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Chiquinha Gonzaga
Cinema

Canal Curta exibe documentário sobre Chiquinha Gonzaga

Por
Livia Brazil
Última Atualização 3 de fevereiro de 2024
5 Min Leitura
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Crédito: Divulgação.
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Tópicos
Sobre Chiquinha GonzagaMúsicaLuta por liberdadeFicha TécnicaPOR FIM, LEIA MAIS:

O Canal Curta! e o streaming CurtaOn – Clube de Documentários trazem a produção inédita Chiquinha Gonzaga – Música Substantivo Feminino. O documentário é sobre a instrumentista, maestrina e compositora pioneira entre as mulheres na música brasileira. Para contar sua história, o filme convida historiadoras, filósofas, escritoras, musicistas e outras especialistas, todas mulheres. O Grupo Chora – Mulheres na Roda tocam as músicas de Chiquinha Gonzaga.

O documentário traz também o debate racial, baseado no fato de que a historiografia oficial parece ter “embranquecido” Chiquinha e ignorado suas raízes negras. “Ela tinha a experiência materna e a experiência da escravidão muito próximas. Por isso, sua negritude precisa ser reivindicada. Quando ela se junta com outros intelectuais, com outros artistas, pensando a questão da escravidão negra, isso também empretece seu pensamento. Quando ela se aproxima dos lundus, das músicas das ruas, isso empretece sua musicalidade, isso empretece Chiquinha”, analisa a socióloga Carolina Alves.

A estreia no canal Curta! é no dia temático Segundas da Música, 05 de fevereiro, às 23h.

Sobre Chiquinha Gonzaga

Chiquinha era neta de uma mulher escravizada alforriada, enquanto seu pai era um militar de alta patente do Exército Imperial Brasileiro. Diferente de muitas mulheres de seu tempo, teve acesso ao letramento e à erudição das elites da época. Ainda jovem, ganhou um piano, instrumento frequentemente destinado às moças, por não ser possível carregá-lo para apresentações fora do ambiente doméstico. Ainda jovem, casou-se com um comandante da Marinha Mercante. O marido esperava que o casamento fosse afastá-la de sua dedicação à música, o que não aconteceu.

O casal viveu uma relação conturbada, até que Chiquinha deixou o marido. Por causa disso, sua família a renegou, e a impediu de criar os três filhos nascidos da relação. Apesar das dificuldades diante dessa separação forçada, Chiquinha se tornou uma mulher livre. “Esse desejo de liberdade de Chiquinha Gonzaga acompanha toda a vida dela. Ela se liberta do marido e vai se libertando de todo tipo de grilhão”, conta Edinha Diniz, biógrafa da artista.

Música

A saber, o momento era de ebulição social em uma sociedade que vivia diversas transformações no fim do século XIX. Nascia, então, uma efervescente vida noturna na cidade e uma crescente demanda por profissionais da música. Ao mesmo tempo, Chiquinha precisava encontrar formas de se sustentar financeiramente, além de dar aulas de piano. Passa, então, a circular pelos meios boêmios do Rio de Janeiro. Não apenas conhece pessoas diversas, como também se apresenta em casas noturnas, vende suas próprias canções e passa a compor para peças de teatro.

Convive também com ex-escravizados e, com eles, aprende uma musicalidade bem diferente dos clássicos europeus. Daí nasce a riqueza de sua obra, que reúne sua erudição com a produção musical da época, como polcas, maxixes e marchas-rancho. Inclusive a famosa “Ó Abre Alas”, a primeira canção carnavalesca brasileira. Até hoje, blocos de carnaval e foliões a entoam durante o Carnaval (e em outros momentos também). No entanto, por vir de uma família com recursos, conseguia transitar também entre a elite cultural e política carioca da época.

Luta por liberdade

Além da luta abolicionista e por sua própria liberdade, Chiquinha — já consagrada como artista — criou a primeira entidade de proteção aos direitos autorais de compositores teatrais, a SBAT (Sociedade Brasileira de Autores Teatrais). O que, portanto, abriu portas para que outras mulheres pudessem registrar suas próprias obras musicais.

Chiquinha optou por ser livre em uma sociedade na qual as mulheres estavam destinadas a desempenhar os papéis de mãe e esposa, mas não de artistas independentes. Curiosamente, hoje é considerada a “mãe” da música popular brasileira.

Grupo Chora - Mulheres na Roda.
Grupo Chora – Mulheres na Roda. Crédito: Divulgação.

Ficha Técnica

Chiquinha Gonzaga – Música Substantivo Feminino

Direção: Igor Miguel, Juliana Baraúna.

Duração: 56 min.

Exibição: 05 de fevereiro, segunda-feira, às 23h, no Canal Curta.

Horários alternativos: 06 de fevereiro, terça-feira, às 03h e às 17h; 07 de fevereiro, quarta-feira, às 11h; 10 de fevereiro, sábado, às 16h30; 11 de fevereiro, domingo, às 23h.

POR FIM, LEIA MAIS:

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Tags:chiquinha gonzagaCinemacinema brasileirocinema nacionalcurtadocumentáriompbmúsica brasileirasamba
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PorLivia Brazil
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Escritora, autora dos livros Queria tanto, Coisas não ditas e O semitom das coisas, amante de cinema e de gatos (cachorros também, e também ratos, e todos os animais, na verdade), viciada em café.
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