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Crítica

Equinox | Netflix e a queda que acorda para a vida

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Equinox é uma série dinamarquesa e a vida é uma grande ilusão. Pelo menos, é o que a obra começa nos dizendo enquanto mostra relações humanas difíceis. O futuro e a liberdade aguardam por quem? Mistérios da meia-noite e desaparecimentos inexplicáveis marcam uma menina. A queda é o acordar para a vida.

A abertura me lembrou muito Arquivo X, um clássico das séries de mistérios, e, afinal, segue esse tom. A edição é interessante desde o início, com belo uso do raccord, essa união entre cenas distintas. A protagonista, Astrid (Danica Curcic, muito bem) tem um programa de rádio que desmistifica superstições: “A Voz da Noite”. Mas, claro, o passado retorna e faz uma ligação. Uma mente já confusa recebe uma descarga de adrenalina e o espectador fica curioso junto com nossa heroína.

Tem hora que faz recordar Stranger Things também, mas bem longe do estilo Os Goonies. Não espere muito.

Sem respostas

Nem tudo é para ser entendido. Às vezes é interessante quando algumas coisas ficam em aberto. Nem tudo que vai volta. Em verdade, a maioria das coisas que vão, não voltam. A vida tem poucos bumerangues e muitas desilusões.

Os primeiros episódios de Equinox  prendem e entretém, mas os dois últimos desanimam e a falta de respostas fechadas pode incomodar. Contudo, no geral, é uma boa experiência pela oportunidade de acompanhar mais uma vez esse estilo dinamarquês de suspense e mistério o qual parece seguir um certo padrão.

Enfim, veja o trailer:

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Por fim, veja o curta “Na Beira”:

 

Jornalista Cultural. Um ser vivente nesse mundo cheio de mundos. Um realista esperançoso e divulgador da cultura como elemento de elevação na evolução.

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Cinema

Nenhum saber para trás: os perigos das epistemologias únicas, com Cida Bento e Daniel Munduruku | Assista aqui

Veja o filme que aborda ações afirmativas e o racismo na ciência num diálogo contundente

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Nenhum saber para trás: os perigos das epistemologias únicas | com Cida Bento e Daniel Munduruku

Na última quinta-feira (23), fomos convidados para o evento de lançamento do curta-metragem Nenhum saber para trás: os perigos das epistemologias únicas | com Cida Bento e Daniel Munduruku. Aconteceu no Museu da República, no Rio de Janeiro.

Após a exibição um relevante debate ocorreu. Com mediação de Thales Vieira, estiveram presentes Raika Moisés, gestora de divulgação científica do Instituto Serrapilheira; Luiz Augusto Campos, professor de Sociologia da UERJ e Carol Canegal, coordenadora de pesquisas no Observatório da Branquitude. Ynaê Lopes dos Santos e outros que estavam na plateia também acrescentaram reflexões sobre epistemicídio.

Futura série?

O filme é belo e necessário e mereceria virar uma série. A direção de Fábio Gregório é sensível, cria uma aura de terror, utilizando o cenário, e ao mesmo tempo de força, pelos personagens que se encontram e são iluminados como verdadeiros baluartes de um saber ancestral. Além disso, a direção de fotografia de Yago Nauan favorece a imponência daqueles sábios.

O roteiro de Aline Vieira, com argumento de Thales Vieira, é o fio condutor para os protagonistas brilharem. Cida Bento e Daniel Munduruku, uma mulher negra e um homem indígena, dialogam sobre o não-pertencimento naquele lugar, o prédio da São Francisco, Faculdade de Direito da USP. Um lugar opressor para negros, pobres e indígenas.

Jacinta

As falas de ambos são cheias de sabedoria e realidade, e é tudo verdade. Jacinta Maria de Santana, mulher negra que teve seu corpo embalsamado, exposto como curiosidade científica e usado em trotes estudantis no Largo São Francisco, é um dos exemplos citados. Obra de Amâncio de Carvalho, responsável por colocar o corpo ali e que é nome de rua e de uma sala na USP.

Aliás, esse filme vem de uma nova geração de conteúdo audiovisual voltado para um combate antirracista. É o tipo de trabalho para ser mostrado em escolas, como, por exemplo, o filme Rio, Negro.

Por fim, a parceria entre Alma Preta e o Observatório da Branquitude resultaram em uma obra pontual para o entendimento e a mudança da cultura brasileira.

Em seguida, assista Nenhum saber para trás:

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