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Crítica | ‘One Piece, a série’ surpreende positivamente

Vi o primeiro episódio… e gostei!

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Crítica One Piece A série

Vi o primeiro episódio de “One Piece, a série”, nova (grande) aposta da Netflix, no teatro do tradicional e chiquérrimo Copacabana Palace. Foi um evento fechado para convidados, muito caprichado, com direito a alguns mimos, ótimas fotos e boa recepção de toda a equipe.

Eram vários fãs de One Piece (muitos fantasiados), influencers, e jornalistas. Ah, o Zeca Pagodinho também passou por lá. Eu destoava um pouco da galera com um blazer bege (marfim?) e boina marrom. Porém, por baixo do blazer uma camisa com estilo oriental e ser presenteado com um chapéu de palha da série, logo me transformaram.

Entretanto, não sou tão fácil. Não seriam alguns bons quitutes e presentes bonitos que me fariam elogiar o primeiro episódio da série. Estava receoso. Em meu coração jazia a decepção com o live-action de “Cowboy Bebop”, o qual talvez seja meu anime preferido. Infelizmente, foi uma série que buscou emular o anime exageradamente e não deu certo. Nem consegui terminar de assistir até o momento em que escrevo.

“One Piece” é uma aventura melhor que “Piratas do Caribe”

Sendo assim, no bonito teatro do Copacabana Palace, sentei tranquilo esperando uma possível bomba, quando começaram as primeiras cenas da série. De primeira, a dublagem brasileira já me ganhou. Somos ótimos nisso, sempre fomos, e continuaremos sendo. Claro, que há erros aqui e ali, mas, em “One Piece, a série” não percebi nada. Está tudo muito alinhado, boas vozes, entonações e tudo o mais.

Além disso, a qualidade da série é elevada, os efeitos especiais, que assustavam muitos, estão bem feitos. Luffy se estica com propriedade e diverte ao usar seus poderes ganhos ao comer uma estranha fruta. Em primeiro lugar, o carisma de Iñaki Godoy como Luffy é magnético, capturando com perfeição a vivacidade, o otimismo e a irreverência do pirata. Além disso, a interpretação de Mackenyu como Roronoa Zoro é potente e sedutora, enquanto a caracterização de Emily Rudd como Nami segue igualmente envolvente. O trio é responsável por alguns dos momentos mais emocionantes e divertidos da série, entrelaçando com destreza o humor e a aventura.

No vídeo abaixo saiba mais sobre o navio Going Merry em Copacabana, e siga lendo:

As sequências de ação estão ótimas, em especial talvez as com Zoro. A luta final é excelente, emulando o anime, mas sem exagerar, com fidelidade, mas também entendendo que é um outro meio audiovisual.

No geral, ao menos a partir do primeiro episódio, acho que a série pode ser bem melhor que a franquia da Disney, “Piratas do Caribe”e renovar os piratas do mundo.

Só sei que existe agora um novo chapéu de palha: eu.

Afinal, a primeira temporada de One Piece estreia na Netflix no dia 31 de agosto, às 4h da manhã (horário de Brasília).

Ademais, leia:
Dragon’s Dogma | Anime viaja pelos pecados capitais
Três vezes Naruto | O quanto você sabe sobre isso? Entenda
Crítica | ‘One Piece Film Red’ é bonito e impactante, entenda

Por fim, veja um clipe em animação que une Brasil e Cabo Verde:

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‘Isto é Amor!’, saiba mais sobre o livro de Sonia Rosa, por Paty Lopes

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capa do Livro Isto é Amor de Sonia Rosa. Mostra uma mãe com seu filho, ambos são negros claros. O fundo é rosa.

Nia Produções Literárias nasceu em 2015. Veio de um desejo muito particular de levar literatura infantil com protagonismo negro a lugares não convencionais e assim alcançar um público que precisava, mas não conseguia ter acesso de forma “convencional” a essa literatura. Nia significa propósito, e com esse proposta que ela se sustenta por todo esse tempo (que parece ser pouco, mas só quem vive de empreender sabe o que cada dia a mais significa). Tatiana Oliveira, é a responsável pela curadoria dos livros editados pela Nia.

Vamos falar do livro “Isto é Amor!”. Obra da querida e renomada autora Sonia Rosa.

O livro apresenta ilustrações de Sandra Ronca, que não pecou. Podemos dizer que Sandra usou de toda sua aquarela em tons pastéis para ilustrações delicadas e que fazem bem aos olhos, posso dizer que uma das mais belas vista por mim.

Suavidade é o termo certo, mas que deixam as crianças conectadas.

Posso afirmar isso, pois li a história para crianças autistas no Museu de Arte Moderna, as crianças se encantaram com os corações e as demais figuras.

É possível entreter as crianças com as ilustrações do livro, em suas páginas, como já dito, notamos que as personagens trafegam em espaços diferentes, e também contém objetos que crianças em desenvolvimento da fala terão oportunidade de aprendizado, o que julgo importante, dependendo da fase que estão.

A gramatura do livro, das folhas, descartam a ideia de um livro simplório, se bem que nenhum livro é simplório, afinal são deles que adquirimos a maior riqueza da vida, o saber. Então posso dizer que temos um livro corpulento, que inclusive serve como um excelente presente de aniversário, de natal ou dia das crianças, afinal estamos em outubro e nada mais justo que incentivar a leitura dos pequenos. Mais que isso, aproximar-se, contar histórias, criar enlaces, que ficarão para a vida, na memória de cada criança.

O livro é mesmo um mimo, visita às estações do ano, permeia na escola, festa, praia, além de mencionar as frutas, tudo isso para falar sobre o amor.

Embora a autora tenha livros que abordem as relações étnicas-raciais, no livro Isto é Amor! Ela trouxe a ilustração de personagens negros somente, a história é aquela que todos conhecemos, ou quase todos, afinal falamos de um Brasil precário, em reconstrução, nem todas as crianças têm acesso à escola, alimentação sadia e infelizmente aos direitos que as cercam, os que estão no Estatuto da criança.

O livro faz entender o amor em amamentar, e tudo aquilo que nos leva a infância, como bolos, a presença da avó, banhos de mangueira, tudo simples e que cabe no bolso de qualquer pai e mãe. Isso é importante, não cria uma ilusão que para o amor é preciso tanto, o impossível para alguns pais. O que torna a leitura democrática. Curti bastante esse cuidado!

Esse livro foi criada para crianças negras? Já que as brancas não estão nas ilustrações? Claro que não! Eis aí um excelente momento de interatividade da criança e aquele que está lendo para elas, se for o caso.

Durante a contação de histórias, com crianças com síndrome de Down e autistas, em nenhum momento elas fizeram comentários, me fazendo perceber, que o racismo é coisa de adulto mesmo!

Caso as crianças questionassem, eu colaria fotos deles, da avó deles, ou abriria espaço para eles criarem os seus autorretratos, ao lado dos personagens, porque o que vale mesmo é que eles entendam que viverão em uma sociedade miscigenada, onde os direitos obrigatoriamente devem ser os mesmos para todos.

A saber, Sonia Rosa é carioca, mestre em Relações Étnicos-Raciais pelo Cefet/RJ, pedagoga, professora e contadora de histórias. Sua obra literária é repleta de personagens negros em protagonismo. Em 2020 comemora 25 anos de carreira, com mais de 50 títulos, sendo o primeiro “O Menino Nito”. Já recebeu alguns prêmios pela FNLIJ, inclusive o Altamente Recomendável. Alguns dos seus livros “visitaram” o Catálogo da Feira de Bolonha – maior evento de Literatura Infantil do mundo. Tem livros editados na França, países africanos de língua francesa, Itália, Galícia, México, Canadá e Estados Unidos. Dez bibliotecas levam o seu nome.

Para comprar: https://www.nialiteratura.com.br/product-page/isto-%C3%A9-amor

Por fim, leia mais:

Paty Lopes e o Livro Infantil: Meu Amigo Down

Paty Lopes e o Livro Infantil: O dia em que descobri o que é o Axé

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