Poucos reboots tiveram tanto sucesso quanto Planeta dos Macacos na última década, e os fãs seguem ansiosos para descobrir quando a atual franquia finalmente alcança a original. Cada filme aproxima a narrativa desse momento, especialmente com Planeta dos Macacos: O Reinado, que avança séculos no tempo. No entanto, apesar das mudanças tecnológicas e da evolução dos símios, o desfecho revela que os humanos ainda são uma força significativa. A utopia dos macacos parece distante, mas isso pode ser uma vantagem para o público, já que sugere que ainda há muitas histórias a serem contadas antes do grande evento que todos esperam.
A trilogia recente de Planeta dos Macacos funciona como um prelúdio para o clássico filme de 1968. Embora não seja a primeira tentativa da franquia de explorar as origens da sociedade dos macacos, esta abordagem mostrou de maneira única como eles adquiriram sua inteligência. Em Planeta dos Macacos: A Origem, César (Andy Serkis) lidera uma revolução que permite aos símios escaparem para Muir Woods, nas proximidades de São Francisco. Inicialmente, a colônia enfrenta dificuldades extremas, incluindo a luta para se comunicar de maneira eficaz.
Dez anos depois, em Planeta dos Macacos: O Confronto, a civilização dos macacos dá passos notáveis. Eles desenvolvem uma cultura semelhante a tribos humanas, utilizam armas rudimentares e montam cavalos. César e alguns companheiros ainda conseguem se comunicar em inglês, embora de forma fragmentada. No entanto, os humanos continuam sendo uma ameaça, e sua queda só ocorre quando Koba (Toby Kebbell) os pega desprevenidos. Essa fragilidade se torna ainda mais evidente em Planeta dos Macacos: A Guerra, quando os macacos são dominados pelo Coronel (Woody Harrelson) e ficam presos entre exércitos humanos em conflito. A única forma de sobrevivência é escapar enquanto os humanos se autodestroem, garantindo uma rara vitória para os símios.

Reino do Planeta dos Macacos prova que os humanos ainda não estão derrotados
Planeta dos Macacos: O Reinado avança alguns séculos e coloca os símios em uma posição mais próxima da sociedade vista no filme original dos anos 60. Algumas tribos ainda são primitivas, como a de Noa (Owen Teague), mas agora falam inglês fluentemente e preservam suas histórias oralmente. Outras evoluíram para civilizações organizadas, com sistemas de governo sofisticados. O rei Proximus César (Kevin Durand) remete a figuras romanas como Nero e Calígula, trazendo um senso de grandiosidade e tirania. Apesar disso, ele continua vendo os humanos como uma ameaça, e poucos são tão inteligentes quanto Mae (Freya Allan), que se destaca ao longo do filme.
A real dimensão do perigo humano se revela no clímax do filme. Após uma breve aliança, Noa e Mae percebem que a coexistência entre humanos e símios se tornou impossível. O último ato também confirma que um grande número de humanos sobreviveu em esconderijos subterrâneos. A destruição de uma represa demonstra como os macacos ainda são vulneráveis a ataques humanos. Mae, que passou um período como prisioneira dos símios, tem motivos para temê-los, e se os humanos sobreviventes forem tão engenhosos quanto ela, um grande conflito se aproxima.
Ainda há muitas histórias para contar em Planeta dos Macacos
Se tudo correr como planejado, Planeta dos Macacos: O Reinado é o início de uma nova trilogia, e os fãs da franquia original notarão como estamos cada vez mais próximos dos eventos do primeiro filme. No entanto, a civilização retratada no clássico de 1968 era tecnologicamente equivalente à do século XX, muito além do que Proximus alcançou até agora. A versão original usava essa ambientação para discutir temas como o uso de armas nucleares, e a nova franquia ainda está confinada a São Francisco. Para que o famoso desfecho da Estátua da Liberdade ocorra, a trama precisa expandir seu escopo globalmente.

Ou seja, se levarmos em conta a evolução tecnológica da franquia, ainda há séculos de história para explorar antes da chegada de Charlton Heston na nave Ícaro – cuja misteriosa missão foi mencionada em A Origem através de uma notícia de jornal. A atual trilogia pode eventualmente se conectar com a linha do tempo original, mas com tanto espaço para explorar, não há nenhuma necessidade de apressar essa transição. Os roteiristas já têm inúmeras ideias para o futuro da saga e pretendem utilizar o intervalo temporal para expandir a mitologia da franquia. Pode levar um tempo até que a história se feche por completo, mas, considerando a qualidade dos filmes recentes, os fãs podem ter certeza de que a espera vale a pena.
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