A cantora, compositora e instrumentista Christine Valença está com seu álbum de estreia, “Lentes de Âmbar” nos principais aplicativos de música através do selo Maxilar Records. O álbum, e canções como “Maremoto Blues” prezam por uma valorização da voz, belos arranjos, e boas construções harmônicas. Essa música, cujo clipe está abaixo, tem um estilo muito próprio, fora dos padrões comerciais. Meio jazz, meio pop – e meio blues, claro. É uma das melhores do álbum, que começa devagar com “Rematilha”, que não anima, nem desanima, só passa.
Aliás, veja o videoclipe da música “Maremoto Blues”, de Christine Valença, e siga lendo:
“Lentes de Âmbar” traz 11 faixas gravadas no Estúdio 86 (Rio de Janeiro), com produção, engenharia de som e mixagem de Elísio Freitas. “Para não tocar (na rádio)” levanta o clima novamente, bem pop. A cantora canta de uma forma que acessa certa nostalgia em diversos momentos, o que é bom, ao mesmo tempo que visa um modernidade através dos arranjos diferenciados.
“Via Láctea” tem jeito de viagem espacial mesmo, com a participação de Wagner Café, muda um pouco os tons, dando um certo colorido ao disco. Mas o destaque é para a guitarra de Hammond Elísio Freitas e os estilosos solos. “Lizzie, c’est la vie” tem gosto de bossa nova, um barzinho e violão. Fechando os olhos por até virar sonho e podemos visualizar Christine na nossa frente sentada num banco de algodão doce. É eficiente.
“Fora do Nosso Compasso” adentra mais o pop com toques de rap na participação de Shock The Glock. Amplia o suingue, sai do compasso do álbum, algo valioso e expansivo, apesar do uso de trejeitos bastante comuns nos cantos. “Ópticas” opta por algo mais básico, mas não com menos qualidade. “Recomeçará” inicia mantendo a vibração da anterior, ou parece isso, contudo, é maior, mais pretensiosa nos arranjos e prepara uma boa cama para “Café”, que fecha bem o álbum acordando em francês, de maneira divertida, numa cara de filme cult, tipo Noites de Paris.
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