Consagrado “músico da noite” em Porto Alegre, o compositor, vocalista e guitarrista Leandro Bertolo chega ao segundo álbum, “A Flor do Som” (independente/distribuição Tratore), investindo em um trabalho autoral. Aliás, já disponível nas plataformas digitais e com distribuição nacional em formato CD. Ele tem influências de compositores/cantores consagrados nos anos 1970 como notadamente Djavan, João Bosco e Gonzaguinha.
“A Flor do Som” é parceria com a esposa Bianca Marini
“Estávamos em Gramado, conversando. Bianca trouxe um pequeno vaso de vidro em forma de flor, e colocou dentro o celular conectado a um aplicativo. Na variada playlist estava tocando Mozart naquele momento. Ela disse que aquilo era ‘a flor do som’. Eu apenas complementei: ‘a flor do som é Mozart’, e assim nasceu nosso primeiro pop-jazz Djavaneado”, diz Leandro.
Partidário da alegria, Bertolo passeia por samba (o sinuoso “Momentos Felizes” e o arrebatador “Canto Forte”, ambos predestinados ao sucesso), afoxé (“Rotas do Sonhar”), bolero (“Náufragos de Amar”, “Te Espero Na Canção”), choro-seresta (“Darcy Alves”, tributo ao cultuado músico gaúcho) e balada (“Adormecido Coração”), respeitando as tradições sem pregar o conservadorismo.
Enfim, por isso mesmo soa contemporâneo. Arrisca até um singular bolero-salsa (“Armadilha”), revive a MPB-pop oitentista em dueto com a bela musa Bianca (“Luz do Amor”) e mergulha no contagiante frevo-axé baiano (“ATKI”) com segurança de veterano.