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Women’s Music Event 2020 | Evento encerra hoje com shows de Céu, Xênia França e MC Souto

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Women's Music Event RMX 2020. A importante conferência voltada para o mercado musical encerra hoje com shows, a partir das 17h, de MC Souto, Xênia França e Céu no YouTube Natural Festival.

Termina hoje o Women’s Music Event RMX 2020. A importante conferência voltada para o mercado musical encerra hoje com shows, a partir das 17h, de MC Souto, Xênia França e Céu no YouTube Natural Festival.

Assim, foram dois dias de intensas discussões sobre a cadeia musical brasileira e hoje ainda está rolando bate-papos com profissionais do mercado musical falando sobre negócios, parcerias, carreira, dentre outros.

Futuro dos festivais

Através do bate-papo com as idealizadoras dos festivais Latinidades e Coquetel Molotov, no painel Festivais de música como lançadores de tendências e soluções para o momento, tivemos um panorama sobre o atual momento de reorganização dos festivais em modalidade online e o que esperar para 2021.

Desse modo, Ana Garcia, idealizadora do No Ar Coquetel Molotov, que acontece em Recife, contou como foi estruturar um festival para uma edição online (a 17ª edição ficará para 2021). A produtora enfatizou a dificuldade em conseguir patrocínio e a luta por editais e disse que a viabilidade para o festival ocorrer todos os anos está pautada na criatividade e curadoria artística.

Somado a isso, Jaqueline Fernandes, idealizadora do Festival Latinidades, considerado o maior encontro de mulheres negras da América Latina, falou sobre a 13ª edição, intitulada Utopias Negras, ter ocorrido em formato híbrido, no mês de julho deste ano.

A produtora contou o baque que foi ter um evento que prioriza o encontro e as trocas presenciais, ter sido à distância. Além disso, destacou a falta de apoio do governo de Brasília ao festival, o ambiente online ser antidemocrático e ter uma série de dificuldades de realização de um evento e quais as barreiras quanto ao orçamento.

Dessa maneira, ambas salientaram a responsabilidade social dos organizadores de eventos quanto à possibilidade de rolar um festival presencial em 2021. Nesse sentido, Ana estuda ter o No Ar Coquetel Molotov 2021 presencial, enquanto que Jaqueline tem dúvidas quanto ao formato do Latinidades para a próxima edição.

Editais e ECAD

Direitos autorais e editais são assuntos em constante debate na cadeia musical e não podia ficar de fora também na WME RMX 2020, que trouxe o painel Fundos, Editais e auxílios para trabalhadores da música, encabeçado por Fernanda Paiva, Luciana Adão e Isabel Amorim.

Primeiramente, Isabel Amorim, superintendente executiva do ECAD, falou sobre o quase fechamento do escritório do ECAD em março e que a arrecadação de direitos autorais caiu em 50% por conta da pandemia.

Além disso, a executiva comentou a polêmica envolvendo o requerimento de urgência da PL 3.968, que muda o pagamento de direitos autorias e que poderia tirar custos de pagamentos desses direitos do setor de hotelaria e entidades filantrópicas. Com isso, vários artistas como Milton Nascimento, Caetano Veloso, Anitta e muitos outros se manifestaram contra o requerimento.

Fernanda Paiva, do Natura Musical, trouxe boas notícias para músicos independentes. Este ano, o Natura Musical anunciou um investimento de R$ 8,5 milhões para o mercado cultural. Desse modo, a executiva acredita no impacto social através da música e disse que a marca está em busca de novas perspectivas para equidade, representatividade e inclusão, além de inovação e relevância na música. Além disso, deixou uma reflexão no ar: “Que futuro queremos ver emergir no nosso país?”

A saber, o edital Natura Musical encontra-se com inscrições abertas até dia 21 de setembro, às 17h. Para mais informações e inscrição, acesse: https://www.natura.com.br/blog/mais-natura/prepare-se-saiba-tudo-sobre-o-edital-natura-musical-2020  

Rede de apoio aos profissionais da música

Por fim, o site Women’s Music Event 2020 conta também com uma área reservada a doações para profissionais da música que estão sendo prejudicados com a pandemia. Há dois canais: o Salve Produção e o Salve Rave. O Salve Produção destina-se a dar um auxílio de R$500 aos profissionais de produção do Rio de Janeiro e o Salve Rave arrecada doações para profissionais atuantes nas noites.

Para mais informações e doações, acesse:  https://abacashi.com/p/salve-producao?fbclid=IwAR2yaTx8qD9SEiIw8fjfB7ziA79fuyPXxlZa5LED6OyBCUSnIPE7nCNlPlA ou https://www.sympla.com.br/salva-rave__908014 

Crítica

Crítica: O Cachorro que se Recusou a Morrer

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Cena da A peça O cachorro que se recusou a morrer

“O Cachorro que se Recusou a Morrer” tem criação, texto e atuação de Samir Murad, e bebe em suas experiências de vida. A cenografia de José Dias constrói um ambiente que é mais do que um mero cenário; é um componente narrativo, imergindo o público nos diversos tempos e espaços que compõem a história. Isso em conjunto com o eficiente videocenário concebido por Mayara Ferreira.

A princípio, num drama autoficcional, Samir Murad, descendente de imigrantes libaneses, entrelaça sua memória afetiva em uma narrativa. Êxodo, matrimônio por encomenda, confrontos culturais e saúde mental compõem os temas que o ator carrega em sua bagagem.

Uma das maiores virtudes do espetáculo é a riqueza da cultura árabe familiar que permeia a obra. Aparece, por exemplo, em projeções fotográficas, e na boa trilha sonora, fruto da colaboração entre André Poyart e o próprio Samir Murad, que enriquece a experiência sensorial do espectador.

Segunda metade de “O Cachorro que se Recusou a Morrer” desperta

Entretanto, a peça demora a engrenar. A primeira metade é lenta, não cativa, falta uma maior dinamicidade, e, talvez, ficar mais enxuta. Isso não acontece na segunda parte, que é muito mais fluida e desperta os espectadores.

Por outro lado, Samir é um showman. É como um Chaplin de descendência árabe buscando suas raízes. A entrega dele no palco tem uma força emocional deveras potente. Dessa forma, para aqueles que gostam e desejam saber mais sobre a cultura árabe, pode valer testemunhar essa obra no Centro Cultural Justiça Federal, até o dia 17 de dezembro, sempre aos domingos às 16h.

Serviço

Local: Centro Cultural Justiça Federal

Endereço: Av. Rio Branco, 241, Centro, Rio de Janeiro.

Próximo a Estação Cinelândia do Metrô Rio.

Informações: 21 3261-2550

Temporada: 19 de novembro a 17 de dezembro, aos domingos, às 16h.

Valor do ingresso: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia-entrada)

Vendas na bilheteria do Teatro ou antecipadas pelo site Sympla: https://www.sympla.com.br/produtor/ocachorro

Capacidade de público: 141 pessoas

Classificação: 10 anos

Duração: 75 minutos

Drama bem humorado

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