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Auto da Compadecida a Opera Marília Vargas Creditos Rapha Garcia
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Crítica | Auto da Compadecida, a Ópera

Por
Alvaro Tallarico
Última Atualização 21 de fevereiro de 2023
4 Min Leitura
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Marília Vargas é a Compadecida (foto: Rapha Garcia)
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Surpreendente e divertida. Assim é Auto da Compadecida, a Ópera, baseada na obra mais famosa de Ariano Suassuna, com a Orquestra Ouro Preto voando em cima das ótimas músicas originais de Tim Rescala. Além disso, a regência do Maestro Rodrigo Toffolo é de uma elegância magistral.

Mas é circo ou teatro? A obra brinca com essa metalinguagem no início, pois comporta elementos de ambos e é um caldeirão de ludicidade, nem armorial, nem medieval, é uma opera buffa nacional, ou seja, uma ópera-cômica, sem fim trágico.

A princípio, o começo pode até gerar certo estranhamento, porém, vai tudo num crescente, e o público se acostuma durante o primeiro ato para toda a magia que vem no segundo. O elenco tem química e, acima de tudo, talento artístico em todos os quesitos precisos, entre o canto e a necessidade de atuação. O primeiro momento em que Carla Rizzi entra é estupendo, a mezzo soprano impressiona quando abre a boca e assombra o público positivamente.

O canto lírico da Compadecida

Ainda por cima, o canto lírico de Marília Vargas, que vive a Compadecida, é de emocionar. Meus olhos ficaram cheios de água enquanto ela cantava advogando pelos pobres filhos, defendendo-os do diabo. É um canto de esperança e fé, de um lirismo poético lindo, celestial. Indubitavelmente, toda essa sequência do segundo ato empolga.

Claro, o fato de que sou um devoto de Nossa Senhora ampliou ainda mais minha emoção e foi arrepiante, mas, assim como a obra original, Auto da Compadecida, a Ópera é algo que ultrapassa crenças, pois gera um orgulho do Brasil, de ser brasileiro, com suas nuances e misturas tão específicas. A entrada de Jesus Cristo em cena, na energia carismática de Maurício Tizumba, e a dobradinha de Rafael Siano (Chicó) e Jabez Lima (João Grilo), são outros destaques.

Importante também ressaltar o figurino de Manuel Dantas Suassuna, filho de Ariano, que empresta toda uma originalidade armorial e mais do sangue Suassuna.

O espetáculo é longo, entretanto nem parece, passa rápido, porque é realmente bom e completo. Em verdade, deixa até um gosto de quero mais, e um senso de gratidão. Não à toa, o público aplaudiu de pé na noite em que assisti, última terça-feira (29).

A saber, a ópera esteve no Teatro Alfa, em São Paulo, nos dias 5 e 6 de novembro e chegou ao Rio de Janeiro para os dias 29 e 30 de novembro. A próxima parada é em Belo Horizonte, 09 e 10 de dezembro.

SERVIÇO

Orquestra Ouro Preto: “Auto da Compadecida, a Ópera”

Rio de Janeiro

Data: 29 e 30 de novembro de 2022

Horário: 21 horas

Local: Cidade das Artes Bibi Ferreira(Av. das Américas, 5300 – Barra da Tijuca)

Ingressos: No Sympla e bilheteria do teatro.

Belo Horizonte

Data: 9 e 10 de dezembro de 2022

Horário: 21 horas

Local: Palácio das Artes(Avenida Afonso Pena, 1537 -Centro)

Ingressos: No Eventim e bilheteria do teatro.

Informações: www.orquestraouropreto.com.br

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Tags:opera auto da compadecidasuassuna
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Jornalista especializado em Jornalismo Cultural pela UERJ.
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