Um espetáculo divertido que mostra muito da cultura suburbana carioca. Isso é Pelada – A hora da gaymada, que apresenta a disputa por um campo de futebol entre jogadores de futebol e da gaymada, um tipo de queimado. A boa direção é de Orlando Caldeira, numa realização do Coletivo Preto com a Saideira Produções, em parceria com Complexo Negra Palavra.
Desde a brincadeira com o haka, dança típica do povo Maori para intimidação e boas vindas, passando por habilidades circenses e até momentos musicais, a peça tem uma versatilidade, palavra inclusive usada cheia de ironia por várias vezes.
Com muita irreverência a obra aborda a masculinidade e preconceitos. O elenco, formado por artistas negros, conta com dois atores que praticam a gaymada e são símbolos do esporte no Rio de Janeiro, Aleh Silva e Guilherme Canellas, que dão um show com seu carisma. Entretando, todo o elenco exala simpatia e graça, ou seja, ninguém destoa, e todos brilham.
Os trejeitos suburbanos, as piadas héteros e gays, a malandragem carioca, tudo isso aparece, sempre fornecendo risos. Sentei perto do operador de som e era engraçado vê-lo se acabando de rir, bem como a plateia.
Pelada ainda exibe vários trechos de um mini doc sobre a gaymada, que complementa o espetáculo e dá tempo de descanso para o elenco que usa bastante do humor físico.
“PELADA”
Temporada: 08 a 30 de Abril
Quando: Sábado e Domingo – 20h
Onde: Teatro Gláucio Gill
Endereço: Praça Cardeal Arcoverde, s/n – Copacabana
Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada)
Venda de ingressos: https://funarj.eleventickets.com/
Telefone da Bilheteria: (21) 2332-7904 (abre às 18h)
Duração: 60 min
Classificação: 12 anos
O Teatro Gláucio Gill é um espaço da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa / FUNARJ
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