A cultura sobe o morro com força neste mês de junho. A comunidade da Mangueira, na Zona Norte do Rio de Janeiro, recebe a primeira edição do Festival Cinema Sobe o Morro, projeto social idealizado por Oliver Tai, modelo, musa da escola de samba e cria da comunidade. A proposta vai além da tela: leva cinema, lazer e segurança para dentro do território, ocupando espaços comunitários com arte e promovendo o acesso à cultura para moradores de todas as idades.
O festival promove sessões mensais de filmes nacionais com classificação livre, dando preferência a produções com temáticas educativas e que valorizem a cultura preta. As exibições acontecerão em nove quadras distribuídas pelo território da Mangueira, sempre com entrada gratuita, e distribuição de pipoca e refrigerante para o público. A estreia será nesta quinta-feira (19), no campo de futebol da Pedreira, localizado na Rua Bartolomeu de Gusmão, ao lado da Clínica Veterinária da Mangueira, a sete minutos da estação de metrô Maracanã.
Na sessão inaugural, o público pode assistir a três curtas-metragens: “Lá do Alto”, de Luciano Vidigal, “Mandinga”, de Wagner Novais, e “Lápis de Cor”, de Alice Gomes. O evento pretende criar um circuito regular de cinema nas favelas, impulsionando o senso de pertencimento e identidade cultural dos moradores.
Paralelamente, o Sesc também celebra o mês do Dia do Cinema Brasileiro, comemorado em 19 de junho, com uma iniciativa nacional de valorização da sétima arte.
A Mostra Filme-Monumento: Cinema Biográfico Brasileiro promove 131 sessões gratuitas em dez estados do país, exibindo documentários e filmes de ficção que homenageiam personagens e movimentos marcantes da cultura nacional. A programação inclui títulos como “Mussum, Um Filme do Cacildis”, “Nosso Sonho”, “Elis & Tom”, “Meu Nome é Daniel” e “Meu Sangue Ferve por Você”.
Somente no estado do Rio de Janeiro, estão previstas 95 sessões ao longo de junho. As exibições acontecem em unidades do Sesc e em espaços públicos, como praças e áreas periféricas que não possuem salas de cinema. Além das sessões, o Sesc promove atividades educativas, como debates, oficinas e encontros com realizadores, fortalecendo o papel do cinema como instrumento de memória, identidade e transformação social.
Com a iniciativa do festival na Mangueira e as ações do CineSesc espalhadas pelo Brasil, o cinema nacional ganha novos espaços de circulação e reafirma seu poder como ferramenta de inclusão, formação de público e valorização da diversidade brasileira. Em um país onde cerca de 40% dos municípios ainda não contam com salas de cinema, segundo dados da Ancine, ações como essas se tornam fundamentais para garantir o direito à cultura.
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