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Música

Rock não morreu: Outros Caras e Blanchez fazem shows em Botafogo

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Banda Outros Caras. Rock independente nacional.

Na última sexta-feira (22/11), as bandas Outros Caras e Blanchez apresentaram seus shows no Bar Bukowski, localizado em Botafogo (RJ). Foi uma noite focada no cenário independente do rock nacional com o projeto O Rock Não Morreu. As primeiras bandas que tocaram foram Vind e The Queen and The Jacks, contudo, esse jornalista estava cobrindo a abertura do Cabíria Festival para o BLAHZINGA. Ainda assim, cheguei a tempo de acompanhar as duas últimas bandas que tocaram, contando ainda com o auxílio da parceira Miss Indie.

Assim que cheguei, comecei a conversar com o grupo Outros Caras. Logo de início já perguntei para eles se para sobreviver no cenário independente é preciso ter fé, fazendo alusão a uma de suas melhores e mais recentes músicas. Flávio, vocalista e baixista, mandou: “É preciso ter fé. Estávamos comentando que vamos fazer juntos, entre outras formações e bandas, 16 anos. Um casamento. Então fé é o que não falta. A banda em si, Outros Caras, faz 8 anos ano que vem. Ficamos mais sete anos com nossa banda de escola. A gente vem desde a adolescência juntos. Se não for por fé e com determinação… Não é por dinheiro”.

Outro Lugar

As primeiras composições da banda apareceram mais em 2013, no primeiro registro, o EP “Outro Lugar”. Sobre essa caminhada, Felipe Juliani (voz e guitarra), falou: “Perseverança. Nesse cenário carioca independente, a luta que é realizar esses eventos para as bandas e as produções, são passos curtos, mas sempre para frente. É muito baseado na vontade, no amor. Se você não se baseia nisso nesse cenário você não sobrevive.”

O baterista Danilo Juliani, trouxe mais: “Na prática, na real, a gente tem que ter uma base muito forte. Posso fazer um monte de coisa na vida, mas a música sempre vai estar junto. Através da música que passamos o que a gente quer. Lá no início pensávamos de forma mais comercial, mas depois viramos essa chave e resolvemos fazer o que realmente queríamos, pensando numa missão, numa proposta”. É possível perceber isso nas melhores canções do grupo. Em “É preciso ter Fé”, Flávio declama sobre racismo, a partir de seu âmago, enquanto o som se mantém baixo e simples, levando todo o foco para o que é dito. Aliás, é um belo discurso de positividade. “Luto e Luta” fornece versos para reflexão e clama pela ajuda – que sempre chega – de São Benedito.

Blanchez e a energia da guitarra

Após Outros Caras, entrou a banda independente de Stoner Rock, Blanchez, tocando canções do EP “Bring it On”. Matheus guitarrista do Blanchez, conversou um pouco comigo sobre o grupo. “Estamos mais acostumados em compôr em inglês. Já lançamos uma releitura em português, mas o principal é em inglês. O que a gente fala nas músicas e nossas influências, como bandas de metal, heavy metal, blues. É diverso, digamos que é blues e jazz da Raquel, hard rock meu, prog do batera, funk do baixista”.

Rachel Clausen do grupo Blanchez
Rachel Clausen tem voz potente (foto: Alvaro Tallarico)

A banda locada em Teresópolis existe faz tempo, contudo, já teve várias formações, mantendo somente a vocalista Rachel Clausen, desde o início. O show do Blanchez  é animado e o grupo é cheio de energia, principalmente Matheus Telles, que pesa na guitarra em canções como “My Own Everest” e “Day Trade”. Ainda tocaram Janis Joplin, com bastante categoria, momento onde Rachel se sobressaiu sem desafinar.

Música

Tom Jobim e Michel Legrand ganham homenagem no Rio de Janeiro

Concertos acontecem em Petrópolis e na capital.

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Quarteto Chansong

Dois dos maiores nomes da música mundial, Tom Jobim e Michel Legrand, serão homenageados no Rio de Janeiro em duas apresentações imperdíveis. O show inédito “Chansong – A música de Tom Jobim & Michel Legrand” chega aos palcos do Soberano Itaipava, em Petrópolis, no dia 26 de abril, sexta-feira, e no Dolores Club, na Lapa, no Centro do Rio, no dia 2 de maio, quinta-feira, ambos às 21h. No segundo, com participação especial de Maurício Einhorn.     

O projeto é idealizado pelo pianista e compositor Kiko Continentino num quarteto que conta com as vozes de Valerie Lu e Lucynha Lima e o violonista e cantor Marcello Ferreira. Dois casais de musicistas, uma francesa e três brasileiros, que interpretam as canções nas línguas francesa, portuguesa e inglesa com arranjos próprios e únicos. Uma bela e rica viagem por obras fantásticas dos dois gênios, conectando Brasil e França.

Os concertos

Com arranjos exclusivos e direção musical de Kiko Continentino, a formação de piano, violão, vozes e percussão, remonta e soa como uma verdadeira orquestra. O repertório promove a audição de clássicos como “Verão de 42” e “You Must Believe in Spring” (do filme “Les Demoiselles de Rochefort”), de Legrand, a pérolas jobinianas como “Surfboard”, “Águas de Março” e “A Felicidade”.

Inédito no mundo, o show fez sua estreia em grande estilo, em março de 2019, no charmoso Teatro Municipal de Niterói (RJ), com as bênçãos de Michel Legrand, dias antes de seu falecimento, através de seu filho, e de Paulo Jobim, filho do maestro Tom, que inclusive participou da primeira e segunda apresentações, a última em maio do mesmo ano, no Blue Note Rio.

Jobim e Legrand

Tom Jobim e Michel Legrand.
Tom Jobim e Michel Legrand. Imagem: Divulgação.

Um vértice significativo, comum aos dois compositores, é o fato de serem músicos atípicos, inquietos e versáteis. Ambos os compositores de farta produção. Legrand, pianista e arranjador como Jobim, também se desdobra na regência das melhores orquestras do seu tempo. Vencedor contumaz de Oscars, se embrenhou pelo cinema e televisão, transitando com absoluta naturalidade no meio erudito em associação com cantores de ópera, ao mesmo tempo em que dividiu a cena com os músicos de jazz, improvisando ao piano em plano de igualdade ao lado de monstros como Phil Woods, Miles e Coltrane.

Já Antônio Brasileiro, músico de formação clássica e mente aberta como Michel, circulou das boates da Zona Sul carioca aos estúdios de gravação, atuando como produtor musical e arranjador no Brasil. Até conhecer Newton Mendonça, Vinícius e João Gilberto. E o boom da bossa-nova lançá-lo (meio que a contragosto) até Nova Iorque, onde conquistou o mundo com uma música altamente original, criativa, sofisticada, leve e poética ao mesmo tempo. Trazendo em seu DNA o samba, modas e ritmos brasileiros, o jazz das big-bands, assim como também a música clássica, principalmente dos impressionistas franceses. As coisas se interligam de forma saborosa.

Serviço

Show: Homenagem a Tom Jobim et Michel Legrand com Quarteto Chansong

Apresentação em Petrópolis

Data: 26 de abril, sexta-feira, às 21h

Local: Soberano – Shopping Estação Itaipava

Endereço: Est. União e Indústria, 11.000 – loja 104, Itaipava, Petrópolis – RJ

Ingressos: R$ 60 (meia-entrada) e R$ 120 (inteira), obs.: moradores do estado do RJ pagam meia-entrada

Vendas e mais informações: No site da Sympla

Apresentação no Rio de Janeiro

Data: 2 de maio, quinta-feira, às 21h (abertura da casa às 19h)

Local: Dolores Club

Endereço: Rua do Lavradio, 10, Lapa, Rio de Janeiro – RJ

Ingressos: R$ 40 (antecipado); R$ 60 (na hora)

Vendas e mais informações: No site da Sympla

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