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Crítica | ‘Duna’ traz planos abertos de enlouquecer

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“Duna” é um filme baseado no romance de mesmo título. A ficção científica foi adaptada para as telas dos cinemas e, pelo que tudo indica, será uma jornada de dimensões grandiosas para os fãs do gênero.

Sobre o filme

“Duna” se passa numa sociedade feudal, onde famílias poderosas controlam diferentes planetas. Na história, o mais nobre elemento é a especiaria melange, capaz de gerar energia para as naves viajarem pelo espaço. O único problema é sua presença única no planeta Arrakis, também conhecido como o mais perigoso da galáxia. A população local, Fremen, protege a especiaria não por seu valor financeiro, mas por ser sagrada.

Através de acordos políticos, a Casa Atreides, se torna responsável pela região e a extração da especiaria. Na viagem para conhecer o local, o enredo que envolve tramas políticas, romance e misticismo, realmente se inicia.

Quando fica exposto o plano do imperador de acabar com a família Artreides, o jovem Paul (Timothée Chalamet) precisa usar os ensinamentos da sua mãe (Rebecca Ferguson), iniciada na irmandade Bene Gesserit, para guia-lo em sua jornada por justiça e encontro com seu amor Chani (Zendaya).

Ficha Técnica

A atuação é ótima do começo ao fim. Os jovens Timothée e Zendaya nos lembram porque são dois dos mais promissores nomes de Hollywood no momento. A atuação de Oscar Issac como o Duque Atreides é perfeita. E, Rebecca Ferguson, como Lady Jéssica, é capaz de arrepiar, ao mesmo tempo não há dúvidas que por trás de sua frieza há amor incondicional por sua família.

Mas o que realmente encanta é a direção. Denis Villeneuve recorda os espectadores porque sua indicação ao Oscar foi merecida. Os planos abertos e imagens panorâmicas das diferentes paisagens de cada local da jornada entrelaça o roteiro com as imagens e contrastando o frio e o calor dos personagens e dos locais é tão parte do roteiro quanto as falas dos personagens.

Além disso, os efeitos especiais de alta qualidade fazem realmente adentrar na fantasia do filme. A trilha sonora, de Hans Zimmer, é um primor. Capaz de prender o espectador do início ao fim, mas também de participar da narrativa, demonstrando os sentimentos como medo e angústia e chegando na tensão das grandes batalhas.

Apesar do roteiro um pouco lento, esse pode ser perdoado por ser a introdução de uma história longa e detalhada que precisava ser explicada com atenção na introdução a jornada.

Enfim, esse trabalho de Denis Villeneuve o marca como um grande nome da ficção científica no cinema. E “Duna” é só o início de uma jornada cinematográfica de dimensões gigantescas.

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Cinema

Crítica: Transo

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capa de Transo, silhueta de uma pessoa com prótese

Ao assistir ao documentário “TRANSO”, refleti sobre a peça de teatro “Meu Corpo Está Aqui“, Fica evidente a poderosa narrativa que ambos compartilham sobre a invisibilidade das pessoas com deficiência na sociedade. A forma como essas obras abordam as experiências íntimas e pessoais desses indivíduos é impactante e provocativa.

O documentário mergulha calorosamente na vida sexual dos atores. Dessa forma, quebra tabus e preconceitos ao mostrar que a deficiência não é um obstáculo para a vivência plena da sexualidade.

O documentário, assim como a peça de teatro, é um veículo para desafiar percepções e estimular conversas importantes sobre inclusão.

Impacto Social

Em um mundo que frequentemente marginaliza e exclui as pessoas com deficiência, é importante dar voz a esses indivíduos e celebrar sua capacidade de amar, se relacionar e sentir prazer.

Além de abordar as experiências individuais, o documentário também nos traz reflexões sobre a construção social da sexualidade e como as pessoas com deficiência são constantemente erotizadas ou dessexualizadas pelo olhar alheio.

Nas histórias compartilhadas fica evidente que existem diferentes formas de vivenciar o sexo e os relacionamentos, e que cada pessoa tem suas próprias necessidades, desejos e limitações. É importante lembrar que a diversidade também se faz presente nesse aspecto fundamental da humanidade.

Afeto

Ao enfatizar o afeto e o auto prazer, “Transo” nos leva a repensar conceitos tradicionais de sexualidade e a entender que o prazer não é exclusivo do sexo genital, mas sim uma vasta gama de sensações e experiências. Essa ampliação de perspectiva nos ajuda a enxergar além dos estereótipos estabelecidos e a celebrar a pluralidade da sexualidade humana.

O longa conta com a participação de Ana Maria Noberto, Adrieli de Alcântara, Daniel Massafera, Edvaldo Carmo de Santos, Fernando Campos, Jonas Lucena da Silva, Kollinn Benvenutti, Marcelo Vindicatto, Mona Rikumbi, Nayara Rodrigues da Silva, Nilda Martins, Siana Leão Guajajara.

Cineasta e pesquisador

Como uma pessoa sem deficiência, Messer conta que sua abordagem em relação ao tema é completamente observacional:

“O primeiro passo foi estudar o assunto e escutar os participantes antes mesmo de iniciar a gravação. No geral, percebi que muitas pessoas com as quais conversei estavam ansiosas para debater o tema”

A saber, o projeto de “Transo” começou quando o diretor produziu, em 2018, um curta sobre Mona Rikumbi, a primeira mulher negra a atuar no Theatro Municipal de São Paulo. Durante o processo deste filme, eles se tornaram amigos, e Mona, um dia, relatou da dificuldade de se encontrar motéis acessíveis na cidade.

Por fim, o o documentário está no Canal Futura e Globoplay.

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