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Cultura

O desafio de manter o propósito diante do cenário de pandemia

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Projeto Odara Como fica seu propósito no cenário de pandemia?

Estamos vendo diariamente a luta de vários projetos sociais e instituições para continuar ajudando a população vulnerável neste cenário de pandemia. Muitos tiveram que mudar a rota, replanejar atividades para atender uma necessidade emergencial: colocar comida na mesa das pessoas. Além dos médicos, enfermeiros, garis e outros profissionais que mantém as suas atividades
sem interrupção e de forma heroica, temos que abrir espaço e valorização para instituições sociais que assumem por muitas vezes o papel que o Governo deveria fazer.

A luta para erradicação da fome e diminuição da desigualdade social deveria ser uma bandeira levantada e cravada por todos, principalmente por aqueles que dizem governar um pais. Nessa disputa de poder, está claro para todos qual é o lado da corda que arrebenta primeiro. E quantos a nós como povo? Como sociedade? O que essa situação nos ensina?

Não tenho todas as respostas e nem muito menos o caminho das pedras para que possamos despertar para o poder que temos. Mas gosto e luto pela ideia de que podemos e devemos iniciar, dar o primeiro passo. E ele começa com a informação, com o conhecimento. Enquanto nós continuarmos a valorizar que o maior bem que podemos fazer para uma pessoa é dar apenas alimento, nós continuaremos a reforçar que o nosso lugar é dentro de uma bolha de vulnerabilidade, de desigualdade e pobreza eterna. O alimento que estamos oferecendo, alimenta uma parte, mas e o restante?

Caridade no cenário de pandemia

Já pararam para analisar, por que uma notícia de aula de história na comunidade tem menos likes do que entrega de cestas básicas? Entendo que não tem como falar de empoderamento, conhecimento e informação quando a fome bate na porta, quando seus filhos não tem acesso ao básico, quando sua realidade é de violência, fome e dor. Precisamos entender que a realidade de muitas pessoas é de falta extrema. Falta tudo, comida, proteção, educação…amor. Mesmo assim, é preciso lembrar que mesmo em uma realidade de extrema vulnerabilidade, essas pessoas merecem e podem muito mais, precisamos ir além, abraçar o desafio de resgatar suas identidades perdidas no meio do caminho. Dentro dessa bolha, existem seres humanos com habilidades, potencialidades, não podemos esquecer isso.

O discurso da caridade é sedutor, ele vicia. Precisamos saber o que estamos de fato nutrindo. Não precisamos ter um doutorado ou uma profissão de prestigio para levar conhecimento. O que precisamos é fazer a roda girar sentido contrário, agregar mais coisas nessa doação. Levamos comida, água, alimento mas precisamos levar conhecimento, informação, consciência. Independente da situação atual dessas pessoas, independente do grau de instrução, é preciso fazer que cheguem até eles o que você prega, acredita e luta.

Nós

O espaço de dor, violência e vulnerabilidade, muitas pessoas conhecem bem e muitas até se acostumaram a viver assim, mas o que fazer quando o que você conhece é apenas isso? Se o novo não chega aonde tem que chegar? É preciso fazer as pessoas acreditarem que podem mais e merecem mais. Nós como povo temos esse poder nas mãos e precisamos começar a despertar para o nosso papel. Existem muitas formas de empoderar uma pessoa, levando conhecimento e criando pontes que as levem a ocupar outros espaços é uma delas. Em épocas de quarentena, em um cenário de pandemia que aumenta o medo, a preocupação e incertezas, é mais do que necessário se manter firme ao propósito, se você o tem de verdade. Se adeque sim, mude rotas, ajude da forma que pode e acha melhor, mas não esqueça o propósito que você escolheu para a sua caminhada.

@pretas_ruas

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Isto é um Negro? Veja a reflexão de Pamella Lessa, do Coletivo Pretas Ruas
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Pretas Ruas busca oportunidades para mulheres negras | Podcast com Pamella Lessa

Fundadora do Coletivo Pretas Ruas, Administradora, Empreendedora Social e Mentora de Negócios e Projetos, Pamella Lessa acredita na potencialidade do ser humano para fazer o bem.É um eterna incentivadora de sonhos e pesquisadora de projetos inovadores criados por um proposito. Sonha em ver uma sociedade mais solidária e menos desigual. @pretas_ruas

Cultura

Ação Social pela Música chega a São Gonçalo e atenderá a comunidade do Jardim Catarina

Concerto de inauguração do Núcleo de Ensino – São Gonçalo com a
Camerata Jovem do Rio de Janeiro
acontece em 30 de março

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jardim catarina

Haverá um concerto gratuito com a Camerata Jovem do Rio de Janeiro, dia 30 de abril, às 17h

A Ação Social pela Música do Brasil (ASMB), projeto que há 25 anos promove a inclusão social de crianças e jovens de comunidades em situação de vulnerabilidade por meio do ensino de música clássica, acaba de chegar à comunidade do Jardim Catarina, em São Gonçalo.

A princípio, no dia 30 de março de 2023, o projeto oficializará a implantação do novo núcleo de aprendizado no território, em um concerto inaugural gratuito com a Camerata Jovem do Rio de Janeiro, a partir das 17h, na Associação dos Moradores e Amigos do Jardim Catarina.

As aulas começam na primeira semana de abril, atendendo a 110 alunos já inscritos com classes de instrumentos de corda como violino, viola, violoncelo e contrabaixo; além de flauta doce e musicalização. Posteriormente, os alunos vão compor uma nova orquestra de cordas. A ação é patrocinada pela Águas do Rio, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Esforço coletivo no Jardim Catarina

“Em termos de inclusão musical, nunca houve nenhuma ação como esta em São Gonçalo, portanto é um momento muito especial e estamos com grandes expectativas. Temos certeza de que o projeto se tornará modelo e que vai trazer muitos benefícios aos moradores e aos jovens da região. Quando a sociedade civil, as ONGs e as empresas cidadãs se unem, isso se traduz em justiça social”, conclui Fiorella.

Por fim, a criação do novo núcleo de ensino é o resultado de um esforço coletivo que uniu a ONG, lideranças locais, a Associação dos Moradores e Amigos do Jardim Catarina e a Águas do Rio. Este será o 7º núcleo de aprendizado da ASMB no Rio de Janeiro.

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