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Madelaine Petsch em 'Os Estranhos: Capítulo 2'- Divulgação Lionsgate
Cinema e StreamingCrítica

Crítica: ‘Os Estranhos: Capítulo 2’ é um terror que cai no ridículo

Por
André Quental Sanchez
Última Atualização 25 de setembro de 2025
5 Min Leitura
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Madelaine Petsch em 'Os Estranhos: Capítulo 2'- Divulgação Lionsgate
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Dirigido por Renny Harlin, ‘Os Estranhos: Capítulo 2’ segue à risca as estruturas clássicas do slasher, não conseguindo cativar a audiência de forma relevante

Ao longo dos anos, poucos gêneros foram tão reinventados e subvertidos quanto o terror. Dentro dele cabem incontáveis variações: o slasher, o horror de possessão, o psicológico, o body horror, o terrir, entre tantos outros. Cada subgênero traz regras próprias, extremamente enraizadas no imaginário do público após décadas de consumo de narrativas formuláticas, que muitas vezes viram piada em obras como Todo Mundo em Pânico (2000, Keenen Ivory Wayans). Não à toa, produções como O Segredo da Cabana (2011, Drew Goddard) encontraram sucesso por meio da sátira, porém, em 2025, ainda vemos produções que seguem cegamente essas estruturas já batidas dos filmes de terror, provocando o riso inevitável do espectador, como é o caso de Os Estranhos: Capítulo 2.

A nova franquia, livremente inspirada em Os Estranhos (2008, Bryan Bertino), aprofunda a origem dos assassinos mascarados em uma pequena cidade em Venus, Oregon, dando uma justificativa inclusive para a misteriosa Tamara. Porém, após dois filmes, a trilogia dirigida por Renny Harlin não demonstra sinais de real propósito. Madelaine Petsch assume o papel da final girl tradicional: grita, corre e aos poucos vai adquirindo uma atitude mais ativa, e sem antes tomar diversas atitudes equivocadas que entretém muito a audiência, mas de forma cômica, não com tensão.

Cena de 'Os Estranhos: Capítulo 2'- Divulgação Lionsgate

Cena de ‘Os Estranhos: Capítulo 2’- Divulgação Lionsgate

Apesar de alguns jump scares eficientes, o roteiro é marcado por incongruências e erros de continuidade que minam qualquer imersão: uma cicatriz que muda de lugar, escolhas inexplicáveis de Maya, e um vilarejo na qual todos sabem que algo tem de errado, porém, ninguém faz nada para mudar, ou sair de lá. O filme supera levemente o primeiro capítulo por adotar uma perseguição ininterrupta desde a cena inicial, ao contrário de seu antecessor, que se perdia no marasmo de situações absurdas e nunca ativas. Ainda assim, Os Estranhos: Capítulo 2 não se sustenta como experiência eficiente de terror.

No gênero slasher, a final girl costuma ser forjada no fogo de provações, até reunir forças para enfrentar seu perseguidor. Recentemente vimos isso com Zephyr em Animais Perigosos (2025, Sean Byrne), que transmite garra e desespero em cada gesto, chegando a arrancar o próprio dedão para escapar de algemas. Enquanto Maya jamais convence: mantém unhas impecáveis e cabelo lustroso mesmo correndo descalça pela floresta ou enfrentando um javali digno de uma provação Hérculea, impedindo uma verossimilhança para o público. Seu ferimento na perna, por exemplo, só se manifesta quando o roteiro julga conveniente.

No fim, Os Estranhos: Capítulo 2 será lembrado mais por seus absurdos narrativos, e momentos de terror que levam à comédia, do que por qualquer êxito estético. Os raros planos-sequência trazem tensão, mas o filme se apoia em clichês conhecidos desde O Massacre da Serra Elétrica (1974, Tobe Hooper), uma produção, diferente da época que foi lançado, se assistido hoje em dia pela primeira vez, também leva ao riso.

Madelaine Petsch em 'Os Estranhos: Capítulo 2'- Divulgação Lionsgate

Madelaine Petsch em ‘Os Estranhos: Capítulo 2’- Divulgação Lionsgate

Como comprovado com o recente fracasso de Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado (2025, Jennifer Kaytin Robinson), seguir fórmulas gastas, sem nenhuma reinvenção ou inteligência para abraçar esta escolha de forma não séria, condena a produção à irrelevância. Atualmente, o slasher só encontra frescor quando abraça o caos, subverte regras ou constrói algo genuinamente único, três qualidades não encontradas na produção de Renny Harlin.

Ao seu final, Os Estranhos: Capítulo 2 diverte apenas pelos motivos errados. É o filme ideal para reunir amigos e rir das decisões inacreditáveis dos personagens, como aconteceu na pré-estreia, quando a sala inteira reagiu com risos e comentários, caminhando para um desfecho aonde Maya finalmente irá abraçar o seu lado mais sombrio, embora, neste ponto, poucos ainda se importem de forma realmente séria com o fim da trilogia.

Distribuído pela Paris Filmes, Os Estranhos: Capítulo 2 estreia em 25 de setembro.

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Tags:CinemacríticaCrítica: Os Estranhos: Capítulo 2Destaque no ViventeEstranhosfinal girlMadelaine PetschRenny Harlinslasher
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