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Fernanda Young.
Cinema e StreamingCrítica

‘Fernanda Young: Foge-me ao controle’ é uma ode à liberdade e à literatura

Por
Livia Brazil
Última Atualização 29 de agosto de 2024
6 Min Leitura
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Foto: Gigi Kasiss.
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Tópicos
  • Uma obra poética
  • Um auto-documentário feito por outra?
  • Originalidade e ousadia
  • POR FIM, LEIA MAIS:

Fernanda Young é conhecida, além de sua ousadia e polêmicas, por suas séries e programas de TV. Participou da primeira formação do Saia Justa, na GNT, em 2002, ao lado de Rita Lee, Marisa Orth e Mônica Waldvogel. Teve seu próprio programa de entrevistas, o Irritando Fernanda Young, que ficou no ar de 2006 a 2010. Criou e roteirizou, sempre ao lado de seu marido Alexandre Machado, inúmeras séries, como a renomada Os Normais, estrelada por Fernanda Torres e Luiz Fernando Guimarães. Além de atuar em séries e peças de teatros. Inclusive, estava prestes a estrear nos palcos com Ainda nada de novo, ao lado da atriz Fernanda Nobre, quando faleceu, no dia 25 de agosto de 2019.

Contudo, uma faceta pouco conhecida pelo público da roteirista, atriz e apresentadora é a de escritora de Literatura. Fernanda tem 14 livros publicados – com um, Chatices do amor, em pré-lançamento, totalizando 15 livros -, de 1996 a 2019. Inclusive, escritora é o que Young sempre se considerou, mesmo antes de começar a escrever de fato, como admite no documentário Fernanda Young: Foge-me ao controle, que estreia hoje, dia 29 de agosto, nos cinemas brasileiros. O longa-metragem, com direção de Susanna Lira, explora principalmente esse lado da vida de Fernanda Young e a apresenta para o mundo da forma que ela gostaria de ser vista: como escritora.

saia justa
Fernanda com Marisa Orth, Rita Lee e Mônica Waldvogel na primeira formação do Saia Justa.

Uma obra poética

Fernanda Young: Foge-me ao controle parte da literatura para levar a vida de Fernanda Young às telas. E não apenas de suas obras literárias, mas também da narrativa do filme. Não pensem que é uma produção “maluca”, muito artística e difícil de entender. Longe disso. Mas Susanna Lira se utiliza da estética e das experimentações com as palavras que a literatura se propõe para construir a estética do longa. Longa este que se debruça, como Fernanda muito ficaria feliz, em sua produção litertária.

Para além de apresentar Fernanda Young para novos públicos – afinal, pode haver jovens que não a conheçam com tanto afinco, já que a época em que sua arte foi mais prolífica foi no início dos anos 2000 (Os Normais, por exemplo, começou a ser exibida em 2001) -, o documentário apresenta a literatura de Fernanda para seu próprio público. Afinal, como dito anteriormente, muita gente consumiu a figura pública de Fernanda, seus dizeres e ideias, e suas séries, mas pouco conhecia de seus livros. Portanto, após uma breve introdução de sua pessoal – onde e quando nasceu, quem foram seus pais e sua família, como se enxergava no mundo e uma apresentação de seu marido e filhos -, Susanna apresenta ao público a faceta escritora de livros de Fernanda. E melhor: o faz na voz e imagem da própria Fernanda.

Fernanda Young:
Fernanda Young. Foto: Divulgação.

Um auto-documentário feito por outra?

Fernanda Young: Foge-me ao controle é composto de imagens da autora. São trechos de entrevistas, vídeos caseiros, partes de programas e declamações de Fernanda que o espectador assiste por 87 minutos, bebendo cada palavra e cada imagem. Isso porque Susanna Lira entremeia falas e narrações com imagens, aproximando o documentário à Literatura. Afinal, o que é a Literatura se não palavras no papel enquanto vamos formando imagens em nossas cabeças? É isso que Susanna tenta – e consegue – fazer com o documentário, transformando tudo aquilo em uma só história, uma só narrativa.

É interessante perceber que pouco temos de “intromissão” alheia. Além de perguntas feitas em entrevistas – como as de Marília Gabriela – e poesias e trechos de livros de Fernanda lidos por Maria Ribeira – uma excelente escolha, já que a atriz tem estudado bastante Fernanda Young, além de a levar lindamente ao palco com a peça Pós-F, baseada em livro homônimo de Young -, o documentário é contado por Fernanda. É a própria mostrando-se ao mundo, somente com recortes e edição feitos por Susanna e sua equipe – que está toda de parabéns.

Originalidade e ousadia

Mostrar-se ao mundo, inclusive, é algo que Fernanda nunca teve medo de fazer, apesar de mencionar diversas vezes durante a produção que sentia-se sempre inapropriada. Apesar disso, de seu desconforto em sua própria pele, nunca teve medo de mostrar-se como realmente é e de expressar seus pensamentos. Uma verdadeira inspiração e modelo para as mulheres, sempre tão oprimidas na sociedade em que vivemos.

Fernanda Young: Foge-me ao controle é uma verdadeira ode à originalidade e à liberdade de ser quem se é. E uma carta de amor à Literatura. Em um mundo onde as pessoas têm lido cada vez menos, ter Fernanda Young estimulando as pessoas a se voltarem para os livros, onde elas podem criar seus próprios mundos, é revigorante.

Fernanda Young:
Foto: Divulgação.

POR FIM, LEIA MAIS:

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Tags:Cinemacinema brasileirocinema nacionaldocumentáriofernanda youngliteraturaliteratura brasileiraliteratura nacional
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PorLivia Brazil
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Escritora, autora dos livros Queria tanto, Coisas não ditas e O semitom das coisas, amante de cinema e de gatos (cachorros também, e também ratos, e todos os animais, na verdade), viciada em café.
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