“A Médium” (The Medium) é uma história sobre espiritualidade tailandesa, possessão, ritual e exorcismo. A direção do longa é de Banjong Pisanthanakun, o mesmo de “Espíritos – A Morte está ao Seu Lado” (2004). O filme segue um caminho de documentário fake, sobre mediunidade na Tailândia, ou seja, é como se a câmera seguisse uma família real visando abordar esse polêmico tema.
Isso não é novo, mas é interessante e permite explorar outros ângulos e uma inserção diferente do espectador. Em certos momentos, no terceiro ato, lembrei bastante de “A Bruxa de Blair” (1999).
No filme, Nim (Sawanee Utoomma) é uma importante médium que mora ao norte da Tailândia. Ela conta sua história para a câmera e introduz o público naquele mundo. É possível fazer comparações com a Umbanda e Candomblé, pois aprendemos sobre oferendas, entidades, incorporação e curas espirituais.
Mink
Entretanto, Nim começa a perceber comportamentos cada vez mais sinistros e estranhos em sua jovem sobrinha Mink. A moça está sofrendo com diversos problemas sem explicação que seguem num crescente, atrapalhando sua vida pessoal. Então, Nim inicia uma investigação com os próprios “documentaristas” e familiares e começa a suspeitar que talvez Mink esteja sendo possuída por alguma coisa maligna.
Narilya Gulmongkolpech é a atriz que representa Mink, e ela sabe usar a oportunidade para mostrar sua versatilidade. É o maior destaque do elenco.
A película consegue ser perturbadora, mas falha em nos conectar mais com os personagens, que morrem sem que isso realmente atinja o público.
Além disso, o longa poderia ser mais curto, não há necessidade alguma para ser maior que duas horas. “Espíritos – A Morte está ao Seu Lado” é melhor, pois tem um roteiro mais bem amarrado e instigange.
Contudo, no geral, como um filme de terror, “A Médium” funciona. Dá alguns sustos (poucos) e mantém a tensão e o nervosismo no espectador que busca por isso.
Afinal, “A Médium” (The Medium) chega aos cinemas em 19 de maio.