Conecte-se conosco

Cinema

Crítica | ‘Noites de Paris’ comove com nostalgia e sutileza

Publicado

em

Noites de Paris

Noites de Paris (Les Passagers de La Nuit) se passa nos anos 1980, e tem um jeito de anos 80. Um outro tempo de filme, com transições lentas que nos fazem voltar ao passado. O filme conta a história de Elisabeth, em atuação carismática de Charlotte Gainsbourg, que nos faz ver aquela mulher como uma vizinha. Ela sobreviveu a um câncer de mama, foi deixada pelo marido, e passa por dificuldades financeiras com seus dois filhos adolescentes: Judith (Megan Northam) e Matthias (Quito Rayon-Richter).

Elisabeth acaba conseguindo um emprego de atendente de telefone em um programa de rádio noturno, apresentado por Vanda Dorval (Emmanuelle Béart), para onde os ouvintes ligam para realizar confissões. Em seguida, conhece Talulah (Noée Abita), uma bela jovem de 18 anos que vive pelas ruas, e a leva para casa. A menina mexe com os sentimentos de Matthias (de 15 anos).

Singela esperança

A direção de arte recria com exatidão a atmosfera dos anos 80 e enquanto via eu achava que estava vendo um filme feito nessa época. O diretor francês Mikhaël Hers nos guia com singeleza por diversos personagens entregando uma obra bonita de várias formas que namora com a nostalgia, mas consegue ser atemporal. Noites de Paris é sobre bondade e como novas conexões podem gerar novos movimentos, renascimentos e descobertas.

O sexo surge em momentos pontuais, sem vulgaridade, mas com sensualidade delicada, sinuosa e frágil. Mikhaël ainda homenageia o próprio cinema e sua capacidade de nos transportar e resgatar. Ainda por cima, insere cenas de outros filmes como Noites de Lua Cheia (1984), de Éric Rohmer. O tom existencialista, e delicadamente otimista, comove nessa história de sete anos, que vai de 1981 até 1988.

Próximas sessões:

Quinta, 13/10 – 17:00 – Estação NET Gávea 4
Sexta, 14/10 – 21:30 – Reserva Cultural Niterói 2

Ademais, veja mais:

Festival do Rio 2022 traz vários documentários sobre artistas nacionais e internacionais

Festival do Rio | Pré-estreia de Império da luz e abertura do festival

Crítica | ‘Cesária Évora’ evoca saudade no Festival do Rio

Jornalista Cultural. Um ser vivente nesse mundo cheio de mundos. Um realista esperançoso e divulgador da cultura como elemento de elevação na evolução.

Anúncio
1 Comentário

1 Comentário

  1. Pingback: Crítica | 'Nostalgia' é bonito, mas cansa

Escreve o que achou!

Cinema

Museu do Amanhã exibirá filmes da Mostra Ecofalante de Cinema durante a SEMEIA, Semana do Meio Ambiente 2023

Serão 10 filmes do mais importante evento audiovisual sul-americano dedicado a temas socioambientais

Publicado

em

Aguas Do Pastaza ecofalante 2023 SEMEIA

Como parte da programação da SEMEIA, a Semana do Meio Ambiente do Museu do Amanhã, o equipamento cultural exibirá 10 filmes da Mostra Ecofalante de Cinema, um dos maiores festivais do Brasil e o mais importante evento audiovisual sul-americano dedicado a temas socioambientais.

A princípio, as sessões acontecerão entre os dias 6 e 9 de junho e contarão com acessibilidade para pessoas surdas. No dia 7, uma das produções contará também com Closed Caption e, no dia 8 de junho, no feriado de Corpus Christi, a exibição terá, ainda, com Closed Caption, audiodescrição e Libras.

Destaques

A programação da mostra abre no dia 6 de junho com o filme “Águas do Pastaza”, sobre a comunidade Suwa, localizada na fronteira entre o Equador e o Peru.

No dia 7, os curtas “Dia de Pesca e de Pescador” e “Osiba Kangamuke- Vamos lá Criançada” falam sobre como o brincar está inserido no dia a dia das crianças indígenas e como o cotidiano dessas comunidades se reproduzem de forma lúdica.

“Crescer onde nasce o sol” se passa numa comunidade onde o brincar parece não ter lugar e este ato se torna quase uma ação de resistência pelas crianças que, brincando, sonham com um futuro melhor. Por fim, “Aurora, a Rua que Queria Ser Rio” traz a história de um rio reprimido e canalizado para dar lugar ao “progresso”.

No dia 8 de junho, o documentário “Mata” abordará a resistência de um agricultor e uma comunidade indígena diante do avanço das plantações de eucalipto. A sessão será a única com Closed Caption, audiodescrição e Libras. Para encerrar, o último dia abre com “Borboletas de Arabuko”, que retrata o ofício de cultivadores de borboletas no Quênia e como essa prática incomum acabou ajudando a preservar a maior e última floresta remanescente da África Oriental. Em seguida, “Movimento das Mulheres Yarang” documentou a história de um grupo de mulheres do povo Ikpeng, que formou um movimento para coletar sementes florestais e restaurar as nascentes do Rio Xingu, que passa por suas aldeias. Por fim, “Meu Arado, Feminino”, destaca a pluralidade feminina do campo e seu elo com a natureza.

SEMEIA

De 5 a 11 de junho, a SEMEIA, Semana do Meio Ambiente do Museu do Amanhã, que faz parte da rede de equipamentos da Secretaria Municipal de Cultura, trará uma programação com rodas de conversa, oficinas, filmes, ativações artísticas e shows. Afinal, o objetivo é promover trocas e aprofundamentos sobre temas como preservação da água, saberes tradicionais, soberania alimentar, crise climática, direito à informação e cooperação para a sustentabilidade. Todas as atividades são gratuitas e algumas precisam de inscrição antecipada porque estão sujeitas a lotação.

Em seguida, confira a programação da Mostra Ecofalante durante a SEMEIA:

6 de junho

14h – Mostra Ecofalante

Mostra de cinema

Onde: Observatório

Filme Águas de Pastaza (Inês T. Alves, Portugal, 60′, 2022) *com Libras

Parceria: Mostra Ecofalante

Classificação: Livre

Inscrições antecipadas via Sympla (lotação limitada a 30 pessoas)

7 de junho

14h – Mostra Ecofalante

Mostra de cinema

Onde: Observatório

Dia de Pesca e de Pescador (Mari Corrêa, Brasil, 2015, 3′) *com Libras

Osiba Kangamuke- Vamos lá Criançada (Haja Kalapalo, Tawana Kalapalo, Thomaz Pedro, Veronica Monachini, Brasil, 2016, 19′) *com Libras

Crescer onde nasce o sol (Xulia Doxágui, 2021, Brasil, 13′)*com Libras e Closed Caption

Aurora, a Rua que Queria Ser um Rio (Redhi Meron, 2021, Brasil, 10′) *com Libras

Parceria: Mostra Ecofalante

Classificação: Livre

Inscrições antecipadas via Sympla (lotação limitada a 30 pessoas)

8 de junho

14h – Mostra Ecofalante

Mostra de Cinema

Mata (Fábio Nascimento, Ingrid Fadnes, 2020, Brasil / Noruega, 79′) *com Libras, Closed Caption e audiodescrição

Onde: Observatório

Parceria: Mostra Ecofalante

Classificação: Livre

Inscrições antecipadas via Sympla (lotação limitada a 30 pessoas)

9 de junho

14h – Mostra Ecofalante

Mostra de Cinema

Onde: Observatório

As Borboletas de Arabuko (John Davies, 2020, Reino Unido, 10′) *com Libras

Yarang Mamin – Movimento das Mulheres Yarang (Kamatxi Ikpeng, 2019, Brasil, 21′) *com Libras

Meu Arado, Feminino (Marina Polidoro, 2021, Brasil, 21′) *com Libras

Parceria: Mostra Ecofalante

Classificação: Livre

Inscrições antecipadas via Sympla (lotação limitada a 30 pessoas)

Continue lendo
Anúncio
Anúncio

Cultura

Crítica

Séries

Literatura

Música

Anúncio

Tendências