No país do futebol, a vigilância está ganhando um novo aliado: o reconhecimento facial. Diversos estádios brasileiros começaram a implementar essa tecnologia nas catracas, impulsionados pela recente Lei Geral do Esporte. Essa medida visa aumentar a segurança, mas também levanta importantes questões sobre privacidade e direitos dos torcedores.
Com o avanço dessa tecnologia nas arenas esportivas, o Panóptico, projeto de pesquisa focado em vigilância e direitos, dedicou-se a entender as implicações desse cenário no Brasil. Como essa expansão de vigilância afeta a experiência dos fãs? Quais os impactos sobre os dados pessoais? Essas são algumas das perguntas que a pesquisa “Esporte, Dados e Direitos: O uso de reconhecimento facial nos estádios brasileiros” pretende responder.
Importância do reconhecimento facial
O lançamento da pesquisa será no próximo dia 27 de agosto, às 19h, na Nave do Conhecimento da Penha (R. Santa Engrácia, 440), no Rio de Janeiro. Este evento é um boa oportunidade para discutir as descobertas do estudo, os desafios e as oportunidades trazidas pela introdução do reconhecimento facial no esporte.
A presença de especialistas promete enriquecer o debate, entre eles, Raquel Sousa, historiadora formada pela UFRRJ (2015) e mestre em Ciências Sociais pela UERJ (2021), onde atualmente cursa doutorado no mesmo campo. Sua pesquisa foca em temas como policiamento, segurança em eventos esportivos e administração de conflitos, e ela também é pesquisadora do Laboratório de Análise da Violência (LAV-UERJ).
O reconhecimento facial nos estádios de futebol brasileiros representa um avanço significativo para a segurança. Permite a identificação rápida e precisa de indivíduos procurados pela justiça ou envolvidos em incidentes anteriores. Com a implementação dessa tecnologia, é possível reduzir fraudes, controlar o acesso de torcedores e prevenir a entrada de pessoas com histórico de violência, criando um ambiente mais seguro para os espectadores. Além disso, o uso de reconhecimento facial auxilia na administração de conflitos e na manutenção da ordem, tornando os eventos esportivos mais organizados e protegidos.
Além de trazer à tona as principais conclusões da pesquisa, o evento também abrirá espaço para discussões sobre o equilíbrio entre segurança e privacidade, o papel das tecnologias emergentes no esporte e as possíveis implicações legais e sociais desse monitoramento ampliado. A participação é aberta ao público.
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