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Pluft
CinemaCrítica

Crítica | ‘Pluft, o fantasminha’ tem belas mensagens e muita inovação

Por
Luciano Bugarin
Última Atualização 29 de março de 2023
7 Min Leitura
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Pluft (Nicolas Cruz) e Maribel (Lolla Belli) (Imagem de divulgação).
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Pluft, o fantasma que tem medo de genteCriatividade e tecnologia brasileira em “Pluft”Nostalgia para os paisTrilha musical de PluftPluft e suas MensagensOnde ver “Pluft, o fantasminha”

A mais nova estreia do cinema infantil é “Pluft, o fantasminha”. O filme é uma adaptação da famosa peça de Maria Clara Machado, encenada pela primeira vez em 1955. Enfim, após diversas adaptações no teatro, cinema e televisão, surge o primeiro longa infantil nacional de live-action em 3D.

A direção é de Rosane Svartman, que já havia adentrado o universo do cinema infantil no filme “Tainá – A origem”, e como produtora em “Detetives do prédio azul”. O roteiro é de Cacá Mourthé, sobrinha de Maria Clara Machado, e José Lavigne (que também interpreta o tio Gerúndio).

Pluft, o fantasma que tem medo de gente

O filme conta a história de uma amizade inesperada entre Pluft (Nicolas Cruz), um fantasma que tem medo de gente e a menina Maribel (Lola Belli), que foi sequestrada pelo pirata Perna de Pau (Juliano Cazarré). O pirata está atrás do tesouro do capitão Bonança Arco-íris (Avô de Maribel, que aparece em cena representado por pinturas pelo célebre Hugo Carvana).

Em síntese, talvez o grande desafio da produção seja dar uma nova roupagem a esta história clássica, sem abrir mão da essência da simplicidade original da trama. Afinal, em meio a tantos filmes infantis, que trazem diversas metáforas, camadas e profundidades de personagens e roteiros, “Pluft, o fantasminha” surge com uma proposta mais pueril. Assim, o filme faz jus ao diálogo que Maria Clara Machado buscava com o universo infantil: o mundo das brincadeiras, risadas, amizades, trapalhadas e aventuras envolventes.

Criatividade e tecnologia brasileira em “Pluft”

“Pluft, o fantasminha” foi filmado entre 2016 e 2017, mas o grande número de efeitos visuais e suas complexidades fizeram com que o lançamento demorasse um pouco mais. A espera acaba sendo positiva, pois os efeitos desenvolvidos para o longa são surpreendentes.

Para criar o visual fantasmagórico dos personagens sobrenaturais, os atores foram filmados debaixo de água, dentro de uma piscina. Por meio de soluções criativas e inovadoras para realizar uma fotografia com iluminação subaquática, o filme traz um visual surpreendente e inovador. Além disso, toda a equipe de efeitos foi formada por profissionais brasileiros e usou tecnologia nacional, o que não é comum em uma produção deste porte. Para os atores, foi também um desafio atuar debaixo d’água.

FIlmagem de Plugt
Filmagem subaquática (Imagem de divulgação).

O filme também foi realizado com a tecnologia 3D embora, a meu ver, este aspecto não seja tão surpreendente quanto o visual dos fantasmas. O 3D do filme é suave e não apresenta tanta profundidade visual relevante. Por outro lado, a suavidade é boa para aqueles que tenham algumas espécie de desconforto com a tecnologia. Há também a possibilidade do fascínio pela imersão sobre as crianças.

Nostalgia para os pais

Embora, o filme seja feito de forma totalmente dirigida ao público infantil, para boa parte dos adultos o filme pode ter um tom altamente nostálgico. Seja qual que tenha sido o primeiro contato com a história, muitas pessoas carregam lembranças saudosas de Pluft.

No meu caso, meu primeiro contato com a peça foi através de um LP da história. Ver o filme me trouxe várias lembranças de quando eu ouvi este disco na infância, pois muitas falas e a forma como elas são pronunciadas me fizeram recordar as deste álbum.

LP de Pluft
LP de Pluft

Trilha musical de Pluft

O filme também conta com uma trilha musical empolgante e envolvente, composta por Tim Rescala, que consegue amarrar a trama de forma a manter o ritmo e o tom do filme ao longo das cenas cômicas, sentimentais e de aventura.

Sobretudo, há também canções marcantes como o espetáculo musical da Maria Merluza com Simone Mazzer, Thais Belchior e Ariane Souza e a canção-tema, interpretada pela voz marcante de Frejat. Há também as participações do Coral Infantil da UFRJ, do Coral da Gente e da Orquestra Sinfônica de Heliópolis.

Pluft e suas Mensagens

Além de todas estas qualidades, a essência do filme está nas mensagens que a trama contém. O tema da importância da amizade aparece na dedicação dos marinheiros Sebastião (Arthur Aguiar), João (Lucas Salles) e Julião (Hugo Germano) em superar suas dificuldades para encontrar Maribel. 

A amizade também é vista sob a importância da valorização das diferenças. Maribel e Pluft estreitam laços de afeição a partir do momento que buscam entender como o outro é. Ou seja, a partir do ponto de vista do próximo. A cena de quando Pluft quer entender o que são lágrimas é bastante profunda. Atualmente, valores como empatia e aceitação são extremamente importantes a serem passados às crianças.

Dona Fantasma, a mãe de Pluft está orgulhosa da coragem do filho (Fabiula Nascimento) (Imagem de divulgação).

Por fim, a coragem de ir além e superar seus medos. Em outras palavras, algo que é inerente ao desenvolvimento da criança que está aprendendo a conhecer o mundo e a vida. Afinal, vemos isso na evolução de Pluft e seu encontro com Maribel. Ou seja, ele vai de um fantasma que teme gente a um fantasma destemido. A própria Maria Clara Machado disse, certa vez, que a trama da peça é um reflexo de seu medo da vida. Por isso, ela permanece tão atual, pois o medo é uma das emoções mais básicas do ser humano.

Pluft (Nicolas Cruz) e Maribel (Lolla Belli) (Imagem de divulgação).

Onde ver “Pluft, o fantasminha”

O filme estreia nesta quinta-feira, dia 21/07. Portanto, aroveite as férias escolares e leve a criançada para prestigiar este belo filme do cinema brasileiro infantil. Um filme com uma história cativante, ótimas atuações e um visual inesquecível. Enfim, consulte a rede de cinemas de sua cidade para encontrar sessões disponíveis.

Ademais, veja mais em:

Regra 34 | Filme que estreia em janeiro é destaque em festival internacional

Travessia | Espetáculo aborda a diáspora negra (viventeandante.com)

Cem ruínas na esquina da poesia | Livro viaja pela fé

Tags:nostalgiaOrquestra Sinfônica de HeliópolisPluftsimone mazzerThais BelchiorTim Rescala
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Luciano Bugarin's avatar
PorLuciano Bugarin
Professor de artes e cineasta independente. Sou cinéfilo, fã de Simpsons, entusiasta de artes que fogem do óbvio e músicas barulhentas.
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