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CinemaCrítica

‘Às vezes quero sumir’ leva introvertidos para centro da ação | Crítica

Por
Livia Brazil
Última Atualização 23 de maio de 2024
6 Min Leitura
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Solidão como forma de comunicaçãoSometimes I think about dyingSinopse oficialFicha TécnicaPOR FIM, LEIA MAIS:

É fácil escrever personagens extrovertidos, que se comunicam muito bem. Bem mais difícil é escrever personagens quietos, que conversam pelo olhar ou em seus movimentos. É uma tarefa árdua comunicar com pouco. Contudo, Stefanie Abel Horowitz, Kevin Armento e Katy Wright-Mead têm êxito em conseguir mostrar tudo o que a personagem principal, Fran, sente em poucas palavras.

Claro que não é um trabalho solitário. É uma junção de características que transmite a inadequação presente em Fran em relação às pessoas. Não apenas o texto é muito bem escrito e desenvolvido, com uma personagem complexa e não unidimensional, como é perceptível o empenho de todas as equipes que são necessárias para se fazer um filme.

Solidão como forma de comunicação

Às vezes quero sumir é um filme para introvertidos. Eles vão entender de cara a personagem principal, nossa grande heroína, Fran. Pessoas que, em algum momento da vida, já se sentiram sozinhas, peixes fora d’água, desajustado. Pessoas que encontram dificuldade em uma tarefa que, para muitos, parece tão simples: se relacionar com o outro. Digo isso sendo uma dessas pessoas. E me identifiquei bastante com a protagonista. Hoje em dia, confesso, não sou tão tímida. Mas o sentimento de inadequação se mantém em várias situações.

Em várias situações também é possível perceber essa sensação durante o filme. Não apenas quando Fran tem dificuldade para estar entre seus colegas de trabalho. Ou quando quase não fala com outras pessoas. Ou quando a imagem corta do que está acontecendo na realidade e passa para dentro da cabeça de Fran, quando tudo o que ela quer é fugir. Mas também está presente nas cores pastéis e desbotadas de toda a obra. Ou na ausência de trilha sonora. E no que se escolhe mostrar do dia a dia de Fran. Tudo isso junto, ou seja, aspectos que foram criados e executados de forma exímia por diversas equipes do longa-metragem, formam e demonstram a impraticidade que é viver para Fran. É difícil, é tedioso, é sufocante.

Às vezes quero sumir.

Foto: Divulgação.

Sometimes I think about dying

O título do filme, no original, é Sometimes I think about dying, ou seja, “às vezes quero morrer”. Um título muito mais propício do que seu título oficial em português, Às vezes quero sumir. Não sei o motivo da troca. Se por falar sobre morte ser um tabu, por acharem que a tradução literal afastaria as pessoas das salas de cinema. Só sei que não foi uma boa troca. “Às vezes quero sumir” deixa o título muito mais leve e abrangente. O que não é o caso da obra. Dizer que a personagem pensa em morte de vez em quando deixa mais sólida a questão. Ela se sente tão inadequada que, por vezes, é mais fácil pensar em morrer do que se relacionar. E é algo que, com certeza, muitos irão se relacionar.

É um filme importante, principalmente para pessoas solitárias. Que não acham o convívio social tão fácil. É reconfortante ver, nem que seja em uma tela de cinema, pessoas parecidas com a gente. E o filme mostra de maneira sensível, sincera e real as angústias das pessoas introvertidas. Só de poder se ver na tela já dá um alívio. E Daisy Ridley retrata muito bem essa personagem. É um longa que pode, sim, ajudar muitos espectadores. Que ainda assistirão um filme esteticamente bonito e tecnicamente cheio de qualidade.

Às vezes quero sumir chega hoje, 23 de maio, aos cinemas brasileiros.

Às vezes quero sumir.

Foto: Divulgação.

Sinopse oficial

A tímida Fran (Daisy Ridley) vê sua vida transformada com a chegada de um novo colega de trabalho. Uma conexão inesperada surge entre eles, ela terá que se reinventar para, enfim, embarcar na aventura de viver.

O filme é inspirado na peça “Killers”, de Kevin Armento. Participou da Seleção Oficial do Festival de Sundance e rendeu indicação do júri principal do Festival Sundance à diretora Rachel Lambert.

Fique, portanto, com o trailer:

Ficha Técnica

ÀS VEZES QUERO SUMIR

Estados Unidos | 2024 | 91min | Comédia dramática

Direção: Rachel Lambert.
Roteiro: Stefanie Abel Horowitz, Kevin Armento e Katy Wright-Mead.
Elenco: Daisy Ridley, Dave Merheje, Parvesh Cheena, Marcia DeBonis, Megan Stalter, Brittany O’Grady, Bree Elrod, Lauren Beveridge, Ayanna Berkshire, Sean Gustavus Tarjyoto, Jeb Berrier, Vin Shambry, June Eisler.
Distribuição: Synapse Distribution.

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Tags:Cinemadaisy ridley
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PorLivia Brazil
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Escritora, autora dos livros Queria tanto, Coisas não ditas e O semitom das coisas, amante de cinema e de gatos (cachorros também, e também ratos, e todos os animais, na verdade), viciada em café.
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