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Emanuela Fanelli, Maria Chiara Giannetta, Claudia Pandolfi, Vittoria Puccini, Marco Giallini, Maurizio Lastrico, Rocco Papaleo e Claudio Santamaria em cena de "Primeiro Encontro"- Divulgação
Cinema e StreamingCrítica

Crítica: ‘Primeiro Encontro’ transforma ansiedade amorosa em humor caótico

Por
André Quental Sanchez
Última Atualização 30 de novembro de 2025
6 Min Leitura
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Emanuela Fanelli, Maria Chiara Giannetta, Claudia Pandolfi, Vittoria Puccini, Marco Giallini, Maurizio Lastrico, Rocco Papaleo e Claudio Santamaria em cena de "Primeiro Encontro"- Divulgação
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Dirigido por Paolo Genovese, Primeiro Encontro parte do entendimento de que o público precisa rir e brincar com o desconforto do namoro contemporâneo

Qual a roupa certa? Será que o restaurante é o ideal? Passei perfume demais? Onde coloco as mãos? Deve haver beijo agora ou depois? Olho nos olhos ou em um ponto logo acima? Quem paga a conta? Surgiu um silêncio: devo falar algo? Conto da vez em que torci o pé? Devo mencionar que tenho uma filha?

Quando você percebe, o encontro já terminou e não se pareceu em nada com o que você idealizou, seja para o bem ou para o mal. Esse é o grande dilema do namoro moderno: almejamos companhia, conexão, empatia, e ao mesmo tempo nos preocupamos tanto em impressionar e conquistar uma chance de algo duradouro ou, ao menos, de uma noite inesquecível, que ao final nossos próprio pensamentos nos sabotam. Pensamos, refletimos, nos cobramos sobre tudo o que pode dar errado ou já deu, quando na verdade o processo costuma ser bem mais simples e gostoso do que parece, como aprendemos em qualquer Primeiro Encontro.

Emanuela Fanelli, Maria Chiara Giannetta, Claudia Pandolfi, Vittoria Puccini em cena de "Primeiro Amor"- Divulgação

Emanuela Fanelli, Maria Chiara Giannetta, Claudia Pandolfi, Vittoria Puccini em cena de “Primeiro Amor”- Divulgação

Para compreender a nova comédia de Paolo Genovese, é importante notar que sua premissa básica gira em torno de ser uma espécie de Divertida Mente (2015, Pete Docter), só que italiano e com atores. A partir disso, acompanhamos Lara e Piero, dois adultos solitários que terão um primeiro encontro oficial na casa dela. Embora desde o início exista um interesse nítido entre os dois, a noite é marcada por altos e baixos que envolvem desde neuroses e atos falhos até aparições-surpresa de ex-namorados, elementos que agitam ainda mais as personalidades existentes dentro da cabeça de cada um.

Quando bem trabalhados dentro de um universo que permite liberdade criativa, personagens arquetípicos trazem leveza e facilitam o humor. É justamente por isso que Primeiro Encontro se torna único em seu retrato das neuroses e preocupações do amor: diversos pensamentos conflituosos entram em ação, aqui representados por arquétipos como o romântico, o sensual, o líder e o ranzinza, sendo quatro respectivamente para cada protagonista, e os personagens que ativamente conduzem a história.

A interação entre essas oito personalidades proporciona o maior entretenimento e as melhores risadas da produção, que não investe em um grande arco narrativo ou evolução profunda, mas sim em uma sucessão de situações caóticas enquanto torcemos para que esse primeiro encontro dê certo.

Edoardo Leo e Pilar Fogliati em cena de "Primeiro Amor"- Divulgação

Edoardo Leo e Pilar Fogliati em cena de “Primeiro Amor”- Divulgação

Ao som de uma trilha que percorre de Gioachino Rossini à Amilcare Ponchielli, a produção inclui uma excelente versão italiana de Somebody to Love (1976, Queen), destacando uma das maiores qualidades de Primeiro Encontro: não é necessariamente a minuciosa direção de arte, nem os cenários distintos dentro das mentes dos personagens, nem a fotografia simples e direta em seu retrato de caos, mas sim a leveza com que o filme constrói uma experiência extremamente divertida.

Analisando a narrativa minuciosamente, é possível encontrar falhas, sobretudo no arco final, que apresenta um conflito um pouco banal demais para um filme com tanto conceito. Ainda assim, o objetivo sempre foi utilizar o casal principal como imagem alegórica de todos que já passaram por essa situação, o que acaba trazendo certo consolo ao espectador, que ironicamente se sente em paz com toda a anarquia apresentada.

Com um elenco em completa sintonia e ágeis 97 minutos que misturam filosofias, reflexões e até conversas absurdas sobre qual a melhor camisinha e vertentes do feminismo, Primeiro Encontro é um filme leve, com um final confortável, e que certamente deixará alguma marca na audiência, nem que seja apenas a percepção de que talvez o seu próprio encontro não tenha sido tão ruim quanto você imaginava. Afinal, pelo menos rendeu uma história para contar.

Marco Giallini, Maurizio Lastrico, Rocco Papaleo e Claudio Santamaria em cena de "Primeiro Encontro"- Divulgação

Marco Giallini, Maurizio Lastrico, Rocco Papaleo e Claudio Santamaria em cena de “Primeiro Encontro”- Divulgação

Distribuído pela Pandora Filmes, Primeiro Encontro estreia oficialmente no dia 11 de Dezembro, porém, antes desta data teremos duas sessões especiais que serão realizadas no Reag Belas Artes, em SP.

A primeira delas será no dia 09 de Dezembro com o encerramento do CineClube Italiano, juntamente com uma degustação de gelatto e uma exposição fotográfica, com os ingressos populares podendo ser encontradas no seguinte link.

Em seguida, no dia 10 de Dezembro, haverá uma sessão especial do filme, seguido por um encontro às cegas no mezanino do cinema. Ao preencher o seguinte formulário, o cupido do Belas Artes irá formar os casais respectivos que terão esta experiência pós sessão, prometendo uma experiência única em um dos cinemas de rua mais amados de SP.

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Tags:CinemacríticaCrítica Primeiro EncontroFollementepandora filmesPaolo GenovesePrimeiro EncontroQueenReag Belas Artes
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