A arte é viva, ela resiste independente dos empecilhos que possam surgir no meio do caminho. O mundo segue num fluxo constante e, com isso, os artistas se reinventam e surgem com possibilidades ainda mais criativas e atrativas. O Coletivo Vibra trabalha dessa maneira, jovens produtores artísticos que têm a arte independente como pilar oferecem serviços e desenvolvem suas próprias ações com o objetivo de disseminar a arte independente.
No dia 12 de julho, a ação co-produzida por Natália Sabino e Almir Chiaratti, junto à produtora do Coletivo Vibra, Caro Petersen, foi realizada. O Independentemente: Vídeo-Exposição Itinerante trouxe uma exposição com 10 artistas independentes, que possuem trabalhos visuais e de performance, selecionados por uma curadoria própria. Entre eles estão: Lia Fortes, Raíssa Jalkh, Anavê, Lucas Lima, Bia Vinzon, Maria Paganelli, Citruss Lima, Felipe Bittencourt, Julia Aiz e Carolina Leal. Todos haviam preenchido um formulário disponibilizado nas redes sociais, as escolhas foram feitas com base na relação dos trabalhos com a proposta do projeto. As obras trazem reflexão, remetem aos assuntos atuais, mostram sensibilidade e faz com que os observadores questionem onde estão inseridos.
Projeção em prédios da Glória e Icaraí, no Rio de Janeiro
Todos os vídeos e imagens foram projetados em prédios dos bairros da Glória, na cidade do Rio de Janeiro, e em Icaraí, em Niterói, além de terem sido transmitidos simultaneamente no canal do YouTube. Durante a exibição ao vivo, o Coletivo Vibra chegou a alcançar aproximadamente 250 espectadores na ação.
Em tempos de pandemia, o projeto aproxima novos públicos e cria uma conexão afetiva com os seus expectadores. A arte acessível é uma das prioridades da ação, uma vez que pode ser apreciada dentro dos próprios lares ou ao alcance de suas janelas. Manter a segurança e disseminar a arte é uma das medidas mais importantes no momento.
Caro Petersen, produtora do Coletivo, contou que a ideia surgiu em meados de abril quando começou a ver acontecerem projeções em prédios e logo pensou em criar o que pode ser visto hoje. Até a execução, todo o processo durou cerca de dois meses para que chegasse ao resultado final. “No meio da quarentena a gente começa a pesquisar várias coisas e pensar em formatos. A minha ideia era colocar o projetor em um gerador no carro e sair projetando por aí, mas começamos a ver a possibilidade de fazer parcerias com pessoas que a gente sabia que fazia este trabalho”, conta.
A proporção que o projeto tomou e o número de visualizações no YouTube surpreenderam Caro que já pensa em novas perspectivas. “Eu fiquei muito feliz que deu certo e que ele se desenvolveu da maneira que desenvolveu porque faz pouco tempo que estou nesta área, eu trabalhava com audiovisual. O sucesso do projeto dá muito gás para continuar outros, talvez com outras linguagens também.”
Financiamento Coletivo
Até o próximo domingo, 2 de agosto, às 23:59h, estará no ar um financiamento coletivo com o objetivo de remunerar os artistas e produtores da ação. Por ser itinerante, o Coletivo busca projetar estes trabalhos em paredes que vão além do estado do Rio. A proposta é alcançar outros locais espalhados pelo Brasil para que alcancem mais pessoas ao redor do país ou até mesmo uma 2ª edição. Contudo, eles já conseguiram 59% da meta estabelecida no valor de R$3.150.
“Agora ele é uma galeria online e talvez a gente consiga levá-lo para outros lugares, numa galeria ou Instituição de Arte que tenha interesse. Eu tenho essa vontade de botar para frente”, enfatiza a produtora.
A ação que antecedeu a exposição e trouxe ainda mais fôlego para a realização de um novo projeto foi a Vibra Lives que ocorreu no Instagram do Coletivo Vibra. Artistas ligados a música, poesia, colagem, pintura, performance, entre outras linguagens, se reuniram em conversas ao vivo para falar sobre os seus trabalhos e o cenário artístico. Para mais informações, acesse o site do Coletivo.
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