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Crítica | Indiana Jones e a Relíquia do Destino

A aventura final do mais famoso arqueólogo dos cinemas vale a pena? Entenda

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Neste dia 30/06, estreia nas telas dos cinemas, “Indiana Jones e a Relíquia do Destino”. Este é o quinto filme da franquia, e ao que tudo indica, o último estrelado por Harrison Ford, que viveu o personagem pela primeira vez em 1981. Este é, também, o primeiro filme que não é dirigido por Steven Spielberg.

Uma nova (última) aventura?

Embora James Mangold não tenha a mesma pegada autoral de Spielberg, é notável que ele não busque recriar a mesma atmosfera dos filmes anteriores. Se por um lado, temos um filme que apresenta Indy para uma nova geração, por outro, temos um filme com cenas de ação empolgantes, mas de certa forma, genéricas. Ou seja, corretas demais.

Afinal, este é um filme de Indiana Jones para uma nova geração. Pois, o último foi lançado há 15 anos. Se o cinema de ação atual estabeleceu um padrão de cenas de ação frenéticas e com muitos cortes, a tecnologia possibilitou um prelúdio, onde Harrison Ford aparece rejuvenescido por meio de computação gráfica. Não chega a ser algo perfeito, mas aceitável, em grande parte pela grande atuação de Ford.

Harrison Ford rejuvenescido – Imagem de divulgação

Olhar para o passado ou para o futuro?

O filme se passa em 1969, ano do famoso pouso do ser humano na superfície da lua. Em certa parte, Dr. Jones está tentando dar uma aula de arqueologia para uma turma que parece interessada somente na conquista do espaço. O fascínio pelo passado parece ser algo que não consegue competir com a possibilidade de explorar o universo.

Ele está prestes a se aposentar. Sente-se solitário e deslocado em uma época que parece tão estranha quanto vazia para ele. Ou seja, alguém verdadeiramente desajustado com o tempo presente. O que cada vez mais aparece ser cada vez mais comum em uma sociedade atual com tantas mudanças e transformações nas formas de comunicação e interações sociais.

Dr. Jones se aposenta – Imagem de divulgação

Seria isso uma metáfora para um deslocamento do personagem do famoso arqueólogo em meio a uma predominância de tantos filmes de heróis com tantos poderes e juventude? Indy continua utilizando seu bom e velho chicote. Seria ele, o último representante de uma série de aventureiros? Ou ele estaria aqui abrindo caminho para uma nova geração?

Indiana Jones e o sobrenatural

De forma interessante, o filme aborda como o governo americano utilizou-se da inteligência nazista na corrida espacial em plena guerra fria contra os soviéticos. Que ironicamente, foram os vilões do sofrível quarto filme de 2008. Inclusive, o trabalho deste filme é bom o bastante para apagar de vez da memória que esse filme já existiu.

Desde o primeiro filme, Indy, embora tenha sido introduzido com um personagem cético, teve que conviver e combater o sobrenatural. Esse aspecto que veio da mente de George Lucas manteve-se presente em toda a série. E aqui, aparece de forma, que embora não seja tão original, é totalmente oportuna ao contexto da aventura.

Indiana Jones com muita nostalgia

O filme está repleto de autorreferências, desde acessórios e meios de transporte usados por Indy, como também personagens, falas e situações. Ou seja, grande parte do deleite vem dessas lembranças, inclusive da música tema, que é acertadamente renovada e reprisada. Embora, a meu ver, o personagem de Sallah (John Rhys-Davies) merecesse ser mais bem explorado.

Mas, não se engane. O filme não se sustentaria se fosse puramente baseado na nostalgia. Como alguns títulos tentaram realizar recentemente, mas fracassaram totalmente. Esse é um filme que se sustenta por si só e deve agradar mesmo quem nunca tenha visto um filme do famoso arqueólogo.

Indy e o famoso chicote – Imagem de divulgação

Heroísmo compartilhado

Pela primeira vez, a co-protagonista de um filme de Indiana Jones não é um interesse amoroso de Indy. No caso é sua afilhada Helena (Phoebe Waller-Bridge) que protagoniza com Indy uma relação de conflito de gerações no estilo Indy e seu pai, no terceiro filme da série. Porém, a personagem de Helena aparece com uma profundidade ambígua que acrescenta mais conflito para a trama.

Indy e Helena – Imagem de divulgação

Sobretudo, isso possibilita que o personagem de Indy seja menos protagonista de tantos atos heroicos. Afinal, faz sentido, até pela idade que o personagem tem. Ou seja, o heroísmo é mais compartilhado.  Por fim, seria ela a responsável por carregar a tocha dos filmes de arqueólogos aventureiros?

O próprio personagem de Indy aparece mais amargurado devido a traumas mais dramáticos, como a morte de seu filho Mutt e a separação de Marion (Karen Allen), com quem ele se casou no filme anterior. 

Indiana Jones, vilões e amigos

Por fim, é importante também apontar a presença do vilão Voller (Mads Mikkelsen) que a princípio parece bem introspectivo, mas que logo se mostra, talvez, um dos vilões mais frios, calculistas e perigosos da franquia.

O sinistro Voller – Imagem de divulgação

Também, temos a presença do jovem Teddy (Ethan Isidore) que emula o Short Round (Ke Huy Quan) do segundo filme, mas de forma própria e característica, de Antonio Banderas como o capitão que o ensina a nadar e a agente da CIA, interpretada por Shaunette Renée Wilson, que acaba representando (de forma intencional ou não) um pouco da ambiguidade das relações internacionais dos EUA (seja no passado ou no presente).

Onde assistir

Em suma, se você gosta de uma boa aventura, não perca o novo filme do Dr. Jones, que estreia dia 30/06. Consulte a rede de cinemas de sua cidade para encontrar sessões disponíveis.

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Cinema

‘NSYNC lança música após 20 anos

“Better Place” está na trilha sonora de “Trolls 3 – Juntos novamente”.

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Capa da trilha sonora do filme Trolls.

Quem é fã de ‘NSYNC e segue seus integrantes nas redes sociais já vinha vendo uma movimentação para algo feito em conjunto. Depois de Justin, JC, Lance, Joey e Chris apresentarem um dos prêmios do Video Music Awards 2023, os cinco começaram a mostrar vídeos dentro do estúdio. E até soltaram um pedaço da música “Better Place”. Pois a composição que reuniu a banda depois de 20 anos fará parte da trilha sonora do filme Trolls 3 – Juntos novamente. Justin Timberlake, que fez parte do ‘NSYNC por sete anos, participou da trilha dos filmes anteriores e dubla o personagem Tronco, na versão original, desde o primeiro Trolls.

Justin também retorna como produtor musical executivo da trilha sonora, ao lado do produtor/compositor ganhador do Grammy Mike Elizondo. Timberlake escreveu e performou novas músicas originais para o filme, que também inclui canções de artistas do elenco e grandes nomes da música, incluindo Kid Cudi, Camila Cabello, Troye Sivan, Anna Kendrick e muito mais. Através de uma coleção de 14 faixas, a trilha sonora permanece fiel à bomba de alegria psicodélica característica de Trolls, com sucessos novos e clássicos do pop.

Trilha sonora

A trilha sonora do filme dá sequência à trilha sonora de Trolls 2, que apresentava a faixa “The Other Side”, com Justin Timberlake e SZA. Ele também recebeu uma indicação ao American Music Award de “Trilha Sonora Favorita”. A trilha do primeiro filme inclui o grande sucesso “Can’t stop the feeling”, que se tornou a música mais vendida de 2016. Estreou em primeiro lugar na Billboard’s Hot 100, ganhou o Grammy de Melhor Canção para Mídia Visual e garantiu diversas indicações, incluindo um Oscar, um Globo de Ouro e muito mais. Se você quiser fazer o pré-save do álbum, é só clicar aqui.

Finalmente, ouça a nova música do ‘NSYNC:

Trolls 3 – Juntos novamente

Depois de dois filmes de amizade verdadeira e paquera implacável, Poppy e Tronco agora são oficialmente, finalmente, um casal. À medida que se aproximam, Poppy descobre que Tronco tem um passado secreto. Ele já fez parte do fenômeno de boyband favorito dela, BroZone, com seus quatro irmãos: Floyd, John Dory, Spruce e Clay. BroZone se separou quando Tronco ainda era um bebê, assim como a família, e Tronco não viu seus irmãos desde então.

Mas, quando o irmão de Tronco, Floyd, é sequestrado por causa de seus talentos musicais, por um par de vilões popstars nefastos – Velvet e Veneer – Tronco e Poppy embarcam em uma jornada angustiante e emocionante para reunir os outros irmãos e resgatar Floyd de um destino ainda pior do que a obscuridade da cultura pop.

Trolls 3 – Juntos Novamente é dirigido pelo diretor Walt Dohrn e pela produtora Gina Shay e é codirigido por Tim Heitz (Trolls 2). No original, Anna Kendrick e Justin Timberlake fazem as vozes de Poppy e Tronco. Já no Brasil, o casal é dublado por Jullie e Hugo Bonemer.

Para matar a curiosidade, assista ao trailer do filme:

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