Em um ano tão adverso quanto 2020, poucas empresas chegaram em dezembro sem passar por uma reinvenção que ajudasse na sobrevivência do negócio. O Clube de Autores, maior plataforma de autopublicação da América Latina, soube se adaptar aos novos hábitos dos seus consumidores e fechou o ano com cerca de 55% de livros vendidos a mais que em 2019, registrando um crescimento também no número de livros publicados.
Desde o início da pandemia, a plataforma ampliou o seu modelo de negócio, redesenhou seu site para um novo perfil de demanda dos autores independentes e estreitou relacionamento com uma série de canais de vendas, como livrarias e marketplaces. O Clube ainda realizou um concurso para estimular a escrita, onde surgiram novos escritores. Como resultado, a empresa fechou 2020 com um faturamento de R$8,5 milhões e 14.766 livros publicados, número 18% superior ao do ano anterior.
Desafio
“A pandemia foi um desafio para todas as áreas do mercado. No setor livreiro, onde muitas empresas ainda não estavam automatizadas, 2020 serviu como um ano de ruptura e transformação. Forçados a investir no e-Commerce e em um novo tipo de público e venda, os empreendedores que se arriscaram e decidiram apostar na disrupção, certamente conseguiram ótimos resultados”, conta Ricardo Almeida, CEO do Clube de Autores.
Para Almeida, não só modificar a forma como o setor atua, a pandemia fez com que as pessoas adquirissem novos hábitos durante o isolamento. Segundo ele, a aceitação da literatura independente no mercado tradicional cresceu ainda mais que no ano anterior, fazendo com que 47% dos pedidos do Clube de Autores fossem feitos por livrarias maiores e que revendem essas publicações.
De acordo com uma pesquisa da FecomercioSP, sete em cada 10 brasileiros mudaram os seus padrões de consumo durante a pandemia.