“Crack, Cocaína, Corrupção e Conspiração” é um documentário original da Netflix altamente informativo sobre esse complexo mundo das drogas. A princípio, logo lembrei de outro que vi em 2020, com foco em São Paulo: Cracolândia. A diferença é que o filme brasileiro procura ao redor do mundo programas e soluções para esse problema grave, enquanto a produção da Netflix mostra uma escalada histórica dessas drogas durante os anos 80 nos Estados Unidos.
Um amaldiçoado mundo que agarra tantos seres humanos pelo caminho da perdição. No início dos anos 80, uma suposta onda de otimismo traz um clima de celebração em que a cocaína entra com força. “Era a droga social da elite”, diz Felipe Luciano, ativista. Na época, essa droga não chegava aos guetos que passavam por uma crise desemprego. Mas isso duraria pouco.
Com o grande aumento de entrada de cocaína, a droga começa a baratear, pouco tempo depois, a descoberta de mais uma arma do capeta: o crack.
Decadência
Um usuário comenta que quando a droga acaba o cachimbo chama de volta. Parece coisa do outro mundo mesmo. Um mundo lá de baixo. O crack começa a se popularizar e invade a periferia. Um ex-traficante diz que eles eram capitalistas das ruas. Vendiam até para as próprias mães. Posteriormente, muitas cenas reais da violência que começa aumentar, com recordes de homicídios. A corrupção das forças policias é outro fator.
O filme utiliza trilha sonora da época e cenas de diversos filmes, o que acaba por trazer um dinamismo além dos depoimentos. A edição ágil com a troca de imagens mantém o interesse do espectador.
Afinal, a forma como o “Crack, Cocaína, Corrupção e Conspiração” é desenhado cronologicamente, com um storytelling eficiente e os depoimentos dos antigos traficantes tornam tudo mais interessante, real, triste e trágico.
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Por fim, ‘Cracolândia’ busca soluções para resolver o inferno do crack