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A U?ltima Sessa?o de Freud foto-©-Joa?o-Caldas-805378-press
CulturaCríticaEspetáculos

Crítica: ‘A Última Sessão de Freud’ cativa como duelo de ideias e emoções, ciência e fé

Por
Alvaro Tallarico
Última Atualização 27 de setembro de 2024
4 Min Leitura
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foto: Joa?o Caldas
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O espetáculo “A Última Sessão de Freud”, dirigido por Elias Andreato e estrelado pelos extraordinários Odilon Wagner e Marcello Airoldi, é uma verdadeira joia do teatro contemporâneo. Assistido por mais de 100 mil espectadores, o texto de Mark St. Germain ganha vida agora, de forma brilhante, no palco do Teatro Adolpho Bloch. A peça, que narra um encontro fictício entre Sigmund Freud e C.S. Lewis, consegue explorar questões complexas como a existência de Deus, a morte e a natureza humana.

Elias Andreato entrega uma direção sensível e precisa, utilizando as sutilezas do cenário, da luz e do posicionamento dos atores para sinalizar as mudanças de tom. Ele conduz o espetáculo procurando valorizar cada palavra e nuance emocional. Ele soube extrair o máximo de seus atores, construindo um ambiente de tensão intelectual e emocional.

Tudo acontece no gabinete de Freud em 1939, às vésperas da Segunda Guerra Mundial. Andreato entende a força do texto e, sabiamente, permite que as palavras sejam as protagonistas. Contudo, o espetáculo consegue ser dinâmico e mantém os espectadores focados e reflexivos.

A batalha do século XX: Freud vs Lewis

Odilon Wagner, em sua interpretação de Freud, entrega uma performance majestosa, digna das indicações ao Prêmio Shell, Prêmio APCA e Prêmio Bibi Ferreira. Wagner constrói um Freud forte, mas também vulnerável, repleto de sarcasmo e inteligência. As sutilezas nos movimentos da mandíbula exalam sangue e dor. Sua presença em cena é poderosa, num equilíbrio tênue entre a fragilidade e imponência de um dos maiores pensadores do século XX. Aos poucos, no pincelar de sofrimentos, entendemos mais porque o pensador não acreditava em Deus.

Marcello Airoldi, por sua vez, é um C.S. Lewis igualmente brilhante, e sua química com Wagner é clara. Airoldi consegue transmitir a complexidade de um homem que, após ter sido ateu, abraça a fé com convicção e ilumina com otimismo. A troca de ideias entre os dois personagens é conduzida de maneira impecável, e Airoldi mantém-se à altura de Wagner em cada momento, criando um embate intelectual saboroso.

O cenário de Fábio Namatame, que reproduz com precisão o consultório de Freud, complementa perfeitamente a atmosfera intimista da peça, reforçando a sensação de estarmos no epicentro desse encontro histórico. Já o desenho de luz, assinado por Gabriel Paiva e André Prado, é uma verdadeira obra-prima. A iluminação muda sutilmente em momentos-chave não apenas destacando os atores quando precisa, mas também fornecendo uma imersão no clima de tensão e introspecção.

“A Última Sessão de Freud” é um espetáculo que vale a pena. Inédito no Rio de Janeiro, a temporada carioca estreia no dia 27 de setembro, sexta-feira, no Teatro Adolpho Bloch, onde fica em cartaz até o final de outubro.

Serviço A Última Sessão de Freud


Local: Teatro Adolpho Bloch – Rua do Russel, 804, Glória, Rio de Janeiro

Telefone: 21 3553-3557

Temporada: 27 de setembro a 20 de outubro de 2024

Dias e horários: Sextas às 20h, sábados às 17h e 20h e domingos às 17h

Valor do ingresso: R$ 120,00 (inteira), R$ 60,00 (meia) e ingressos promocionais a partir de R$ 21,00

Vendas online: www.freud.art.br

Formas de pagamentos aceitas na bilheteria: todas

Capacidade de público: 359 pessoas

Classificação indicativa: 14 anos

Duração: 90 minutos

O Teatro Adolpho Bloch possui acessibilidade plena.

Em seguida, leia mais:

Rosa Amarela apresenta show ‘Odara’ no Rio de Janeiro

Crítica: ‘Terra de Ciganos’ é o retrato musical de uma cultura especial

Tags:critica a ultima sessao de freudpeça a ultima sessao de freudsessao de freudteatro adolpho blochultima sessao de freud rio de janeiro.
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Jornalista especializado em Jornalismo Cultural pela UERJ.
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