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Cinema

Crítica | ‘Pluft, o fantasminha’ tem belas mensagens e muita inovação

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Pluft

A mais nova estreia do cinema infantil é “Pluft, o fantasminha”. O filme é uma adaptação da famosa peça de Maria Clara Machado, encenada pela primeira vez em 1955. Enfim, após diversas adaptações no teatro, cinema e televisão, surge o primeiro longa infantil nacional de live-action em 3D.

A direção é de Rosane Svartman, que já havia adentrado o universo do cinema infantil no filme “Tainá – A origem”, e como produtora em “Detetives do prédio azul”. O roteiro é de Cacá Mourthé, sobrinha de Maria Clara Machado, e José Lavigne (que também interpreta o tio Gerúndio).

Pluft, o fantasma que tem medo de gente

O filme conta a história de uma amizade inesperada entre Pluft (Nicolas Cruz), um fantasma que tem medo de gente e a menina Maribel (Lola Belli), que foi sequestrada pelo pirata Perna de Pau (Juliano Cazarré). O pirata está atrás do tesouro do capitão Bonança Arco-íris (Avô de Maribel, que aparece em cena representado por pinturas pelo célebre Hugo Carvana).

Em síntese, talvez o grande desafio da produção seja dar uma nova roupagem a esta história clássica, sem abrir mão da essência da simplicidade original da trama. Afinal, em meio a tantos filmes infantis, que trazem diversas metáforas, camadas e profundidades de personagens e roteiros, “Pluft, o fantasminha” surge com uma proposta mais pueril. Assim, o filme faz jus ao diálogo que Maria Clara Machado buscava com o universo infantil: o mundo das brincadeiras, risadas, amizades, trapalhadas e aventuras envolventes.

Criatividade e tecnologia brasileira em “Pluft”

“Pluft, o fantasminha” foi filmado entre 2016 e 2017, mas o grande número de efeitos visuais e suas complexidades fizeram com que o lançamento demorasse um pouco mais. A espera acaba sendo positiva, pois os efeitos desenvolvidos para o longa são surpreendentes.

Para criar o visual fantasmagórico dos personagens sobrenaturais, os atores foram filmados debaixo de água, dentro de uma piscina. Por meio de soluções criativas e inovadoras para realizar uma fotografia com iluminação subaquática, o filme traz um visual surpreendente e inovador. Além disso, toda a equipe de efeitos foi formada por profissionais brasileiros e usou tecnologia nacional, o que não é comum em uma produção deste porte. Para os atores, foi também um desafio atuar debaixo d’água.

FIlmagem de Plugt
Filmagem subaquática (Imagem de divulgação).

O filme também foi realizado com a tecnologia 3D embora, a meu ver, este aspecto não seja tão surpreendente quanto o visual dos fantasmas. O 3D do filme é suave e não apresenta tanta profundidade visual relevante. Por outro lado, a suavidade é boa para aqueles que tenham algumas espécie de desconforto com a tecnologia. Há também a possibilidade do fascínio pela imersão sobre as crianças.

Nostalgia para os pais

Embora, o filme seja feito de forma totalmente dirigida ao público infantil, para boa parte dos adultos o filme pode ter um tom altamente nostálgico. Seja qual que tenha sido o primeiro contato com a história, muitas pessoas carregam lembranças saudosas de Pluft.

No meu caso, meu primeiro contato com a peça foi através de um LP da história. Ver o filme me trouxe várias lembranças de quando eu ouvi este disco na infância, pois muitas falas e a forma como elas são pronunciadas me fizeram recordar as deste álbum.

LP de Pluft
LP de Pluft

Trilha musical de Pluft

O filme também conta com uma trilha musical empolgante e envolvente, composta por Tim Rescala, que consegue amarrar a trama de forma a manter o ritmo e o tom do filme ao longo das cenas cômicas, sentimentais e de aventura.

Sobretudo, há também canções marcantes como o espetáculo musical da Maria Merluza com Simone Mazzer, Thais Belchior e Ariane Souza e a canção-tema, interpretada pela voz marcante de Frejat. Há também as participações do Coral Infantil da UFRJ, do Coral da Gente e da Orquestra Sinfônica de Heliópolis.

Pluft e suas Mensagens

Além de todas estas qualidades, a essência do filme está nas mensagens que a trama contém. O tema da importância da amizade aparece na dedicação dos marinheiros Sebastião (Arthur Aguiar), João (Lucas Salles) e Julião (Hugo Germano) em superar suas dificuldades para encontrar Maribel. 

A amizade também é vista sob a importância da valorização das diferenças. Maribel e Pluft estreitam laços de afeição a partir do momento que buscam entender como o outro é. Ou seja, a partir do ponto de vista do próximo. A cena de quando Pluft quer entender o que são lágrimas é bastante profunda. Atualmente, valores como empatia e aceitação são extremamente importantes a serem passados às crianças.

Dona Fantasma, a mãe de Pluft está orgulhosa da coragem do filho (Fabiula Nascimento) (Imagem de divulgação).

Por fim, a coragem de ir além e superar seus medos. Em outras palavras, algo que é inerente ao desenvolvimento da criança que está aprendendo a conhecer o mundo e a vida. Afinal, vemos isso na evolução de Pluft e seu encontro com Maribel. Ou seja, ele vai de um fantasma que teme gente a um fantasma destemido. A própria Maria Clara Machado disse, certa vez, que a trama da peça é um reflexo de seu medo da vida. Por isso, ela permanece tão atual, pois o medo é uma das emoções mais básicas do ser humano.

Pluft (Nicolas Cruz) e Maribel (Lolla Belli) (Imagem de divulgação).

Onde ver “Pluft, o fantasminha”

O filme estreia nesta quinta-feira, dia 21/07. Portanto, aroveite as férias escolares e leve a criançada para prestigiar este belo filme do cinema brasileiro infantil. Um filme com uma história cativante, ótimas atuações e um visual inesquecível. Enfim, consulte a rede de cinemas de sua cidade para encontrar sessões disponíveis.

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Cinema

Tá escrito | Filme com Larissa Manoela estreia em 14 de dezembro

Elenco e equipe contam, em coletiva de imprensa, detalhes sobre o filme.

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coletiva tá escrito

Tá escrito é o novo filme de Larissa Manoela, que estará nos cinemas em 14 de dezembro. O longa, que conta, também, com André Luiz Frambach, Karine Teles e Victor Lamoglia, é uma comédia com direção de Matheus Souza. A produção é da Paris Entretenimento em coprodução com a Globo Filmes e Globoplay, e tem distribuição da Paris Filmes.

A saber, a sinopse é a seguinte: Alice acha que os astros erraram com ela, até que um dia recebe um livro em branco, apenas com instruções que prometem que qualquer previsão astrológica escrita naquelas páginas se concretizará. Com o poder de influenciar a todos com as previsões que agora ela tem acesso, Alice se torna um fenômeno online, mas também deixa o mundo ao seu redor de cabeça para baixo.

Para exemplificar, fique com o trailer:

Astrologia

Na última segunda-feira (27), os atores Larissa Manoela, André Luiz Frambach e Karine Teles, e o diretor Matheus Souza participaram de uma coletiva de imprensa para falar um pouco sobre o filme. Além de falarem, claro, de sua ligação com astrologia. A protagonista, por exemplo, que é capricorniana, disse fazer sua revolução solar todos os anos. Já Frambach, aquariano, contou que não entendia muito sobre o assunto. Contudo, por causa do filme e por influência de Larissa Manoela, começou a conhecer.

Por falar em conhecer, Matheus Souza, o diretor, assim como André Luiz, conhecia o básico sobre astrologia. Porém, para escrever o filme (ele também é um dos roteiristas), estudou bastante em livros, vídeos e até conversando com pessoas ligadas à astrologia, estudiosas ou apenas amantes do assunto. Segundo ele, a escolha de conversar também com quem gosta do tema era para possibilitar o entendimento sobre astrologia para todos, e não somente apenas para quem entende profundamente. “É um filme identificável e diferente do que se vê hoje em dia.”, afirmou.

Karine Teles, leonina como o diretor, contou gostar muito de astrologia. Inclusive, disse fazer mapa astral anualmente há muito tempo. “Acho que é um jeito maravilhoso de a gente se conhecer, pensar a respeito da gente mesmo, das nossas relações, dos nossos familiares, dos nossos amores.”, disse a atriz.

poster ta escrito
Imagem: Divulgação.

Comédia para refletir

Tá escrito é declaradamente uma comédia. Todavia, Matheus Souza se preocupou, também, em levar uma mistura de gêneros para o longa. “É um filme que é um evento, porque há uma mistura de gêneros. Foi um esforço para resgatar o público para ir ao cinema assistir filme nacional.”, afirmou o diretor.

Karine Teles, que geralmente não faz comédias no cinema e na televisão, agradeceu por ter sido convidada a fazer esse filme, já que é fã do gênero. Segundo ela, a comédia é um canal de debate. “É um filme que vai trazer muitas reflexões. Acho que rir é um jeito muito bom de pensar sobre a vida, sobre o mundo.”, disse.

Além disso, a atriz ainda disse que é um filme que fará rir pessoas de todas as idades. Inclusive, ela contou que um dos motivos de entrar nesse projeto foram seus filhos, Artur e Francisco. Além de ser um filme que, finalmente, os dois poderão assistir, que já muitos dos trabalhos que faz não são para a idade dos gêmeos, os meninos deram força para a mãe quando ela contou que Larissa estaria no elenco. “A gente já tinha assistido outros filmes da Larissa juntos e quando falei que fui chamada para fazer um filme com ela, eles falaram: ‘Mãe, você tem que fazer’.”, contou.

Larissa Manoela

Sobre a estrela do filme, Karine ainda disse que ficou muito feliz em ver o nível de profissionalismo da atriz. Segundo a atriz, que interpreta a mãe virginiana de Larissa em Tá escrito, Larissa Manoela é muito profissional, séria e dedicada. Além disso, contou Karine, a jovem atriz também é muito comprometida com o trabalho e com as pessoas. Por isso gostou muito de trabalhar com Larissa.

Quem também ficou feliz de trabalhar com a atriz foi André Luiz Frambach. Noivo de Larissa na “vida real”, o ator, que já dividiu a tela com Larissa em Modo avião, conta que adorou a experiência. “É incrível trabalhar com o que a gente ama, que é a arte. E é mais incrível ainda trabalhar com o que a gente ama com quem a gente ama.”, afirmou.

Para Larissa também foi muito especial estar com André Luiz em cena. E, assim como os outros presentes na coletiva, a atriz está muito feliz com o resultado e ansiosa para que as pessoas vejam o filme, que traz diversos aspectos da vida que todas as pessoas passam.

Ficha técnica

TÁ ESCRITO

Brasil | 14 de dezembro de 2023

Direção: Matheus Souza 

Roteiro: Matheus Souza, Thuany Parente e Mariana Zatz

Elenco: Larissa Manoela, André Luiz Frambach, Caroline Dallaros, Victor Lamoglia, Kevin Vechiatto, Richard Abelha, Hamilton Dias, Emira Sophia, Vittoria Tosi , Thuany Parente.

Participações especiais: Karine Teles e Cazé Pecini.

Produção: Paris Entretenimento 

Coprodução: Globo Filmes e Globoplay

Distribuição: Paris Filmes

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