“O Que Ficou Pra Trás” foi uma música que me trouxe surpresa pela pegada fortemente groove que traz uma nostalgia e remete ao trabalho do esplêndido Daft Punk. Uma linha de baixo firme mescla com um vocal em falsete. Além disso, sintetizadores e um assobio cinematográfico. Esse é o segundo single do grupo Rosa Chá.
Sou o tipo de cara que gosta de dançar. É uma sensação de liberdade deixar o corpo fluir dentro de um som que envolve. Rosa Chá foi gole quente numa tarde fria de Rio de Janeiro. Nunca tinha ouvido nada do grupo, quando caiu em meus ouvidos “O Que Ficou Pra Trás”. Curioso, procurei também o primeiro lançamento deles, “Doce Amor”. E escutei cada uma das canções seguidas vezes.
O sabor de Daft Punk é extremamente agradável, mas com aquele toque brasileiro vindo direto do Espírito Santo. Minha vontade foi sair pelas ruas de fone de ouvido, andando e dançando, tipo John Travolta no clássico filme “Nos Embalos de Sábado à Noite”, de 1977. Olhar nos olhos da companheira e serpentear até o calor ser inesgotável nas areias de um praia sem tsunami, fazendo tudo tremer.
Doce
O single de estreia, “Doce Amor”, dá onda. Lançado em dezembro do ano passado, preza pela leveza que parece caracterizar o grupo. Tem versos em inglês, provoca o corpo a não ficar parado, tem certo romantismo. O baixo mais uma vez se sobressai. Na época, o grupo ainda se configurava como um trio, com Gabriel “Pit” Raymundo (contrabaixo), Guilherme Sadala (voz) e Vitor Rocha (guitarra). Posteriormente, o baterista Roberto “Bob” Hoffmann passou a integrar o time.
Aliás, veja “Doce Amor”:
“Esses dois primeiros singles mostram a direção do nosso caminho criativo, trazem a estética do grupo”, define Guilherme Sadala.
As duas canções vão demarcando o estilo da banda como dançante e sensual. Os clipes também deixam isso bem claro e trazem um clima de anos 70. Tem um carisma.
A saber, o primeiro EP da banda está previsto para agosto. Segundo o grupo, o single “O Que Ficou Pra Trás” traz referências também de The Weeknd e Dua Lipa. A banda surgiu em 2020. A faixa chega nas plataformas de streaming pelo selo capixaba Casulo e também conta com um videoclipe dirigido por Melina Furlan, já disponível no canal do Casulo no YouTube.