O setor aéreo brasileiro vive um momento de retomada robusta, marcado por investimentos internacionais, expansão da infraestrutura, queda no preço das passagens e maior acesso da população ao transporte aéreo. Um dos sinais mais claros desse novo ciclo é a chegada da Emirates ao Brasil para recrutar engenheiros e técnicos de aeronaves, reforçando o país como um polo estratégico de talentos na aviação global.
A maior e mais lucrativa companhia aérea internacional do mundo realiza roadshows em São Paulo, nos dias 19 e 20 de dezembro, e no Rio de Janeiro, nos dias 22 e 23, como parte de uma campanha global que prevê a contratação de 17.300 profissionais em 350 funções no atual ano fiscal. As vagas são para atuar diretamente em Dubai, no hub da empresa, com foco em engenharia aeronáutica, manutenção pesada e de linha, oficinas de revisão e suporte à frota composta por Airbus A350, A380 e Boeing 777.
Além da oportunidade de carreira internacional, a Emirates oferece salários isentos de impostos, participação nos lucros, seguro saúde e de vida, auxílio-educação e benefícios exclusivos, além da possibilidade de viver em uma das cidades mais cosmopolitas e seguras do mundo. O movimento acompanha o investimento de US$ 950 milhões da companhia na construção de um novo complexo de engenharia no Dubai World Central, com mais de 1 milhão de metros quadrados, previsto para ser concluído em 2027.
Enquanto o Brasil exporta talentos na aviação, o Rio de Janeiro se prepara para fortalecer sua posição como hub internacional.
O governo federal aprovou o edital de venda assistida do Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, com leilão previsto para março de 2026 e lance mínimo de R$ 932 milhões. O novo modelo prevê mudanças contratuais importantes, como a saída da Infraero, a exclusão da obrigação de uma terceira pista e mecanismos de compensação operacional em relação ao Santos Dumont.

A expectativa é que a medida impulsione investimentos, amplie a conectividade internacional e consolide o Galeão como um aeroporto competitivo no cenário global. Dados da Anac mostram que, entre janeiro e outubro de 2025, o terminal movimentou 14,2 milhões de passageiros e 83,4 mil toneladas de carga aérea, números que refletem a recuperação consistente do setor.
Esse crescimento ocorre em paralelo a um fator decisivo para o consumidor: a queda no preço das passagens aéreas. Segundo levantamento do Ministério de Portos e Aeroportos, a tarifa média dos voos nacionais caiu 11% nos últimos três anos, já considerando a inflação. Em 2025, o valor médio foi de R$ 642,19, contra R$ 721,57 em 2022. A redução está diretamente ligada à queda de 29% no preço do querosene de aviação no período e à ampliação da concorrência.
Com tarifas mais acessíveis, o número de brasileiros viajando de avião cresceu 24% em três anos, alcançando mais de 83 milhões de passageiros entre janeiro e outubro de 2025. A expectativa do governo é que o país ultrapasse a marca histórica de 100 milhões de passageiros na aviação doméstica até o fim do ano.

Nesse cenário de retomada e democratização da aviação, a tecnologia surge como aliada do planejamento financeiro. A fintech Nomad lançou duas ferramentas gratuitas voltadas a viagens internacionais: uma calculadora que estima os custos totais de uma viagem, considerando perfis econômico, confortável e luxuoso, e um gerador de roteiros personalizados, que organiza itinerários diários conforme os interesses do viajante.
As ferramentas chegam em um momento de alta demanda por viagens de fim de ano e reforçam a tendência de consumidores mais informados, que buscam previsibilidade de gastos e experiências sob medida. De acordo com dados da Nomad, Estados Unidos, Itália, Argentina, França e Espanha lideram o ranking de destinos internacionais mais procurados por brasileiros em 2025.
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Entre contratações globais, modernização aeroportuária, tarifas mais baixas e inovação digital, o setor aéreo brasileiro entra em uma nova fase, marcada por crescimento, maior competitividade e acesso ampliado. Um movimento que impacta não apenas a aviação, mas toda a cadeia do turismo, da economia e da mobilidade no país.



