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Cultura

Papercraft | Artista se destaca com esculturas feitas com papel

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Papercraft. Saiba mais no Vivente Andante Jornalismo Cultural.

Conversamos com o Caio Max, designer, publicitário, que resolveu retomar um projeto antigo durante a quarentena: “O Dobrador” (@odobrador). É um trabalho artesanal, conhecido como papercraft, um método de construção de objetos a partir de dobraduras de papel. “Eu sempre adorei papelaria em geral, por ser designer sempre me chamava atenção, questão de tipos de papel, gramatura, cola, impressão, desenho e basicamente tudo isso usando como um meio o computador. E desde pequeno sempre fiz origamis, aviões de papel, desenhos, o que me ajudou a aprimorar o trabalho manual, a área mais artesanal”, declara Caio.

No caso, o papercraft possibilitou que Caio unisse várias áreas das quais gosta e se conecta. Ele rascunha os moldes no desenho, passa para o computador, faz a modelagem 3D. Em seguida, a parte manual, quando começa a cortar e dobrar. E, enfim, vem o resultado. Para ele o diferencial do papercraft é a liberdade de criação, pois possibilita criar formas e objetos de todos os tipos.

“Ele é semelhante ao origami, a diferença mais simples é que, no origami, você dobra o papel, e cria as formas a partir de uma única folha, sem cortar, nem colar. Já o papercraft, você tem a liberdade de usar vários pedaços de papel, cortar, colar, e assim brincar com mesclas de cores, de cortes, de formas. O papercraft basicamente é uma forma de construção 3D a partir do papel. E acho sensacional, já que nessa técnica usam coisas que todos nós temos: papel e uma dose de criatividade”, fala o artista.

São Gonça

Caio tem muito orgulho de ser “papa goiaba”, ou seja, oriundo da cidade de São Gonçalo, no Estado do Rio de Janeiro. Ele louva a importância de São Gonçalo pra arte como sendo um município com muitos artistas. “De São Gonçalo saíram pessoas de grande expressão: cantores, atores, carnavalescos, jogadores, músicos, artistas plásticos. Uma cidade que flerta em todas as vertentes de arte. Na minha vida tem uma importância muito grande pois nasci, cresci em São Gonçalo, minha vida toda foi aqui, contato com os artistas, galera ligada à cultura. A cidade tem um mercado artesanal muito grande e inspirador”, disse o designer.

Papercraft do Brasil. Caio Max.
De São Gonça para o mundo

Café e papel

Caio Max teve sua arte estampada em uma grande rede internacional de cafeterias. “Tive que fazer uma operação e no dia que fui liberado a voltar a normalidade, como gosto muito de café, fui nessa cafeteria. Houve um problema com uma atendente, foi grossa, trocou pedido e aí uma outra atendente me ajudou, me tratou bem, resolveu meu problema. Como forma de agradecer, sempre desenhei e andava com material na mochila, fiz um desenho no copo e dei pra ela. Parece que eles tem um grupo que estão os colaboradores da rede, e ela postou a foto do copo lá e aí o pessoal curtiu muito. Então passei a fazer algumas coisas pra algumas lojas deles, postaram nas redes sociais, me deu uma visibilidade muito legal e consequentemente alguns outros trabalhos foram surgindo”, comentou.

O artista está agora produzindo uma coleção inspirada no Rio de Janeiro e disse: “No momento do processo estou na fase de criação dos moldes, modelando tudo no computador, fazendo ajustes, editando as formas. Dentro de alguns modelos, estão uns pontos conhecidos como o Corcovado, Pão de Açúcar, Arcos da Lapa. E outros pontos como o MAC de Niterói, Dedo de Deus de Teresópolis. É um trabalho minucioso.”

Essa nova empreitada tem deixado Caio muito confiante e feliz. “Retratar a beleza do nosso estado como um todo. E através de um material tão acessível que é o papel. Minha grande vontade é mostrar que a arte é acessível assim como contemplar a beleza do nosso estado”, falou o filho de São Gonça.

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4 Comentários

4 Comments

  1. Alex Campos

    28 de junho de 2020 at 16:10

    Caio é demais!

  2. Pingback: The Rain | Leia a crítica da terceira temporada que traz ação na dose certa

  3. Rosa Luiza Pfeiffer

    28 de junho de 2022 at 03:29

    Tive a sorte de conhecer o Caio em um vôo do Rio a Houston. Quando êle me mostrou as fotos de sua arte em paper craft, me impressionei e disse à êle que acreditava que sua arte deveria estar exposta em museus. Muito successo, Caio!!! Seu futuro com certeza vai ser brilhante!!!

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Cultura

Mostra Arte das Quebradas | Evento gratuito acontece no sábado

A segunda edição da Mostra Arte das Quebradas 2023 acontece no MUHCAB – Museu da História e da Cultura Afro-brasileira

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mostra arte das quebradas perfomance por nos credito Adilene do Carmo

A segunda edição da Mostra Arte das Quebradas 2023 acontece no próximo sábado (25) no MUHCAB – Museu da História e da Cultura Afro-brasileira localizado na Gamboa, a Pequena África carioca.

A programação começa com a Oficina de Isogravura, apresentada pela artista Gravadora Amadora, que integra a exposição coletiva “Trajetórias Contemporâneas”, e será das 14h até 15h30. Na sequência, Cynthia Mattos chega com a Oficina Contando Histórias Memórias e Afetos, das 16h às 18h.

Aliás, se liga nesse podcast a seguir, e segue lendo:

Já para quem ama o audiovisual, a partir das 15h, no Auditório, tem a exibição de “Caminho das Pedras”, da cineasta Sandra Lima e assistência de direção de Paulo Silva.

O público também poderá conferir os curtas de participantes da Oficina de Audiovisual UQ +DOC22 com Paulo Passos, Sandra Lima e Raphael Kepler. Filmes: “Como é que eu devo fazer um muro no fundo da minha casa”, de Laerte Gulini; “Enfeitiçada”, de Paula Carriconde e “Museu é o Mundo”, de Gustavo de Carvalho. Ao final de todas as exibições, Roda de Conversa com os cineastas e o público.

Performances

Ainda por cima, acontecerão diversas performances a partir de 16h30. “Por Nós”, com Jaqueline Calazans, trata da discussão sobre o empoderamento da mulher negra, seu espaço na sociedade e questões sobre a sua visibilidade e também reflete acerca da objetificação dos corpos, pretendendo fortalecer a sororidade feminina no âmbito da etnia. Será apresentada no pátio.

Adeolá Marques e Viviane dos Santos apresentam “Amas de Leite”, com direção de Willian Santiago. Será apresentada no Auditório. E, sem seguida, “Sape”, com o convidado da República Democrática do Congo Thezis Lyindula Lutete (Noir African Thezis), de la SAPE, que é uma cultura, uma arte. SAPE significa Sociedade dos Artistas e de Pessoas Elegantes. Thezis veio como refugiado do Congo em 2015, é ator e performer, atua divulgando sua cultura. Será apresentada no auditório.

Música e Poesia

A partir de 18h tem as apresentações de DJ Marjan e MC Emana com a música e a poesia do Hip-Hop que retratam as questões sociais, de invisibilidade, onde emergem potências que afloram no nosso dia a dia.

Para encerrar o dia, Sarau de Música e Poesia até 20h com Marcio Rufino, Mery Onírica, Lindacy Menezes e Yolanda Soares.

A exposição multilinguagem coletiva “Trajetórias Contemporâneas” poderá ser conferida até o dia 1º de abril, de quarta a sábado, entre 10 e 17h, na Sala Mercedes de Souza, no MUHCAB. A mostra apresenta uma mistura de fazeres artísticos, que contam as trajetórias de multiartistas que utilizam materiais reaproveitáveis para construir suas obras, como uma forma de usar materiais possíveis e reinventar a partir destes. São eles: Gravadora Amadora, Lord, 7Flechas, Thais Linhares e Lourdes Maria.

Por fim, importante ressaltar que toda a programação da Mostra Arte das Quebradas em qualquer um dos dias é inteira gratuita.

SERVIÇO:

MOSTRA ARTE DAS QUEBRADAS

LOCAL: MUHCAB – Museu da História e da Cultura Afro-brasileira

ENDEREÇO: Rua Pedro Ernesto, nº 80 – Gamboa – Pequena África – Rio de Janeiro – RJ

DATA: 25 de março

ENTRADA FRANCA em todas as atividades. Menores de idade acompanhados de um responsável

OFICINAS

14h às 15h30 – Oficina de Isogravura com Gravadora Amadora

16h às 18h – Oficina Contando Histórias Memórias e Afetos com Cynthia Mattos

AUDIOVISUAL – Exibição e debate

15h – “Caminho das Pedras”, de Sandra Lima e assistente de direção: Paulo Silva

Curtas de participantes da Oficina de Audiovisual UQ +DOC22, com Paulo Passos, Sandra Lima e Raphael Kepler

Filmes dos participantes:

“Como é que eu devo fazer um muro no fundo da minha casa”, de Laerte Gulini

“Enfeitiçada”, de Paula Carriconde

“Museu é o Mundo”, de Gustavo de Carvalho

PERFORMANCES

16h30

“Por Nós”, com Jaqueline Calazans

“Sape”, com o performer convidado do Congo, Noir Africain Thezis

“Amas de Leite”, com Adeolá Marques e Viviane dos Santos

MÚSICA E POESIA

18h

DJ Marjan e MC Emana

Sarau música e poesia com Marcio Rufino, Mery Onírica, Lindacy Menezes e Yolanda Soares.

VISITAÇÃO DA EXPOSIÇÃO “TRAJETÓRIAS CONTEMPORÂNEAS”, de quarta a sábado, das 10h às 17h (até 1º de abril).

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Muco | Documentário mostra contradição na tradição indiana (viventeandante.com)

Andança – Os Encontros e as Memórias de Beth Carvalho | Crítica (viventeandante.com)

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