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Cine África | Em setembro estreia nova temporada do festival de filmes africanos

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Filmes africanos. Nollywood.

Quer ver filmes africanos e muito mais? Entre os meses de setembro e novembro, a Mostra de Cinemas Africanos apresenta a nova edição do Cine África. São vários títulos de ficção e documentários, alguns inéditos no Brasil. A princípio, o projeto online e gratuito traz 12 sessões (dez longas e dois programas de curtas) – todos legendados em português. São filmes de destaque de Burkina Faso, Camarões, Egito, Etiópia, Nigéria, Quênia, Senegal e Sudão, e outras atividades. As exibições serão realizadas no site da plataforma Sesc Digital. O Cine África é uma realização do Sesc São Paulo.

Todas as quintas, a partir do dia 10 de setembro, a mostra estreia um filme novo, que ficará disponível por uma semana na plataforma. Além disso, vem acompanhado de uma entrevista exclusiva com seu diretor ou diretora. Ainda por cima, está previsto um bate-papo com o tema “cinemas africanos em contexto digital”, na live do Cinema da Vela. É um tradicional encontro no Cinesesc, em São Paulo, que durante a pandemia de Covid-19, ganhou sua versão online. A saber, o Cine África inclui também o curso “Cinemas Africanos: trajetórias e perspectivas” com duração de três meses e o lançamento de um e-book ao final da temporada. A curadoria da mostra é assinada por Ana Camila Esteves.

Fronteiras

O filme de abertura é o drama “Fronteiras” (2017), da diretora Apolline Traoré. É uma produção de Burkina Faso que acompanha quatro mulheres que fazem uma perigosa viagem do Senegal à Nigéria. Entre os destaques inéditos está a comédia “aKasha” (2019), de hajooj kuka, primeiro longa de ficção do cineasta e ativista sudanês. Teve sua estreia no Festival de Toronto.

Posteriormente, “O Fantasma e a Casa da Verdade” (2019), de Akin Omotoso, mesmo realizador do longa “Vaya” (2016), acompanha uma mulher que tem a filha sequestrada em Lagos (Nigéria). Ademais, outros títulos importantes da mostra são “Nada de errado” (2019), documentário coletivo sobre imigrantes africanos (legais e ilegais) na Suíça e o drama queniano “Supa Modo”, sobre uma menina com uma doença terminal que sonha ser uma super heroína.

Para Ana Camila Esteves, o recorte curatorial atende à demanda por filmes recentes produzidos na África e sua diáspora nos últimos cinco anos: “A curadoria para este formato online privilegia filmes africanos contemporâneos que já tiveram suas trajetórias em festivais internacionais encerradas. Contudo, permanecem relevantes e, em sua maioria, não exibidos no Brasil”, resume.

Em seguida, Ana Camila destaca também os programas de curtas exclusivos “Beyond Nollywood”, com curadoria da produtora Nadia Denton, que foca em narrativas da Nigéria atual, e “Quartiers Lointains”, com curadoria da jornalista franco-burquinense Claire Diao e o tema Afrofuturismo.

Filmes Africanos gratuitos
The Right Choice (2017), de Tomisin Adepeju (foto: Mayan Vije Ltd)

Programação Cine África – Nova Temporada

Setembro

10/09 (qui) – “Fronteiras”, de Apolline Traoré (Burkina Faso, 2017) – Drama – 91 min;

17/09 (qui) – “O Enredo de Aristóteles”, de Jean-Pierre Bekolo (Camarões, 1996) – Comédia – 71 min;

24/09 (qui) – “aKasha”, de hajooj kuka (Sudão, 2019) – Comédia – 78 min;

Outubro

01/10 (qui) – “Lua Nova”, de Philippa Ndisi-Hermann (Quênia, 2019) – Documentário – 70 min;

02/10 (sex), às 17h – Cinema da Vela – com o tema Cinemas africanos em contextos digitais. Participantes: Ana Camila Esteves (Brasil), Marina Gonzaga (Brasil/França) e Jorge Cohen (Angola).

08/10 (qui) – “O Fantasma e a Casa da Verdade”, de Akin Omotoso (Nigéria, 2019) – Drama – 107 min;

15/10 (qui) – “Rosas Venenosas”, de Fawzi Saleh (Egito, 2018) – Drama – 70 min;

22/10 (qui) – “Madame Brouette”, de Moussa Sene Absa (Senegal, 2002) – Drama – 101 min;

29/10 (qui) – “Beyond Nollywood – Sofrendo e Sorrindo” (Nigéria) – Programa de curtas – 99 min;

Novembro

05/11 (qui) – “Nada de errado”, de vários diretores (Suíça, 2019) – Documentário – 49 min;

12/11 (qui) – “O Preço do Amor”, de Hermon Hailay (Etiópia, 2015) – Drama – 99 min;

19/11 (qui) – “Quartiers Lointains – Afrofuturismo” (diáspora francesa) – Programa de curtas – 100 min.

26/11 (qui) – “Supa Modo”, de Likarion Wainaina (Quênia, 2018) – Drama – 74 min.

Cinema da Vela (02/10 às 17h)

Tema: Cinemas africanos em contextos digitais. Participantes: Ana Camila Esteves (Brasil), Marina Gonzaga (Brasil/França) e Jorge Cohen (Angola). No canal do Cinesesc no YouTube: https://www.youtube.com/CineSesc

Curso

Com duração de três meses, a atividade oferece um panorama sobre os cinemas africanos. As inscrições gratuitas abrem no dia 10 de setembro e são oferecidas 35 vagas. Facilitadores: Ana Camila Esteves, Jusciele Oliveira, Morgana Gama e Marcelo Ribeiro.

Inscrições em: https://inscricoes.sescsp.org.br/online – a partir do dia 10/09 (qui), às 14h.

E-book

Afinal, após o evento será disponibilizado um e-book – desenvolvido ao longo das atividades – com textos sobre o universo dos cinemas africanos em diversos formatos: artigos, ensaios, entrevistas e críticas.

Enfim, confira os longas selecionados

“aKasha”, de hajooj kuka (Sudão, 2019);

“O Enredo de Aristóteles” (“Aristotle’s Plot”), de Jean-Pierre Bekolo (Camarões, 1996);

“O Fantasma e a Casa da Verdade” (“The Ghost and the House of Truth”), de Akin Omotoso (Nigéria, 2019);

“Fronteiras” (“Frontieres”), de Apolline Traoré (Burkina Faso, 2017);

“Lua Nova” (“New Moon”), de Phillipa Ndisi-Hermann (Quênia, 2019);

“Madame Brouette”, de Moussa Sene Absa (Senegal, 2002);

“Nada de errado” (“No Apologies”), de vários diretores (Suíça, 2019);

“O Preço do Amor” (“Price of Love”), de Hermon Hailay (Etiópia, 2015) – Drama – 99 min;

“Rosas Venenosas” (“Poisonous Roses”), de Fawzi Saleh (Egito, 2018).

“Supa Modo”, de Likarion Wainaina (Quênia, 2018)

Programas de curtas

“Beyond Nollywood – Sofrendo e Sorrindo” (Nigéria) – Programa de curtas;

“Quartiers Lointains – Afrofuturismo” (diáspora francesa) – Programa de curtas.

Por fim, tem maiores informações no site: mostradecinemasafricanos.com 

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Crítica | Transformers: O Despertar das Feras

Sétimo da franquia é mais do mesmo, mas superior a outros

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transformers o despertar das feras

O início de Transformers O Despertar das Feras (Transformers: Rise of the Beasts) é frenético, com uma boa batalha. Em seguida, conhecemos os protagonistas humanos, que são mais cativantes do que de outros filmes. O rapaz latino Noah Diaz (Anthony Ramos) e seu irmão (Dean Scott Vazquez), o qual serve mais como uma metáfora para o espectador. E a divertida Dominique Fishback, como Elena Wallace.

Nessa primeira parte do filme há algumas boas críticas, como o fato de Elena ser uma estagiária e saber muito mais que sua chefe, porém, sem levar nenhum crédito por isso. Enquanto Noah tem dificuldades de arrumar um emprego. Há aqui uma relevante abordagem sobre periferia (Brooklyn) ao vermos alguns dos desafios da familia de Noah, o que o leva a tomar decisões errôneas. A princípio, é um bom destaque essa caracterização dos personagens, em especial, favorece o fato da história se passar em 1994.

Dessa vez, o diretor é Steven Caple Jr., o qual não tem a mesma capacidade de Michael Bay para explosões loucas e sequências de ação. Steven faz sua primeira participação nesse que é o sétimo filme dos robôs gigantes. Ele era fã de Transformers quando criança e procura mostrar os Maximals (Transformers no estilo animal) de uma maneira autêntica.

Aliás, veja um vídeo de bastidores e siga lendo:

O público alvo do longa é o infanto-juvenil, que pode se empolgar com algumas cenas. Contudo, no geral, o roteiro é um ponto fraco. O Transformer com mais destaque aqui é Mirage, que fornece os instantes mais engraçados da história e faz boa dupla com Noah.

Além disso, as cenas no Peru e a mescla de cultura Inca com os robôs alienígenas é válida, com alguma criatividade e algumas sequências tipo Indiana Jones. Há muitas cenas em Machu Picchu e na região peruana que são belíssimas e utilizam bem aquele cenário maravilhoso. Vemos, por exemplo, o famoso festival Inti Raymi em Cusco, antiga capital do Império Inca, o qual o longa usa com alguma inteligência. Pessoalmente, essas partes me trouxeram lembranças pelo fato de que já mochilei por lá (veja abaixo), então aqui o filme ganhou em em relevância pra mim.

O longa se baseia na temporada Beast Wars da animação e traz o vilão Unicron, um Terrorcon capaz de destruir planetas inteiros. Na cabine de imprensa, vimos a versão dublada, a qual ajuda a inserir no contexto dos anos 90 com gírias da época.

Por fim, dentre os filmes dessa franquia que pude ver, esse sétimo está entre os melhores, apesar de ser somente regular, e conta com momentos divertidos. Além disso, a cena pós-crédito (só há uma) promete um crossover com muita nostalgia, Transformers: O Despertar das Feras chega aos cinemas de todo o país na próxima quinta-feira, 8 de junho.

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