O álbum Sons de Sete Barras, lançado recentemente pelo cantor e compositor DCarvalho, é fruto do retorno do artista às composições, quando se mudou para Sete Barras, cidade do interior de São Paulo. As dez faixas divididas entre lado A e B são inspiradas pelas belezas naturais do local, assim como pela atmosfera, rio e lendas do local. À época, a pandemia de Covid-19 e o isolamento social reinavam, e os momentos criativos de DCarvalho caminharam juntos.
Estas características e ambientes dos quais viveu DCarvalho são espelhos que refletem as letras e mensagens das faixas. “É um álbum que traz muitas verdades. A começar com letras que despertam o resgate histórico e a importância da preservação ambiental. Canções compostas durante a pandemia e reflexões sobre a pobreza e o baixo IDH de uma região extremamente rica em recursos e belezas naturais.” Pontuou DCarvalho.
Ele também diz que “O projeto explora, através da música, as enormes riquezas e o grande potencial do Vale do Ribeira, retratando locais turísticos e históricos e trazendo um manifesto de lançamento – a exposição de processos de extração mineral que não tiveram cuidados necessários para a sustentabilidade local. Podemos afirmar que o álbum reforça a bandeira da temática ambiental.”
Faixa a faixa
A faixa “Eu Tenho Cá Pra Mim” abre o álbum enfatizando o amor como energia de transformação, de felicidade. A 2ª faixa, “Quarentena”, todavia, é retrato do período de Covid-19, seus efeitos sociais e as mudanças causadas. “Estação de Trem”, a 3ª música, é uma viagem imaginária, inspirada nas abandonadas estações de trem pelo país afora. “Ribeira”, 4ª faixa, também é um passeio, este pelo Rio Ribeira de Iguape, em direção ao litoral, com descrições das belezas e lendas do rio. O lado A se encerra com a 5ª faixa, “A Ponte”, no qual DCarvalho descreve o drama vivido por um personagem que, sem oportunidades, busca sobrevivência fora de sua terra.
O lado B começa com “Sentidos”, um bolero que brinca com os cinco sentidos e indo ao sexto, o sensorial. Igualmente um bolero, a próxima faixa, “Fragmentos”, narra as vivências de uma infância pobre, em uma pequena cidade do interior. “Ecoar”, a 8ª faixa, é um tributo a todos os poetas e cantadores, que sonham e impulsionam sonhos coletivos por meio da arte. “Garimpo” (9ª faixa) é sobre as sequelas dos processos destrutivos de extração mineral. Enfim, o álbum se encerra com “Sons de Sete Barras”, a canção que deu origem ao álbum e que conta histórias e lendas de Sete Barras.
MPB
Musicalmente, Sons de Sete Barras tem um apelo para a MPB regional, como a produzida por Renato Teixeira e Almir Sater, e para a MPB tradicional, como a de Ceumar e Oswaldo Montenegro. Ademais, DCarvalho pontua a diversidade sonora e de ritmos que podem ser encontradas no álbum. Ele menciona como exemplo o bolero e a folia de reis.
Com arranjos de Omar Campos, o álbum está disponível em todos os aplicativos de streaming e em disco de vinil.
O cantor
DCarvalho nasceu em 1954 na capital paulista, mas viveu parte de sua vida em Cataguases e Belo Horizonte, ambas cidades mineiras. Atualmente, mora em Sete Barras (SP). Atuante desde jovem, DCarvalho coleciona diversos prêmios e participações em festivais de música popular, em São Paulo capital, interior e outros estados. Atua como músico instrumentista, diretor musical e instrumentista.
Com a trajetória musical retomada em 2010, participou de Saraus e eventos culturais, em especial pela periferia da capita paulista e pelo interior do estado. Radicado desde 2017 em Sete Barras, compõe e se apresenta em feiras e eventos locais, com apresentações online, no SESC Registro Boteco do Ribeira, LAB pela prefeitura de Sete Barros, Circuito Sesc de artes e Virada SP Online.
POR FIM, LEIA MAIS:
Victor Camilo, cantor paulistano residente na Escócia, lança novo single
‘Djavan está num lugar inalcançável’, diz Dan Ferrera em entrevista exclusiva
Clarissa, fenômeno pop lança novo EP | Confira entrevista exclusiva