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O QUE SOBROU Pedro Henrique Lopes, Julia Gorman e Rodrigo Salvadoretti Foto de Junior Mandriola
CríticaCulturaEspetáculos

Crítica | ‘O que sobrou’ relembra ditadura de forma frenética

Por
Alvaro Tallarico
Última Atualização 14 de abril de 2023
4 Min Leitura
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Pedro Henrique Lopes, Julia Gorman e Rodrigo Salvadoretti (Foto: Junior Mandriola)
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Estive na estreia, lotada, da peça O Que Sobrou. Minha primeira vez no Teatro Glaucio Gill, em Copacabana. Que eu lembre. Boa memória nunca foi minha maior virtude. Aliás, está aí algo importante, que o espetáculo traz: memória.

As faixas etárias presentes eram diversificadas entre jovens e mais velhos. Todos pareciam apreensivos para o início. Marcado para 20h, só teve início por volta uns 20 minutos depois. No final descobrimos, em momento sincero do diretor Diego Moraes, que quase a estreia não acontece por causa de um problema na mesa de som, consertada ali, pouco tempo antes. Adrenalina de estreia na veia, que pareceu não ter afetado a equipe.

O tema do espetáculo é a famigerada ditadura militar brasileira. Nasci em 1985, ano bom, com o fim dessa época estranha a qual fico feliz por não ter vivido. Meus pais não tinham muitas histórias para contar sobre o período, afinal, eram simples trabalhadores. Ele, funcionário públia; ela, dona de casa após trabalhar como copeira, camareira, e afins.

Os fornos quentes

O Que Sobrou me fez lembrar do filme O Pastor e o Guerrilheiro, o qual estreou no mesmo dia 13 nos cinemas brasileiros. Ambos trazem tortura, tristeza e reflexão em boas obras artísticas. A peça tem como base o livro “Os fornos quentes”, de Reinaldo Guarany Simões. Tudo se desenrola a partir da história de três personagens reais: Reinaldo, sua companheira, Maria Auxiliadora Lara Barcellos (a Dora), e Chael Charles Schreier. Eles atuavam contra a ditadura e foram presos e torturados.

Ao entrar no teatro, a música eletrônica alta rolava solta e o elenco, Julia Gorman, Pedro Henrique Lopes e Rodrigo Salvadoretti dançavam, num tipo de aquecimento. Logo então começou o show de atuação do trio, conectando rapidamente fragmentos de histórias diversas numa versatilidade sagaz. Iam de um personagem a outro em questão de segundos, mas sempre com a verossimilhança necessária.

Equipe de O Que Sobrou
Equipe agradece (foto: Alvaro Tallarico)

Além disso, diversos momentos musicais demonstravam bons trabalhos vocais, em especial, Julia Gorman. A atriz canta a dor da perda como mãe, como filha, como trauma. O Que Sobrou ainda apresenta cenas contemporâneas dos últimos cenários políticos e relatos reais são projetados. Por outro lado, há alguns bons alívios cômicos e ironias pontuais que ajudam o espectador a respirar naquela atmosfera pesada.

Talvez seja uma das melhores peças que já vi sobre essa temática, apesar da queda de ritmo no último ato. Como tudo começa muito frenético, o público sente um pouco. Pensei também em outro filme Cordialmente Teus (2022), pela busca de abordar o tema com criatividade. O trabalho de cenário de Diego Morais e a iluminação de Lucio Bragança merecem destaque pela capacidade de mudança eficaz que engrandece o trabalho em cena. Por fim, o que sobra é um excelente trabalho no geral.

SERVIÇO:

O que sobrou

Temporada: De 13 de abril a 5 de maio

Teatro Glaucio Gill: Praça Cardeal Arcoverde, s/nº – Copacabana

Telefone: (21) 2332-7904

Dias e horários: Quintas e sextas-feiras, às 20h.

Ingressos: R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia-entrada)

Lotação: 101 pessoas

Duração: 70 minutos

Classificação etária: 16 anos

Venda de ingressos: na bilheteria do teatro e no sitehttps://funarj.eleventickets.com/

Em seguida, leia mais:

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Tags:critica o que sobrouespetaculo sobre ditaduraobras sobre ditadura militarpeça sobre ditadura
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Jornalista especializado em Jornalismo Cultural pela UERJ.
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