Eu era criança quando jogava nos fliperamas de Madureira, subúrbio do Rio de Janeiro, o jogo Mortal Kombat. Era um fenômeno. Toda a garotada jogava e ficava tentando dar algum fatality no adversário. Às vezes, você só queria jogar ali sozinho, mas vinha alguém, colocava a ficha e fazia um duelo com a entrada do player 2. Eram ganchos diversos e sangue jorrando. Fichas e mais fichas, centavos e reais, fluíam naquelas máquinas.
Posteriormente, eu era um criança ainda quando saiu o primeiro filme de Mortal Kombat, em 1995. Não foi nada animador. O filme era bem tosco. Posteriormente, muitas outras coisas saíram, entre sequências e séries. E muitos e muitos outros jogos, cada vez com mais sangue e computação gráfica evoluindo. Há diversas animações também e vários brinquedos. Indubitavelmente, é uma das maiores franquias do mundo. Rivalizava com Street Fighter (que nunca teve sorte com filmes live-action também).
Vi o longa-metragem no IMAX da rede UCI. E faz toda a diferença ver em uma sala, uma tela como essa, possibilita outro nível de imersão, pois são realmente efeitos especiais de qualidade, uma virtudo desse filme que teve recorde de lançamento no streaming, na HBO Max.
As primeiras cenas são empolgantes e a direção de arte respeita os personagens. Contudo, o roteiro é fraco e se arrasta, em especial no meio, totalmente inútil. Logo de princípio já percebemos como os diálogos seguirão na pieguice extrema sem o mínimo de criatividade, afinal, é tudo somente desculpa para as lutas.
Aliás, o trailer é ótimo, saca só:
Todos os clássicos golpes estão lá e diversas referências ao jogo, o famoso fan service. Entretanto, o protagonista é fraco e os clichês são praticamente infinitos. A gente sabe quase tudo que vai acontecer. Mas é isso, a proposta do filme é essa, lutas, raios, fogo e fornece diversão, principalmente se não houver grandes expectativas.
Interessante porque vi ao lado de um garoto. Comentei o que digo no primeiro parágrafo, ou seja, que jogava nos fliperamas o primeiro jogo. Ele conheceu no Playstation 2. Talvez eu esteja ficando velho, mas Mortal Kombat segue ultrapassando gerações.
Devo destacar o personagem do Kano, pelo ator Josh Lawson. De longe, o responsável pelos momentos mais engraçados. No elenco, é o único que se destaca. E a rivalidade clássica entre Scorpion e Sub-zero que surge desde os logos iniciais até o clímax.
Por fim, é o tipo de filme pipoca para ver na tela do cinema. A New Line Cinema apresenta Mortal Kombat, uma produção da Atomic Monster/Broken Road Production. A previsão de lançamento nos cinemas brasileiros é para 20 de maio de 2021, com distribuição mundial pela Warner Bros. Pictures.
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