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Cinema

O Lodo | Helvécio Ratton traz história fantástica inspirada na obra de Murilo Rubião

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O Lodo

Novo filme do diretor Helvécio Ratton, O LODO, será exibido na 44ª Mostra Internacional de Cinema, uma edição online, que acontece de 22 de outubro a 04 de novembro. O filme, com atores do Grupo Galpão, será lançado comercialmente em 2021, com distribuição da Cineart Filmes.

Uma história envolvente, do início ao fim, com clima divertido e original, O LODO acompanha Manfredo (Eduardo Moreira), um pacato funcionário de uma companhia de seguros. Para tratar uma depressão, Manfredo procura um psiquiatra, o Dr.Pink. O médico afirma que ele tem um verdadeiro lodaçal dentro de si e quer saber de seu passado, mas há algo que Manfredo não deseja revelar. Manfredo se irrita com a insistência do Dr.Pink, sente raiva e medo do médico, mas não consegue se livrar dele, paralisado por uma culpa que carrega e procura esquecer.

Em uma noite, como um pesadelo que se torna realidade, Manfredo sonha que Dr. Pink abre seu peito com um bisturi para extrair o lodo lá de dentro e, ao acordar, descobre uma ferida no peito. A misteriosa irmã de Manfredo (Inês Peixoto) aparece de repente, como um fantasma vindo do passado, e se alia ao Dr.Pink. No trabalho, Manfredo enfrenta a concorrência de um colega que disputa com ele uma promoção na empresa. Em crise, Manfredo perde o controle sobre sua própria vida e se vê preso em uma situação absurda, da qual não consegue escapar. Manfredo já não sabe se o que está vivendo é realidade ou imaginação.

Thriller

O LODO é um thriller psicológico, livremente inspirado no conto homônimo do escritor Murilo Rubião, considerado o mestre da literatura fantástica no Brasil. Aliás, esse escritor tem um estilo que comparam com o de Kafka, por inserir o absurdo com naturalidade no cotidiano dos personagens.

“Há uma contradição entre a coerência da narrativa e a incoerência dos acontecimentos. O LODO é um filme fantástico, mas com uma linguagem realista e universal. Apesar de absurdo, tudo está em seu lugar. Mas, por trás dessa normalidade aparente, emerge o fantástico e nos desconcerta.”, explica o diretor Helvécio Ratton.

Enfim, como um desafio fascinante, O LODO segue por um caminho pouco trilhado pelo cinema brasileiro, misturando sonho e realidade, e envolvendo o espectador em um clima surpreendente e original.

O LODO tem fotografia de Lauro Escorel, direção de arte de Adrian Cooper, montagem de Mair Tavares e música de Paulo Santos. Em seu elenco estão, além de Eduardo Moreira e Inês Peixoto, Renato Parara, Teuda Bara, Rodolfo Vaz e Fernanda Vianna. A produção é de Simone Matos e Quimera Filmes.

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Cinema

Crítica | Transformers: O Despertar das Feras

Sétimo da franquia é mais do mesmo, mas superior a outros

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transformers o despertar das feras

O início de Transformers O Despertar das Feras (Transformers: Rise of the Beasts) é frenético, com uma boa batalha. Em seguida, conhecemos os protagonistas humanos, que são mais cativantes do que de outros filmes. O rapaz latino Noah Diaz (Anthony Ramos) e seu irmão (Dean Scott Vazquez), o qual serve mais como uma metáfora para o espectador. E a divertida Dominique Fishback, como Elena Wallace.

Nessa primeira parte do filme há algumas boas críticas, como o fato de Elena ser uma estagiária e saber muito mais que sua chefe, porém, sem levar nenhum crédito por isso. Enquanto Noah tem dificuldades de arrumar um emprego. Há aqui uma relevante abordagem sobre periferia (Brooklyn) ao vermos alguns dos desafios da familia de Noah, o que o leva a tomar decisões errôneas. A princípio, é um bom destaque essa caracterização dos personagens, em especial, favorece o fato da história se passar em 1994.

Dessa vez, o diretor é Steven Caple Jr., o qual não tem a mesma capacidade de Michael Bay para explosões loucas e sequências de ação. Steven faz sua primeira participação nesse que é o sétimo filme dos robôs gigantes. Ele era fã de Transformers quando criança e procura mostrar os Maximals (Transformers no estilo animal) de uma maneira autêntica.

Aliás, veja um vídeo de bastidores e siga lendo:

O público alvo do longa é o infanto-juvenil, que pode se empolgar com algumas cenas. Contudo, no geral, o roteiro é um ponto fraco. O Transformer com mais destaque aqui é Mirage, que fornece os instantes mais engraçados da história e faz boa dupla com Noah.

Além disso, as cenas no Peru e a mescla de cultura Inca com os robôs alienígenas é válida, com alguma criatividade e algumas sequências tipo Indiana Jones. Há muitas cenas em Machu Picchu e na região peruana que são belíssimas e utilizam bem aquele cenário maravilhoso. Vemos, por exemplo, o famoso festival Inti Raymi em Cusco, antiga capital do Império Inca, o qual o longa usa com alguma inteligência. Pessoalmente, essas partes me trouxeram lembranças pelo fato de que já mochilei por lá (veja abaixo), então aqui o filme ganhou em em relevância pra mim.

O longa se baseia na temporada Beast Wars da animação e traz o vilão Unicron, um Terrorcon capaz de destruir planetas inteiros. Na cabine de imprensa, vimos a versão dublada, a qual ajuda a inserir no contexto dos anos 90 com gírias da época.

Por fim, dentre os filmes dessa franquia que pude ver, esse sétimo está entre os melhores, apesar de ser somente regular, e conta com momentos divertidos. Além disso, a cena pós-crédito (só há uma) promete um crossover com muita nostalgia, Transformers: O Despertar das Feras chega aos cinemas de todo o país na próxima quinta-feira, 8 de junho.

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