A última noite de sábado no Circo Voador foi marcada por duas apresentações carregadas de representatividade em várias aspectos, com o Samba Que Elas Querem e o Samba Independente dos Bons Costumes (SIBC). Com um repertório que presenteou o público com grandes obras do samba e do pagode, o evento trouxe o que há de melhor nos gêneros musicais em questão.
O talento e representatividade do Samba Que Elas Querem
A programação do último sábado do ano foi aberta já com chave de ouro, com a explosão intitulada Samba Que Elas Querem. A banda, com formação só de mulheres, trouxe representatividade, força e qualidade ao palco da Grande Lona, com clássicos dos verdadeiros monstros da música brasileira.
No repertório do já gigante grupo carioca, Reconvexo, Eu e Você Sempre, Água da Minha Sede e Já É ganharam voz e presença nas perfeitas interpretações das grandonas.
SIBC oscila, mas fecha com empolgação
Após o intervalo com a DJ Bieta, que deu uma roupagem única a grandes sucessos genuinamente brasileiros, como Baianá, e uma homenagem ao eterno Molejão Anderson Leonardo, foi a vez do SIBC tomar conta do Circo.
Iniciando com entusiasmo e levantando o público, o grupo que tem lugar cativo em outro reduto da boemia, a Fundição Progresso, apresentou chuva de talento, com destaque para a voz potente de Vandro Augusto, componente do trio que se reveza nos vocais da banda.
Embora com uma apresentação morna em alguns momentos, devido à escolha do repertório, com muitos pagodes-sofrência (ou romântico) em sequência, o SIBC teve grandes destaques na noite, sobretudo com Ana Bispo cantando lindamente Ainda É Tempo pra Ser Feliz, e com as participações de Pedro Quental com O Descobridor dos Sete Mares, e do próprio Samba Que Elas Querem, que roubou a cena, engatando uma sequência de preciosidades como Lucidez, Será Que É Amor e Hoje Eu Vou Pagodear.
Noite de celebração ao empoderamento feminino
O apagar das luzes de 2024 foi marcado por uma verdadeira celebração ao empoderamento feminino, com uma apresentação marcante do Samba Que Elas Querem. Além disso, o palco do Circo Voador foi ainda lugar de homenagem às grandes obras – e seus compositores – da música raiz brasileira, tanto com as poderosas do samba quanto com o já famoso SIBC.