distante dos filmes de Jackson resultaram em críticas mistas (leia a nossa aqui, gostamos!) e desempenho financeiro decepcionante. Segundo o Box Office Mojo, o filme arrecadou apenas US$ 19 milhões mundialmente, com uma pontuação crítica de 45% no Rotten Tomatoes. Essa performance deixa claro que o público ainda se conecta mais fortemente com o estilo e os personagens da trilogia original.
Caçada por Gollum
“A Caçada por Gollum”, no entanto, parece estar posicionada para corrigir o rumo. Sob direção de Andy Serkis, que também retorna como Gollum, o filme busca aproximar-se da linha temporal de “A Sociedade do Anel” e até explorar a possibilidade de trazer de volta atores como Ian McKellen e Viggo Mortensen em seus papéis emblemáticos. Embora apenas Serkis esteja confirmado no elenco até agora, o fato de Peter Jackson atuar como produtor reforça o esforço para alinhar o novo longa com os sucessos anteriores.
A trama de “A Caçada por Gollum” deve explorar a jornada do personagem entre os eventos de “O Hobbit” e “A Sociedade do Anel”, aprofundando seu papel enquanto guia involuntário e atormentado da Terra-média. Apesar de algumas críticas sobre a necessidade de tal narrativa, especialmente em um universo tão vasto, a decisão de focar em Gollum pode ser vista como uma tentativa de reconquistar a base de fãs com algo familiar e emocionalmente carregado.
No entanto, essa dependência da nostalgia tem seus limites. Embora “A Caçada por Gollum” possa revitalizar momentaneamente a franquia, especialistas apontam que a Warner Bros. precisará, eventualmente, explorar novos territórios e histórias inéditas na obra de Tolkien. Filmes como “A Guerra dos Rohirrim” demonstraram que inovações têm seu espaço, mas exigem equilíbrio e execução cuidadosa para conquistar o público.
Com uma equipe criativa que une veteranos da franquia e o foco em um dos personagens mais enigmáticos de Tolkien, “A Caçada por Gollum” tem o potencial de reaproximar os fãs de longa data. Se conseguirá ou não transformar nostalgia em uma base sólida para o futuro da série, isso ainda será respondido nas telonas.
Fontes: Rotten Tomatoes, Box Office Mojo
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