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Crítica | ‘O Homem do Norte’ é arrebatador

Por
Felipe Novoa
Última Atualização 29 de março de 2023
5 Min Leitura
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divulgação O Homem do Norte
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Vingança é uma definição sucinta para “O Homem do Norte”. Filmado na Islândia e norte da Irlanda, “O Homem do Norte” tem alguns dos cenários mais arrebatadores para uma das histórias mais envolventes e intensas dos últimos anos. Antes de dar qualquer juizo de valor é essencial lembrar que “O Homem do Norte” vai ser cooptado como um discurso de masculinidade primal/alpha/ômega, ou qualquer outra baboseira de coach. Ignore. Esse longa magnífico do Robert Eggers é muito mais do que uma interpretação contemporânea rasa do que é ser “macho” e “defender a sua honra”; estamos falando de um filme que se passa no 9º século EC no extremo norte da Europa, e não ano passado em São Bernardo do Campo. Não dê ouvidos ao papo unidimencional dos tupinivikings que vai ficar tudo bem.

História e temática

A história de “O Homem do Norte” é simples. O protagonista Amleth (Alexander Skasgard) é filho do rei Aurvandil (Ethan Hawke) e da rainha Gúdrun (Nicole Kidman). Num belo dia de inverno, depois de ter recebido a benção para se tornar o próximo rei, o seu tio Fjölnir (Claes Bang) executa brutalmente o seu pai e toma a sua mãe como esposa. Fungindo pela sua vida, o pequeno Amleth rouba um barco, navega por uma tempestade e julga vingança em nome de Odin. Já crescido, o adulto Amleth está perambulando pela Europa continental matando e roubando com um grupo de bárbaros quando se encontra com uma feiticeira (Björk). Essa feiticeira lhe conta do seu futuro, e o resto você precisa ver para saber.

Além da já mencionada ultra masculinidade, parece que “O Homem do Norte” vai bem a fundo na posição e moral do herói contra o vilão. Curiosamente, o protagonista, normalmente associado à imagem do herói, tem um comportamento mais violento e homicida do que o seu algoz. Essa brincadeira com as dinâmicas de personagens consegue dar um ar ainda mais fresco para um filme que nas mãos de um diretor menos habilidoso, seria um “Comando Para Matar” na Islandia.

Impressões

A princípio, “O Homem do Norte” parece ser um filme que trabalha os contrastes e quebras de espectativas como forma de entregar uma mensagem. A já mencionada violência do Amleth contrasta com a sua visão simplista e idealisticamente pacífica de mundo. Enquanto o seu tio é um regicida amoroso, o mundo está tomado de uma beleza natural indescritível e afundado numa sociedade conformada e, aparentemente, ultra violenta. Existe uma lógica pagã que permeia a trama e ajuda a situar emocionalmente os personagens, o que também ajuda na construção de mundo.

A partir dessas considerações iniciais, parece fácil extrapolar como “O Homem do Norte” funciona. Você tem uma história épica e violenta que cabe na concepção popular do que é um Viking, mas ao mesmo tempo acha um discurso quase meditativo sobre como a violência e vingança moldam a mentalidade de uma pessoa. De forma educada, o filme trata do trauma do Amleth como uma parte fundamental da construção desse personagem, possibilitando até uma auto análise honesta.

Finalmentes

Com isso, é impossível não recomendar “O Homem do Norte”. Com certeza, esse é o filme mais bem montado e fotografado do ano. Juntando uma equipe de profissionais muito bem alinhados com uma história inteligente e atores incríveis, é impossível ter algo do que reclamar. Robert Eggers está realmente esmerilhando.

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Tags:a24o homem do norteo homem do norte criticarobert eggersthe northman critica
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Crítico/fotógrafo. Atualmente focando na graduação em jornalismo e escrevendo muito.
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