No Brasil, futebol e amor sempre caminharam lado a lado, mas agora a relação ganhou outro campo: o dos relacionamentos sugar. Uma pesquisa do MeuPatrocínio, maior plataforma do segmento na América Latina, revelou que mais de 70% dos Sugar Daddies torcem para o Flamengo — uma supremacia que ecoa nos estádios, nos aplicativos e até nas experiências VIP do Maracanã.
Nos jogos do rubro-negro, camarotes e lounges premium viraram cenário para encontros entre Sugar Daddies e Sugar Babies, com open bar, gastronomia exclusiva, conforto e networking com alto padrão. Ali, a paixão pelo time funciona como assunto inicial, gatilho de conexão e convite para uma experiência que vai além do placar.
Mas, se o Flamengo domina o campo sugar, o que acontece com os rivais?
Rivalidade também é sobre estilo — e isso influencia até o match
Os dados do MeuPatrocínio não detalham o restante da distribuição, mas especialistas indicam que torcedores de Vasco, Botafogo e Fluminense também aparecem no universo sugar, com outro comportamento social.
— Flamenguista tende a assumir protagonismo nos encontros, gosta de ostentar e vive o jogo como evento, explica Caio Bittencourt, especialista em comportamento da plataforma.
— Já botafoguenses costumam atrair por inteligência emocional e perfil reflexivo; vascaínos apelam para o humor e nostalgia; e tricolores valorizam estética, lifestyle e charme boêmio.

Isso dialoga com tendências observadas em aplicativos de namoro, que agora usam gostos culturais como filtros emocionais. O Tinder, por exemplo, lançou no Brasil o Face Check™ obrigatório, verificando identidade por vídeo para reduzir perfis falsos e tornar encontros mais seguros. Outras plataformas já exibem playlists e artistas mais ouvidos, transformando a música em critério de compatibilidade — muitas vezes mais decisivo que bio, fotos ou signos.
Como sugere a DJ Scheila Santos:
“A playlist virou uma microbiografia afetiva. Ela mostra ritmo de vida, intensidade emocional e até limites de convivência.”
Se no Tinder um fã de pagode pode dar match com quem ouve MPB, nos camarotes do Maracanã o match acontece entre gol e gole de champagne.
Camarotes viram palco para novos romances — e para histórias curiosas
O crescimento desse lifestyle afetivo reflete uma tendência cultural de encontros ligados a eventos, experiências e vivências presenciais. Assim como reality culinário na Romênia rejeitou o salpicão de Suellen Carey sem ao menos provar, relações e julgamentos acontecem hoje em tempo real — seja no estádio, no aplicativo ou num debate acalorado como o vivenciado por Andressa Urach, que relatou sentir-se prestes a ser “apedrejada” por 25 cristãos durante gravação de programa.
No mundo dos encontros premium, porém, o gesto é outro: em vez de pedras, copos brindam vitórias, selfies são tiradas no camarote e a trilha sonora pode ir de funk a jazz contemporâneo, como o do grupo Sextante, que se apresenta gratuitamente no Rio e em Paraty em dezembro.

No online, a segurança tenta acompanhar o ritmo.
Com o Face Check obrigatório no Tinder, o app promete:
-menos perfis falsos,
-mais confiança,
-matches mais compatíveis com a vida real.
Mas, como todo relacionamento, o algoritmo não resolve tudo — ainda existe química, acaso e time.
Amor é jogo, estádio é palco, e o Brasil segue dividido
Se o Flamengo domina o ranking sugar, a rivalidade segue viva — e talvez até mais divertida. Há quem diga que Sugar Daddy vascaíno oferece drama romântico, tricolor traz elegância carioca e o botafoguense entrega esperança renovada a cada temporada. A paixão é combustível, seja para amar um time ou encontrar companhia para a noite.
No fim, o futebol une, provoca e brinca com estereótipos — enquanto o Brasil descobre que romance VIP pode nascer na arquibancada, no camarote ou no primeiro swipe.



