Ameaça no Ar, que à primeira vista parece aquele filme que não promete nada, mas que entrega tudo, coloca três personagens trancados em um avião monomotor a centenas de metros do chão. No decorrer da trama, mistérios e conspirações vão sendo revelados, resultando em uma história divertida, acelerada e imprevisível.
A narrativa de Ameaça no Ar começa com a policial Madelyn Harris (Michelle Dockery) viajando ao Alasca para prender o criminoso Winston (Topher Grace) e levá-lo aos EUA, onde ele deve testemunhar contra seu antigo chefe, um poderoso chefão do crime organizado. No entanto, durante o percurso, o piloto, interpretado por Mark Wahlberg, se revela uma ameaça que pode mudar o rumo da missão.
Com um orçamento modesto de apenas US$ 10 milhões, o roteirista Jared Rosenberg demonstra muita criatividade ao manter a trama de Ameaça no Ar instigante, mesmo em um ambiente limitado e claustrofóbico.
Somando-se à excelente atuação do elenco e ao ritmo eficaz da direção, é interessante ver como cada recurso é explorado para envolver o espectador, mesmo que, em alguns momentos, a história se desenrole de forma mais subjetiva, como em cenas de telefonemas.
Como o filme se passa em um ambiente fechado, as atuações são o grande alicerce da trama. Mark Wahlberg entrega um vilão imprevisível e ameaçador que remete a um serial killer. Michelle Dockery interpreta uma policial determinada, mas que enfrenta os fantasmas de seu passado. Já Topher Grace cumpre o papel de alívio cômico, equilibrando a narrativa com suas piadas fora de hora.
Ameaça no Ar pode não ser o filme mais memorável da sua vida, mas certamente não será “esquecível”. Em meio à enxurrada de produções descartáveis lançadas regularmente, é refrescante assistir a um clichê bem executado. Aqui, temos uma produção hollywoodiana de baixo orçamento e muita criatividade, que entrega exatamente o que promete: diversão acima da média.

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