Surgido em 2021, a FILMICCA se destaca dentro do mar de streamings por conta de um olhar mais cult e autoral em comparação com os grandes da indústria como NETFLIX e HBO MAX, sendo um streaming nacional e independente de cinema autoral e cult, do clássico ao contemporâneo, a FILMICCA apresenta lançamentos semanais, incluindo obras inéditas, exclusivas e de grandes festivais.
Com uma curadoria que valoriza filmes realizados por mulheres, histórias LGBTQIAPN+, narrativas negras, obras de novos cineastas e de grandes diretores do cinema mundial, a FILMICCA possui um vasto acervo com cerca de 500 títulos disponíveis, incluindo obras de importantes realizadores como Chantal Akerman, Kiyoshi Kurosawa, André Novais Oliveira, David Cronenberg, Mia Hansen-Løve, Miloš Forman, Víctor Erice, Djibril Diop Mambéty, entre outros.
Recentemente, a Filmicca anunciou suas estreias variadas de Abril de 2025. Com diferentes enfoques mundiais, serão disponibilizados 16 filmes no total, divididos em algumas sessões específicas que contém obras contemporâneas da Coreia do Sul como “O Nosso Mundo”, de Yoon Ga-eun, o retorno dos filmes de Carl Theodor Dreyer, incluindo a obra-prima “A Palavra”, clássicos canadenses como “Roadkill” e a trilogia de Vancouver do diretor Larry Kent, em versão restaurada.
CINEMA COREANO CONTEMPORÂNEO
Quatro longas do cinema da Coreia do Sul estreiam ao longo deste mês. Entre o maior destaque está o filme O Nosso Mundo, apresentado no Festival de Berlim, é o primeiro longa da diretora Yoon Ga-eun. No filme, Sun é uma solitária estudante do ensino fundamental que, embora desesperada para fazer amigos, continua socialmente excluída. Quando Jia, uma nova aluna se junta à sua turma, as duas se tornam amigas íntimas durante as férias de verão, passando tempo na casa uma da outra. Inicialmente, a casa de Jia traz a segurança e o conforto que nem o próprio espaço doméstico de Sun nem a sala de aula são capazes de fornecer.
Um Lar Para Nós, também de Yoon Ga-eun, Uma Vida Nova em Folha de Ounie Lecomte, e Inverno à Luz da Lua, de Lim Dae-hyung, completam a mostra de cinema coreano que ocorrerá em Abril na FILMICCA.

Cena de “O Nosso Mundo”, produção d isponibilizado na FIlmicca- Divulgação oficial
O CINEMA DE CARL THEODOR DREYER
Quatro filmes do mestre dinamarquês retornam ao acervo da FILMICCA no mês de Abril. O cineasta é considerado um dos maiores do mundo e o maior de toda a Dinamarca, tendo filmado durante mais de 50 anos entre os anos de 1910 e 1960. Entre os destaques estão Dias de Ira, realizado nos anos 40.
Nesta obra impactante que se passa em uma vila dinamarquesa no início de 1600, Dreyer explora a história de uma jovem chamada Anne, cuja mãe era considerada uma bruxa, e que desenvolve simpatia por Marte, uma mulher acusada de bruxaria. O pastor Absalon, marido de Anne, intervém e se recusa a ajudar Marte. Quando o filho dele retorna para casa e se sente atraído por Anne, é uma questão de tempo até que o destino de sua família a alcance.
A Filmicca também traz os filmes A Palavra, O Vampiro, um conto macabro que é favorito de muitos diretores, incluindo o diretor e roteirista Guilhermo Del Toro e Gertrud, seu último longa de destaque que retrata a jornada de uma mulher livre.
CLÁSSICOS DO CINEMA CANADENSE
A Filmicca também apresentará em seu catálogo, quatro obras clássicas do Canadá, e de diferentes décadas, que estrearão em versões restauradas. Entre seus destaques está Garotas Canibais, um dos primeiros filmes realizados por Ivan Reitman, que futuramente foi dirigir Os Caça-Fantasmas (1984, Ivan Reitman).
Os atores Eugene Levy e Andrea Martin estrelam esta paródia de terror canadense como um casal em férias românticas que se instala em uma pequena e pitoresca pousada administrada por um trio de mulheres que os querem para o menu de amanhã. O filme conta com um sinal de alerta, da versão original exibida nos cinemas na época, que ao tocar, era para o público fechar os olhos, se estivesse enjoado.
A Filmicca também acrescentará em seu catálogo o clássico Roadkill (Bruce Mcdonald, 1989), Noite de Hóquei (Paul Shapiro, 1984) e Arcanjo (Guy Maddin, 1990).

Cena de Roadkill, produção disponibilizada na Filmicca- Divulgação Oficial
A TRILOGIA DE VANCOUVER DE LARRY KENT
A FILMICCA também lançara com exclusividade a trilogia de Vancouver de Larry Kent. Estudante de psicologia e teatro na Universidade da Colúmbia Britânica, Larry Kent decidiu realizar o primeiro filme canadense totalmente independente de Vancouver nos anos 60.
Essa obra divisora de águas, “Uma Vida Amarga”, foi um filme beatink, sem orçamento e inspirado na Nouvelle Vague que instantaneamente causou controvérsia por sua nudez, uso de drogas e conversas sexuais francas. Muito picante para distribuição comercial, o filme provou ser um chamariz para os universitários e foi exibido em campi canadenses, gerando um lucro considerável, e irritando os censores locais, ao longo do caminho.
Esse foi o início de sua carreira, que se seguiu com outros dois filmes, que junto com seu primeiro longa, deram originem a Trilogia de Vancouver, distinguindo ainda mais o diretor como um enfant terrible da Costa Oeste que retratou as revoluções sociais, culturais e sexuais da década de 60 da cidade. Em 1967, Kent se mudou para Montreal, onde continuou (e continua) a produzir um cinema provocativo.
Uma Vida Amarga conta a história de Des, um homem em um um emprego sem futuro e uma namorada potencialmente grávida colocando sua liberdade em risco, Des mergulha em amargura, misantropia e fantasias de crimes violentos. Ao visitar um amigo doente numa tarde, ele cruza o caminho de Laurie, igualmente cansada, até mesmo suicida. Ela é uma jovem mãe que trabalha como garçonete para sustentar seu filho e seu esforçado marido dramaturgo. Desesperados para recapturar um senso de vitalidade, e arrecadar dinheiro para o aluguel, este casal problemático convida Des e um grupo de beatniks locais para uma festa hedonista que culmina em uma série de atos chocantes de violência e traição.
Doce Substituta, a segunda parte da trilogia. Conta a história de Tom, o inteligente aspirante a professor, determinado a conseguir uma bolsa de estudos ilusória, mas seu trabalho duro é constantemente interrompido por sua verdadeira obsessão: conquistar o sexo oposto. Em pouco tempo, ele desenvolve um romance com a ex-colega de classe Elaine, que persistentemente recusa seus avanços sexuais. Isso inspira Tom a considerar outras opções, incluindo sua bem-humorada companheira de estudos Kathy. Mas quando eles levam sua amizade para o próximo nível, complicações chocantes ameaçam atrapalhar o futuro de Tom, inspirando seus amigos a tomar medidas drásticas.
A terceira, e última, parte da trilogia, Quando o Amanhã Morre. Conta a história de Gwen James, uma dona de casa frustrada que se sente como pouco mais que uma serva de seu marido contador e de suas duas filhas. Dedicando todo seu tempo às necessidades delas, e às demandas de seu pai rabugento, ela sente seu senso de autoestima escorregando. Enquanto Gwen luta com pensamentos cada vez mais desesperadores, ela escapa para um mundo de fantasia glamorosa e eventualmente encontra um novo senso de propósito ao se matricular em um curso universitário, onde cria um vínculo especial com seu jovem professor. Mas quando Gwen retorna a um estado mais jovem e despreocupado, sua família mergulha no caos.
BATIMENTOS POR MIZU
Completando os lançamentos do mês da FILMICCA, está o média-metragem japonês Batimentos por Mizu, da diretora Miki Tomita. A produção conta a história de Sumiko, uma estudante universitária que é abençoada (ou sofre) com uma habilidade especial de captar instantaneamente o BPM (batidas por minuto) de quase tudo. Um dia, ela conhece um garoto que inexplicavelmente faz seu próprio coração disparar!
Todos estas produções e muito mais podem ser assistidos no site da FILMICCA, acessado pelo site: www.filmicca.com.br ou nos apps para Smart TVs Samsung, LG ou com Android/Google TV (Philco, Sony, TCL, AOC, Phillips, entre outras), Apple TV e Amazon Fire TV. Disponível também em tablets e smartphones com sistema Android e iOS. Os aplicativos possuem compatibilidade com Chromecast.
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