Bikram: Yogi, Guru, Predador é um documentário que conta a história de ascensão e queda de um yogi famoso. Ele chega nos Estados Unidos e populariza um estilo que fica conhecido como Bikram Yoga e inicia uma trajetória de prestígio. Ele apresenta a yoga como cura para tudo.
Como sou alguém que pratica yoga, digamos, esporadicamente, fiquei curioso para o filme. É uma prática extremamente útil para o corpo, mente e espírito como um todo. Sou muito grato por conhecer a yoga, em especial os estilos Hatha e Yoga Integral. Porém, a prática que esse homem ensina é extremamente vigorosa e faz suar muito. É possível perceber o fascínio nos depoimentos de quem conheceu suas aulas e daqueles que viraram professores de Bikram Yoga.
Nixon
Ainda jovem ele conta que foi campeão nacional de Yoga na Índia, passou por algumas dificuldades e chegou a dar aulas para o presidente Nixon. Acabou virando celebridade e espalhando franquias pela América do Norte. Em seguida, outros lugares do mundo como México e Espanha. Ficou rico. Muito. Impressionante ver as imagens de salas lotadas com 500 pessoas, uma mar de gente praticando yoga. Chega a ser assustador. Não é bonito. É estranho.
A figura dele parece contraditória, entretanto seu foco parecia ser no yoga como exercício. Claramente a parte mais espiritual da prática ficava fora do produto que vendia. Apesar dele se colocar como altamente espiritualizado. Fica claro também o quanto o homem gostava de ostentar com carros caríssimos e jaquetas de couro. Ele e sua família conhecem o luxo.
Afinal, Bikram: Yogi, Guru, Predador é um filme interessante e perturbador, uma lição sobre idolatria. Como cinema, segue o estilo comum de documentário, entre filmagens antigas, depoimentos e investigações, mas o final traz um certo plot twist com revelações importantes.