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Música

Nação Zumbi no Circo Voador: união da intensidade do som com a consciência do discurso

Banda entregou tudo

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Em uma noite um tanto quanto fria no Rio de Janeiro, a Nação Zumbi conseguiu esquentar o público do Circo Voador saudoso de suas apresentações explosivas.

Sem se apresentar na Cidade Maravihosa desde 2019, a lendária banda de Recife fez um show mais poderoso que o habitual. Antes, abrindo a casa tivemos o setlist do DJ Naroca metendo o melhor da música brasileira e seus afrobeat.

Depois tivemos o cearense Mateus Fazeno Rock apresentou um som calcado no rock, no rap, no funk unindo uma curiosa sonoridade a uma performance teatral. Apesar de poucas pessoas no início, o público foi chegando e buscando entender quem era o artista.

Perfeito

Mas foi com a Nação Zumbi que o Circo Voador ficou pequeno. Na primeira música, “Defeito Perfeito” tinha gente do lado de fora ainda e nunca se viu tanta gente cantando tantas músicas ao mesmo tempo.

Em “Novas Auroras”, o público já estava entregue e a catarse seguiu com “Quilombo Groove”. Mas foi com a sequência “Um Passeio no Mundo Livre”, “Inferno”, “Meu Maracatu pesa Uma tonelada” e “Manguetown” que a casa veio abaixo e quem não estava na roda, entrou mesmo sem querer.

Uma pausa para a balada “Um Sonho”, umas das músicas mais bonitas já feitas pelos pernambucanos e volta a porrada na orelha com “Quando a Maré Encher”.

Conexão Nação

Porém, começando a desenhar o fim do show, tivemos o peso do discurso de “O Cidadão do Mundo” e “Banditismo por uma Questão de Classe” envoltos em uma versão maravilhosa de “Samba Makossa”.

Aliás, é importante ressaltar como a banda vem passando por uma reformulação mas que todos ainda sentem a força das palavras de Jorge Du Peixe, vocalista da Nação após o falecimento de Chico Science em 1997. Mas é possível sentir a falta do guitarrista fundador Lúcio Maia, cortado da banda sem nenhuma explicação ou comunicado aos jornalistas. Em seu lugar, entrou Neílton, do Devotos, e o som da banda parece ter ganho mais peso.

De negativo, apenas o som externo que parecia mais baixo ou sem a intensidade que a Nação Zumbi imprime aos ouvidos principalmente por conta do seu trabalho de percussão e tambores, que contou com a participação de Alexandre Garnizé, dos Tambores de Olokun.

Por fim, um final digno e robusto com “A Praieira”, “Maracatu Atômico”, “A Cidade” e “Da lama ao Caos” para entregar aos cariocas, a sensação de que a Nação Zumbi nunca esteve tão conectada ao seus fiéis plebeus.

Setlist – Nação Zumbi:

1 – Defeito Perfeito

2 – Foi de Amor

3 – Bossa Nostra

4 – Novas Auroras

5 – Quilombo Groove

6 – Um Passeio no Mundo Livre

7 – Inferno

8 – Meu Maracatu pesa Uma tonelada

9 – Manguetown

10 – Um Sonho

11 – Quando a Maré Encher

12 – A Melhor Hora da Praia

13 – O cidadão do Mundo

14 – Samba Makossa

15 – Banditismo por uma Questão de Classe

16 – Jornal da Morte (Uma edição extra) (Cover de Roberto Silva)

17- A Praieira

18 – Maracatu Atômico (Cover de Jorge Mautner)

19 – A Cidade

20 – Da lama ao Caos

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Cadu Costa era um camisa 10 campeão do Vasco da Gama nos anos 80 até ser picado por uma aranha radioativa e assumir o manto do Homem-Aranha. Pra manter sua identidade secreta, resolveu ser um astro do rock e rodar o mundo. Hoje prefere ser somente um jornalista bêbado amante de animais que ouve Paulinho da Viola e chora pelos amores vividos. Até porque está ficando velho e esse mundo nem merece mais ser salvo.

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Crítica

Mayra May: Samba e emoção no coração do Rio de Janeiro

Mayra May, cantora e compositora , apresentará seu disco, “Te Tatuei em Braille”,

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Mayra May,samba e emoção.

Nascida em Minas Gerais e criada no Espírito Santo, Mayra May, cantora e compositora, traz consigo a rica influência cultural desses estados. Contudo, é no coração do samba carioca que ela encontra seu verdadeiro lar musical.

No dia 7 de dezembro de 2023, às 20h, o Teatro Brigitte Blair, em Copacabana, será o palco para a apresentação das canções de seu segundo álbum, “Te Tatuei em Braille”.

Um Mosaico Musical: Além do Samba

O repertório diversificado do show é composto principalmente por oito canções originais do álbum, não se limita ao samba. Ritmos como ijexá, partido alto e maxixe enriquecem a experiência musical, proporcionando uma experiência sonora única.

A participação especial da cantora Ana Costa, na faixa-título “Te Tatuei em Braille”, e de Alana Moraes, que colabora em “Guia”, promete surpreender e encantar o público.

Músicos renomados, como Marquinho do Pandeiro, baluarte da Portela, e Rodrigo Villas Boas, integrante da Mangueira, se juntarão a ela para uma apresentação única de “Verde Branco Azul e Rosa”. Essa música, com arranjos típicos de escola de samba, presta homenagem às icônicas agremiações cariocas Portela e Mangueira.

O disco “Te Tatuei em Braille” emana uma sonoridade alegre e positiva, com letras sensíveis que exploram temas como amor, religiosidade e desilusão. Com diversidade musical presente nas influências de Mayra May se reflete não apenas no samba, mas também na MPB, criando uma experiência musical única e envolvente.

História Musical: De Juiz de Fora ao Cenário Carioca

A trajetória musical de Mayra começou em Juiz de Fora e floresceu em Vitória, ES, onde ela se apresentou em bares e casas noturnas, abrindo shows para grandes nomes como Sambô, Demônios da Garoa e Zeca Pagodinho.

Sua presença constante em redutos do samba no Rio de Janeiro, como Rio Scenarium, Feira do Lavradio, Bar Semente e Casa de Luzia, se consolida como uma figura respeitada no cenário musical carioca.

além do mais, ela destaca a importância do samba em sua vida, remontando às suas origens familiares. Criada em um ambiente onde as rodas de samba do pai eram eventos frequentes, ela compartilha:

“O samba continua sendo novidade todo dia.

É um amor primário, eterno, constante e que se renova”, revela a artista

Biografia Artística: Um Legado Musical

Bisneta de Oscar Itaborahy, professora de música de Ary Barroso, e neta de Francisco Itaborahy, que tocou ao lado de Dalva de Oliveira e Herivelto Martins, ela carrega consigo um legado musical notável.

Como atriz, atuou no musical “Tem Malandragem na Lapa”, em 2014, demonstrando suas obras artísticas.

Seu primeiro disco, “Quem Convidou”, lançado em 2016, foi apenas o início de uma jornada musical que levou a participar de diversos festivais e a consolidar sua presença nos palcos cariocas. Seu compromisso com a música também se reflete em diversos singles lançados nas plataformas digitais.

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