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babilonia a nostalgia do acucar
CríticaCulturaEspetáculos

‘Babilônia Tropical – A Nostalgia do Açúcar’ é súplica pelo fim do racismo

Por
Yago Souza de Freitas
Última Atualização 31 de agosto de 2023
5 Min Leitura
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foto: Luiza Palhares
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Babilônia Tropical – A Nostalgia do Açúcar é a nova peça que chegou ao CCBB, que permanecerá até o dia 1 de outubro. A obra dialoga muito bem pautas raciais e mostra ótimos paralelos.

Sinopse da produção:

Em “Babilônia Tropical”, se propõe um mergulho no Recife do século XVII, quando os holandeses ocuparam o nordeste brasileiro em busca das riquezas do açúcar.

As contradições do projeto de modernidade nascente e sua violência nos cruzamentos entre gênero, classe e raça, e as transformações que iriam ditar os rumos do mundo são investigadas através da história de Anna Paes, uma controversa mulher que viveu no período. O ponto de partida é um bilhete, escrito por ela ao aristocrata neerlandês Maurício de Nassau.

Babilônia Tropical é muito mais que um protesto

O roteiro do espetáculo chega a ser simples na primeira camada, mas quando vista de uma posição mais profunda, de uma visão negra, todas as mensagens começam a fazer sentido. A dramaturgia mostra 2 períodos históricos diferentes, o atual e o colonial, e com isso enfatiza como o racismo é existente nessas duas épocas, de maneiras explícitas e outras mais intrínsecas.

Além disso, sem medo, eles questionam peças de época que reproduzem todo o ódio do período histórico selecionado. De início isso não faz muito sentido, pois mostrar a realidade é importante para não reproduzirmos os mesmos atos, porém, em contrapartida, essas atitudes podem ser atos inconscientes de um preconceito escondido, como atores negros sempre serem selecionados para fazerem papeis de empregados, porteiros, cozinheiros ou em posição de pobreza.

Atuações

A atriz Carol Duarte se destacou com facilidade na peça, mas isso acontece por conta de todo o exagero de seus papeis. Essa escolha foi essencial para mostrar a linha tênue entre a loucura e o egocentrismo daqueles que não assumem os próprios erros, ou nem se quer querem enxergar. Uma de suas personagens era Anna Paes Gonsalves de Azevedo, uma figura histórica que foi proprietária do mais importante engenho de cana de açúcar de Pernambuco; quando Carol deu vida ao papel, foi o ápice de seu trabalho, conseguindo realmente reencarnar uma pessoa daquela época.

O ator Ermi Panzo brilha por suas danças “contemporâneas” e suas explosões de sentimentos em cenas, transmitindo com facilidade todo o seu desprezo por fatos racistas que a obra trouxe em evidência. Já a atriz Jamile Cazumbá encanta com sua voz exuberante e junto à Panzo, mostra sua angústia com esse tipo ocorrido.

Babilônia Tropical vale a pena ser prestigiada, por todo seu peso cultural e social. Além disso a peça é muito mais que um protesto, sendo na verdade uma súplica profunda para o fim do racismo.

Ficha Técnica:

Marcos Damigo – idealização e direção geral

Gabriel Bortolini e Marcos Damigo – concepção

Ermi Panzo e Marcos Damigo – dramaturgia

Gabriel Bortolini – direção de produção

Carol Duarte, Jamile Cazumbá, Ermi Panzo e Leonardo Ventura – elenco

Lúcia Bronstein – interlocução artística

Adriano Salhab – direção musical e música ao vivo

Wagner Pinto – iluminação

Simone Mina – direção de arte

CORPO SOBRE TELA – Ricardo Aleixo e Julia Zakia – vídeos

Daniel Breda – consultoria histórica

Glaucia Verena – preparação vocal e consultoria artística e dramatúrgica

Pat Bergantin – preparação corporal

Serviço

Temporada | de 30 de agosto a 01 de outubro de 2023

Horário | de quarta a sábado, às 19h / domingo às 18h

Local | Teatro I | CCBB RJ

Endereço | R. Primeiro de Março, 66 – Centro, Rio de Janeiro – RJ, 20010-000

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Tags:critica babilonia a nostalgia do acucar
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