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Crítica | ‘One Piece Film Red’ é bonito e impactante, entenda

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One Piece Film Red é o mais novo filme da franquia de sucesso de Eiichiro Oda. A saga, que conta com mais de 100 volumes ainda em publicação, já tem mais de 1000 episódios adaptados para animação. O filme vem como uma história extra desse mundo, mas que leva em conta tudo o que foi mostrado e desenvolvido até então por seu criador.

Esse fato, por si só, pode ser um problema para algumas pessoas, pois a animação da série está sempre atrás em comparação ao mangá – que é a obra original. Ainda por cima, aqui no Brasil, só temos dublado até mais ou menos a saga de Water 7; o que seria, aproximadamente, 325 episódios dublados de mais de 1000.

One Piece Film Red se passa logo após a batalha final em Wano (que ainda está sendo animada). No filme conhecemos Uta, filha de Shanks e amiga de Luffy. Ela é uma cantora mundialmente conhecida que está dando um show ao vivo e que está sendo transmitido pelo mundo. E no meio desse espetáculo, muitas reviravoltas inesperadas vão acontecer, que farão o Bando do Chapéu de Palha ter de enfrentar o inimigo para salvar não só a si mesmos, mas ao mundo.

Temáticas importantes

Assim como toda a obra de Oda, logo no início, vemos várias das temáticas que o autor trabalha ao longo de seu mangá. Temas como racismo, opressão, violência, corrupção, desigualdade, desinformação e tantos outros citados durante toda a obra. No longa, temos o que seria uma “resolução fácil” para a solução de todos esses problemas que o mundo apresenta, e como é fácil tentarmos criar esse mundo de sonho em que tudo é perfeito. Porém, alcançar esse sonho não é tão fácil assim e é algo que necessita de muito esforço contínuo. Não há atalhos e, às vezes, tentar pegar um atalho é, na verdade, se enrolar em uma teia de mentiras bonitas – à primeira vista-, vendidas como a solução simples dos nossos problemas complexos.

Além disso, One Piece Film Red acaba abordando, mesmo que pouco, o tema da paternidade. Esse tema já foi visto anteriormente na saga de East Blue, com a história da Nami. Aqui vemos uma história diferente, mas igualmente importante: explorando as relações de Uta com seu pai, Shanks, e com todo o Bando do Ruivo – que veem Uta como sendo alguém de sua própria família -, é exaltada a importância dos nossos laços familiares, sejam eles feitos de sangue ou não.

Sonho vs realidade

É com esse início de sonho e felicidade até a chegada da verdade dura, que o filme nos conta uma história que, embora seja corrida – por ser uma história paralela de uma história principal que está em publicação e se desenvolvendo a mais de 20 anos, ainda assim consegue nos tocar e nos mostrar algo interessante. One Piece Red, é mais uma história dentro desse enorme universo que nos mostra que, para resolvermos os problemas do nosso mundo, não há atalhos; o que há é muita luta, sempre, para alcançarmos e construirmos o mundo em que queremos viver

O filme é um prato cheio para o fã que acompanha o mangá, com várias referências a momentos e personagens icônicos, encontros que os fãs sonham em ver há anos, além da oportunidade de apreciar momentos e situações que ainda não foram animados no anime, sendo o primeiro contato com “a novidade encontrada no mangá”.

Embora isso seja um ponto muito positivo para o fã, aqueles que só acompanham a animação tomarão, sim, spoilers da finalização de Wano. Já os fãs que só assistem a dublagem, esses sim estarão completamente perdidos sem a possibilidade de conseguir assistir e entender bem o filme, pois não conhecerão muitos dos personagens que aparecem, nem suas dinâmicas com os Chapéus de Palha, nem saberão em que ponto eles se encontram da história. One Piece Film Red pressupõe que você está lendo o mangá, o que faz sentido já que teve o próprio criador junto nessa criação.

Conclusão

Com músicas bonitas, boas lutas, um show de referências e uma história tocante com inúmeras reviravoltas, o filme se mostra uma ótima experiência para o fã da obra que se encontra junto do Japão.

Entretanto, para aqueles que não são fãs, não acompanham ou estão “atrasados”, o filme é de difícil entendimento e talvez impossível de se assistir devido a vários personagens, conflitos e tramas que veem atrelado a uma leitura prévia do mangá. Tirando isso, por fim, a obra nos mostra uma história bonita, com uma resolução amarga, porém impactante e igualmente bela de se apreciar.

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Estudante de Cinema, editora de vídeo e formada em Design de Animação. Ama jogos, filmes, séries, quadrinhos, mangás, livros, não importa a mídia sempre procura histórias.

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1 Comentário

1 Comentário

  1. Bernardo Machado

    2 de novembro de 2022 at 09:21

    Me fez ter ainda mais vontade de ver.

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Cinema

Tá escrito | Filme com Larissa Manoela estreia em 14 de dezembro

Elenco e equipe contam, em coletiva de imprensa, detalhes sobre o filme.

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coletiva tá escrito

Tá escrito é o novo filme de Larissa Manoela, que estará nos cinemas em 14 de dezembro. O longa, que conta, também, com André Luiz Frambach, Karine Teles e Victor Lamoglia, é uma comédia com direção de Matheus Souza. A produção é da Paris Entretenimento em coprodução com a Globo Filmes e Globoplay, e tem distribuição da Paris Filmes.

A saber, a sinopse é a seguinte: Alice acha que os astros erraram com ela, até que um dia recebe um livro em branco, apenas com instruções que prometem que qualquer previsão astrológica escrita naquelas páginas se concretizará. Com o poder de influenciar a todos com as previsões que agora ela tem acesso, Alice se torna um fenômeno online, mas também deixa o mundo ao seu redor de cabeça para baixo.

Para exemplificar, fique com o trailer:

Astrologia

Na última segunda-feira (27), os atores Larissa Manoela, André Luiz Frambach e Karine Teles, e o diretor Matheus Souza participaram de uma coletiva de imprensa para falar um pouco sobre o filme. Além de falarem, claro, de sua ligação com astrologia. A protagonista, por exemplo, que é capricorniana, disse fazer sua revolução solar todos os anos. Já Frambach, aquariano, contou que não entendia muito sobre o assunto. Contudo, por causa do filme e por influência de Larissa Manoela, começou a conhecer.

Por falar em conhecer, Matheus Souza, o diretor, assim como André Luiz, conhecia o básico sobre astrologia. Porém, para escrever o filme (ele também é um dos roteiristas), estudou bastante em livros, vídeos e até conversando com pessoas ligadas à astrologia, estudiosas ou apenas amantes do assunto. Segundo ele, a escolha de conversar também com quem gosta do tema era para possibilitar o entendimento sobre astrologia para todos, e não somente apenas para quem entende profundamente. “É um filme identificável e diferente do que se vê hoje em dia.”, afirmou.

Karine Teles, leonina como o diretor, contou gostar muito de astrologia. Inclusive, disse fazer mapa astral anualmente há muito tempo. “Acho que é um jeito maravilhoso de a gente se conhecer, pensar a respeito da gente mesmo, das nossas relações, dos nossos familiares, dos nossos amores.”, disse a atriz.

poster ta escrito
Imagem: Divulgação.

Comédia para refletir

Tá escrito é declaradamente uma comédia. Todavia, Matheus Souza se preocupou, também, em levar uma mistura de gêneros para o longa. “É um filme que é um evento, porque há uma mistura de gêneros. Foi um esforço para resgatar o público para ir ao cinema assistir filme nacional.”, afirmou o diretor.

Karine Teles, que geralmente não faz comédias no cinema e na televisão, agradeceu por ter sido convidada a fazer esse filme, já que é fã do gênero. Segundo ela, a comédia é um canal de debate. “É um filme que vai trazer muitas reflexões. Acho que rir é um jeito muito bom de pensar sobre a vida, sobre o mundo.”, disse.

Além disso, a atriz ainda disse que é um filme que fará rir pessoas de todas as idades. Inclusive, ela contou que um dos motivos de entrar nesse projeto foram seus filhos, Artur e Francisco. Além de ser um filme que, finalmente, os dois poderão assistir, que já muitos dos trabalhos que faz não são para a idade dos gêmeos, os meninos deram força para a mãe quando ela contou que Larissa estaria no elenco. “A gente já tinha assistido outros filmes da Larissa juntos e quando falei que fui chamada para fazer um filme com ela, eles falaram: ‘Mãe, você tem que fazer’.”, contou.

Larissa Manoela

Sobre a estrela do filme, Karine ainda disse que ficou muito feliz em ver o nível de profissionalismo da atriz. Segundo a atriz, que interpreta a mãe virginiana de Larissa em Tá escrito, Larissa Manoela é muito profissional, séria e dedicada. Além disso, contou Karine, a jovem atriz também é muito comprometida com o trabalho e com as pessoas. Por isso gostou muito de trabalhar com Larissa.

Quem também ficou feliz de trabalhar com a atriz foi André Luiz Frambach. Noivo de Larissa na “vida real”, o ator, que já dividiu a tela com Larissa em Modo avião, conta que adorou a experiência. “É incrível trabalhar com o que a gente ama, que é a arte. E é mais incrível ainda trabalhar com o que a gente ama com quem a gente ama.”, afirmou.

Para Larissa também foi muito especial estar com André Luiz em cena. E, assim como os outros presentes na coletiva, a atriz está muito feliz com o resultado e ansiosa para que as pessoas vejam o filme, que traz diversos aspectos da vida que todas as pessoas passam.

Ficha técnica

TÁ ESCRITO

Brasil | 14 de dezembro de 2023

Direção: Matheus Souza 

Roteiro: Matheus Souza, Thuany Parente e Mariana Zatz

Elenco: Larissa Manoela, André Luiz Frambach, Caroline Dallaros, Victor Lamoglia, Kevin Vechiatto, Richard Abelha, Hamilton Dias, Emira Sophia, Vittoria Tosi , Thuany Parente.

Participações especiais: Karine Teles e Cazé Pecini.

Produção: Paris Entretenimento 

Coprodução: Globo Filmes e Globoplay

Distribuição: Paris Filmes

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