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Armadilha Explosiva | Filme empolga, mas por razões diferentes

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crítica Armadilha Explosiva

A temática de histórias audiovisuais que se passam dentro de carros parece ter incontáveis releituras aos olhos de Vanya Peirani-Vignes, diretor do curta-metragem The Cab Ride, de 2012. Diferente de seu trabalho antecessor, porém, em seu longa de estreia, Armadilha Explosiva, ele opta por um senso de urgência um pouco maior, e experimenta novas dinâmicas. Agora é entre pais e filhos, entre adultos com traumas de guerra, e entre hierarquias de autoridade. Além disso, com a iminência de uma explosão, por conta de uma mina localizada abaixo do carro.

Nora Arnezeder, que faz a personagem Sonia, protagoniza este que é um de seus principais trabalhos, numa atuação um pouco mais nervosa e atenta, compensada por uma câmera inquieta, já que o carro está parado. Aliás, por conta disso, a inexperiência de longas no currículo do diretor se faz presente neste seu primeiro filme. Entretando, não prejudica o produto final, já que a montagem consegue equilibrar a falta de ação, com cortes mais urgentes, e com uma crescente na trilha. No entanto, infelizmente, ele não entra no páreo dos diretores contemporâneos que têm um filme excelente em seu início de carreira. 

Laços afetivos

Existem alguns deslizes quando olhamos para a narrativa de Armadilha Explosiva e para algumas decisões criativas, num filme que precisa, o tempo todo, olhar para um lugar só. O roteiro também não favorece os laços afetivos criados naquela situação de conflito, e por vezes a sensação de falta de aprofundamento se faz presente. A crítica sobre a situação da Ucrânia também beira o superficial e não tem força narrativa.

Apesar disso, e atentando-se apenas para a situação em si, e os esforços para contê-la,  o filme se sustenta quase que inteiramente. Optando por outros caminhos que não os efeitos visuais, e trabalhando em histórias que não envolvam pessoas dentro de carros, Vanya pode ter um segundo filme fora da curva, e vale a pena observar seus próximos passos no audiovisual.

É preciso também destacar a atuação de Lévine Weber, uma das novatas do elenco. Por muitas vezes, ela consegue compor bem o desespero de Sonia, sendo uma criança mais tranquila e a personagem mais bem desenvolvida do roteiro.

Dito isso, é nítido que não é um filme grandioso, e não tenta ser. Mas abre um bom espaço para que Vanya consiga conquistar seu nome na direção, em um futuro próximo. E serve, da mesma forma, para abrir mais portas a essa nova leva de atores franceses pouco vistos nas produções internacionais.

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Coreógrafo de Danças Urbanas e produtor cultural. Amante de K-pop e viciado em séries. Eterno estudante de marketing, linguagem corporal e inteligência social.

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Cinema

‘A Freira 2’ lidera bilheterias brasileiras e diretor explica sua visão. Entenda!

Em exibição há duas semanas, o filme da Warner Bros. Pictures traz Valak, a Freira Demônio, de volta ao cinema

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critica a freira 2

É o mais recente capítulo do universo “Inovação do Mal” e vem fazendo sucesso. “A Freira 2”, produzido pela Warner Bros. Pictures, lidera as bilheterias brasileiras. A princípio, com apenas duas semanas em cartaz, o filme de terror já arrecadou mais de R$38 milhões em bilheteria e atraiu quase 2 milhões de espectadores aos cinemas.

A trama de “A Freira 2” reintroduz Irmã Irene (interpretada por Taissa Farmiga) em um ambiente assustador. Dessa forma, entrelaça a história da Santa Luzia, a padroeira dos olhos e visão, com a atmosfera arrepiante da luta contra o mal.

O diretor Michael Chaves compartilha:

 “Cresci no catolicismo e sempre fiquei impressionado com as imagens que a cercavam – essa mártir cujos olhos foram cortados. Muitas vezes, vemos seus olhos nas palmas das mãos. Acho que há algo assustador e rico nesse imaginário.”

Valak

Continuando a história do filme anterior, A Freira 2 apresenta desafios antigos, com Valak mais poderosa do que nunca, e destaca duas heroínas cativantes unidas pelo poder da coragem. Michael explica:

“Gosto de histórias de mulheres fortes… A ideia dessas duas freiras encarregadas de uma missão atravessarem a Europa para tentar caçar esse demônio. Foi emocionante, uma história forte desde o início. Valak embarca em uma jornada pessoal… Introspectiva, íntima, dentro de si mesma, para entender quem ela é – e encontrar sua própria visão e sua própria maneira de ver o mundo ao seu redor”.

A saber, “A Freira 2” é dirigido por Michael Chaves (“A Maldição da Chorona [2019]”, “The Maiden [2016]” e “Inovação do Mal 3: A Ordem do Demônio [2021]”) e produzido pela New Line Cinema, The Safran Company e Warner Bros. Pictures.

O elenco do filme inclui Taissa Farmiga (“American Horror Story: Coven”, “Regressão”, “A Freira”), Storm Reid (“Uma Dobra no Tempo”, “Euphoria”), Jonas Bloquet (“Elle”, “A Freira”) e Anna Popplewell (“As Crônicas de Nárnia”), entre outros.

A Freira 2 está em exibição nos cinemas de todo o Brasil, com versões acessíveis disponíveis.

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