Pudemos acompanhar aqui mesmo, no Vivente Andante, uma reportagem sobre a retomada da atividade turística após a pandemia sob a ótica de profissionais da área. E o que será que podemos esperar dos consumidores? Faço minha estreia neste espaço trazendo uma análise sobre o tema, que será feita em etapas.
Existe ainda muita incerteza sobre o cenário pós-pandemia no mundo, e mais ainda no Brasil, por tudo o que temos acompanhado ao nosso redor e nos meios de comunicação. Porém, uma coisa parece certa: a atividade turística retornará de forma consistente. Provavelmente de maneira diferente de como era antes, mas ainda assim relevante.
Em primeiro lugar, temos que considerar que existe um percentual de turistas mais precavidos, que apenas se sentirão seguros para realizar nova viagem quando estivermos em um estágio bem avançado de imunização da população. O que nos faz projetar que esse retorno da atividade turística massiva poderia ocorrer somente a partir de 2022.
Novas oportunidades
Entretanto, novas possibilidades surgiram em decorrência da pandemia. Um de seus efeitos principais foi a popularização do trabalho remoto para diversos profissionais. Com a flexibilidade proporcionada por essa modalidade de trabalho muitas pessoas, já a partir do ano passado, começaram a empreender viagens híbridas combinando a necessidade de trabalhar à possibilidade de estar em um cenário totalmente diferente de sua casa.
Dentro deste cenário, é importante colocarmos que existem diversos profissionais do turismo receptivo (meios de hospedagem, empresas de traslados e passeios, bares e restaurantes, etc.) que, desde o início da pandemia, buscaram adaptar-se à nova realidade, implantando restrições de ocupação de seus espaços e respeitando às já conhecidas normas de proteção individual. A utilização de serviços desses profissionais pode proporcionar uma viagem muito mais segura e tranquila a qualquer viajante.
Viagens curtas
Um outro tipo de viagem bastante realizada no período de pandemia é aquele de duração mais curta, a lugares relativamente próximos, muitas vezes com o aluguel de casas de temporada. Estudo do site Airbnb apontava, ainda em maio de 2020 (ou seja, nos primeiros meses de pandemia) um aumento de 150% na procura por imóveis em destinos localizados a até 300 quilômetros das grandes cidades brasileiras. Presume-se que esse percentual tenha
aumentado ainda mais nos meses seguintes, com o prolongamento da pandemia.
Para a grande parcela de turistas que não teve a possibilidade de fazer uma viagem nos moldes acima expostos, podemos apontar uma forte demanda represada, que será compensada tão logo essas pessoas sintam-se aptas para voltar a viajar. Uma pesquisa realizada pela Booking.com, com viajantes de 28 países, apontou que 67% dos brasileiros consultados estão animados para voltar a viajar assim que este período passar.
O próximo artigo explorará mais esse ponto, quando buscaremos mostrar as novas tendências
de viagem para o futuro que, esperamos, ser breve!
*texto por Carlos José da Silva
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