Ao usar este site, você concorda com a Política de Privacidade e termos de uso.
Aceito
Vivente AndanteVivente AndanteVivente Andante
  • Cinema
  • Música
  • Literatura
  • Cultura
  • Turismo
Font ResizerAa
Vivente AndanteVivente Andante
Font ResizerAa
Buscar
  • Cinema
  • Música
  • Literatura
  • Cultura
  • Turismo
CinemaCrítica

Vermelho Monet – Arte, inspiração e amor

Por
Luciano Bugarin
Última Atualização 13 de maio de 2024
5 Min Leitura
Share
SHARE
Tópicos
Arte e inspiraçãoArte e mercadoVermelho MonetOnde assistir

Acaba de entrar em cartaz o novo filme de Halder Gomes: “Vermelho Monet”. Uma co-produção entre Brasil e Portugal, ambientada no país lusitano, cuja trama aborda o poder sublime da criação artística e o incessante embate entre mercado e distinção artística

Na história, Johannes Van Almeida (Chico Díaz) é um pintor que vive em um ostracismo e bloqueio artísticos. Isso, devido a uma acromatopsia que faz com que ele enxergue apenas tons acinzentados e a um menosprezo do mundo artístico por sua obra. Afinal, ele recém saiu da prisão por falsificação de obras de arte.

O pintor Johannes não consegue criar – imagem de divulgação.

Paralelamente, a marchand Antoinette Lefèvre (Maria Fernanda Cândido), que já foi cúmplice do pintor, está em busca de realizar a venda de uma pintura sublime. Que fará com que seu nome seja eternizado no mercado da arte. Ela também está deslumbrada pela jovem atriz Florence Lizz (Samantha Müller), que coincidentemente acaba se tornando um resquício de chamariz de inspiração para Johannes, após um casual encontro em um café.

Arte e inspiração

Johannes é apresentado como um dos últimos pintores clássicos por excelência, ainda vivos e (de certa forma) em atividade. Isso quer dizer que ele pode ser visto ao mesmo tempo como tradicional e ultrapassado, por pintar sempre musas nuas, e também como legítimo e profundo, por não se render às tendências contemporâneas da arte.

Esse contraste é presente entre o pintor e a marchand. Por mais que ela apresente uma predileção pessoal pela arte figurativa, sua posição como negociante de arte a coloca como partidária da arte minimalista contemporânea. Enquanto ela é apresentada como sofisticada e em lugares modernos, ele é mais rústico e frequenta lugares mais bucólicos e tradicionais.

O jovial Johannes e sua musa Adele – imagem de divulgação.

Arte e mercado

Esse embate entre ambos personagens sintetiza a narrativa e o tema do filme. O que é mais importante? Abrir mão de valores próprios em busca de um objetivo? Ou persegui-lo sem nenhuma flexibilidade, mesmo que isso torne o objetivo praticamente inalcançável? Afinal, qual é o preço que se deve pagar pela beleza sublime?

Afinal, esse conflito está presente, também, nas cores. A cor vermelha é a grande impulsão da motriz criativa de Johannes. Mas, no filme, a cor azul surge como subjugador do vermelho. A frieza das tendências artísticas regidas pelo mercado subordinam a forma e a criação artística a atender os anseios de comerciantes ricos e vaidosos que veem arte como símbolo de status.

Antoinette e Laurent: mercadores da arte com almas estilhaçadas – imagem de divulgação.

Vermelho Monet

Johannes sempre foi fascinado pela cor vermelha. Vemos, por meio de flashbacks, que sua grande inspiração é sua musa e grande amor, Adele (Gracinda Nave), cujos cabelos intensamente ruivos remetem ao de Florence. Ou seja, a paixão por algo que move o que realmente importa, embora, seja cada vez mais difícil de enxergar isso na sociedade moderna.

Florence traz inspiração e sobrevida à arte de Johannes – imagem de divulgação.

Se, aparentemente, o filme pode parecer longo, ele tem o ritmo adequado para uma progressão crescente que vai envolvendo o espectador. Mas, em uma trama que explora bem as dualidades paixão x razão e cinismo x utopia, algumas partes acabam sendo pouco desenvolvidas, como a ambição da Florence em relação ao seu primeiro trabalho como atriz em uma produção portuguesa, cuja escolha é questionada pela imprensa.

Onde assistir

Halder Gomes nos entrega em “Vermelho Monet”, um filme visualmente explêndido, apesar de alguns pontos soltos na narrativa, o que não compromete a obra final. A princípio esse é o primeiro filme de uma trilogia que o diretor pretende realizar sobre pintura.

A distribuição é da Pandora Filmes. O filme está em cartaz nos cinemas. Dessa forma, consulte a rede de cinemas de sua cidade para encontrar sessões disponíveis.

trailer oficial
Tags:chico díazcinema brasileiroHalder GomesMaria Fernanda Cândidomercado de artepinturaSamantha MüllerVermelho Monet
Compartilhe este artigo
Facebook Copie o Link Print
Luciano Bugarin's avatar
PorLuciano Bugarin
Professor de artes e cineasta independente. Sou cinéfilo, fã de Simpsons, entusiasta de artes que fogem do óbvio e músicas barulhentas.
Nenhum comentário

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Gravatar profile

Vem Conhecer o Vivente!

1.7kSeguidoresMe Siga!

Leia Também no Vivente

Ópera italiana de graça Festival Ópera Na Tela
CinemaMúsica

Kinoplex abre pré-venda do Festival Ópera na Tela 2023

Redação
2 Min Leitura
Crítica Vozes que Inspiram
CríticaNotícias

Vozes que Inspiram | Netflix apresenta a força da juventude e do teatro

Alvaro Tallarico
2 Min Leitura
Benzinho no Telecine Cult
Cinema

Filmes premiados no Festival de Gramado e homenagem ao Dia do Documentário Brasileiro no Telecine Cult em Agosto

Redação
2 Min Leitura
logo
Todos os Direitos Reservados a Vivente Andante.
  • Política de Privacidade
Welcome Back!

Sign in to your account

Username or Email Address
Password

Lost your password?